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Renault ouvida por causa do nível de emissões poluentes

Os dirigentes da Renault vão ser ouvidos esta segunda-feira, 18 de Janeiro, por causa dos níveis de emissões detectados nos seus veículos.

Balint Porneczi/Bloomberg
Negócios 17 de Janeiro de 2016 às 16:15
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A construtora automóvel Renault vai ser ouvida esta segunda-feira pela comissão independente que foi criada em França depois do escândalo Volkswagen, noticiou no sábado o jornal francês Les Echos.

 

Os dirigentes da Renault têm de explicar sobre o nível de emissões detectado em vários dos seus modelos: as emissões de gases com efeito de estufa ultrapassam, segundo o mesmo jornal, os limites autorizados. Em causa está nomeadamente o SUV Captur no qual as emissões de óxido de azoto (NOx) são cinco vezes superiores às normais.

 

O jornal francês não conseguiu obter qualquer comentário da Renault que a 7 de Janeiro foi alvo de um raide por parte da agência anti-fraude do Ministério da Economia no âmbito de uma investigação às técnicas de controlo das emissões dos construtores de automóveis.

Nesse âmbito, a Renault veio garantir que a direcção geral francesa de energia e clima que em nome do Ministério do Ambiente é o principal agente da comissão técnica independente considerou já que os procedimentos implementados não "revelam a presença de qualquer dispositivo fraudulento nos veículos Renault". De qualquer forma prosseguem os testes e a própria direcção-geral realiza exames adicionais para confirmar as descobertas da análise independente. 

Na quinta-feira, a própria ministra do Ambiente, Ségolène Royal assegurou que não existe fraude no caso da Renault. "Não há uma lógica de fraude" utilizada pela Renault nem nos outros veículos testados excepto nos Volkswagen. Ainda assim, confirmou que a Renault, como outros construtores, ultrapassam os limites de CO2 e NOx permitidos, pelo que instou a Renault a tomar medidas para reduzir os níveis de emissões poluentes dos seus veículos. Também o ministro da Economia, Emmanuel Macron, acrescentou que o caso da Renault - que ainda tem capital público - não é comparável ao da Volkswagen.

Depois do caso Volkswagen, o organismo de certificação francês (UTAC) promoveu testes a 100 veículos em circulação, incluindo 22 da Renault. No final de Dezembro, 11 carros já tinham sido testados, incluindo 4 Renault.

Em paralelo, os ensaios conduzidos pela comissão Royal, pela direcção-geral da Concorrência e pela agência antifraude abriu um inquérito à manipulação de emissões da Volkswagen.

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