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França exige à Renault diminuição dos níveis de emissões poluentes

O Estado francês, que é accionista da empresa, não vai avançar com o plano de redução da sua posição até que as acções da Renault voltem a subir. A fabricante vai ter de tomar medidas, mesmo sem as conclusões finais da comissão que investiga o caso.

15 de Janeiro de 2016 às 14:10
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A Renault vai ter de tomar medidas para reduzir os níveis de emissões poluentes dos seus veículos. A exigência foi feita pela ministra do Ambiente de França, Ségolène Royal.

"Sem esperar as conclusões [da comissão técnica independente], a Renault tem de reagir imediatamente para ajustar os seus motores às normas", posicionou a ministra ao jornal Le Parisien. As conclusões são esperadas até ao Verão.


O apelido da ministra foi atribuído à comissão que está a testar os níveis de 100 modelos automóveis no país, 25 dos quais da Renault, depois da eclosão do escândalo Volkswagen em Setembro do ano passado. Nesse mês, a Volkswagen reconheceu ter adulterado as emissões de óxido de azoto (NOx) em 11 milhões de carros a gasóleo em todo o mundo.


Ségolène Royal explicou que não foi possível provar qualquer falsificação voluntária nos 22 automóveis de oito fabricantes já submetidos a testes, embora a Renault tenha registado níveis de emissões de dióxido de carbono e óxido de azoto acima do aconselhado.


Em Dezembro do ano passado, a própria Renault tinha anunciado a sua intenção de investir 50 milhões de euros para aproximar os níveis de emissões poluentes nos testes com os registados em cenário de condução na estrada.


A fabricante automóvel foi alvo de buscas das autoridades antifraude do Governo francês na semana passada. A situação só foi tornada pública esta quinta-feira, 14 de Janeiro, levando as acções da empresa a cair mais de 20%.


A agitação da Renault levou França a não avançar com o plano de redução da sua participação na Renault até uma subida nas acções da fabricante automóvel. O anúncio foi feito esta sexta-feira, 15 de Janeiro, pelo ministro da Economia Emmanuel Macron. Em Abril de 2014, o Estado francês tinha aumentado a sua posição na Renault, para quase 20%, para assegurar o dobro dos direitos de voto.


Os dados mais recentes apontam a Renault como a quarta maior fabricante automóvel do mundo. Em Portugal, a marca assegura a liderança na preferência dos portugueses, com uma quota de mercado acima dos 12%. Em 2015, foi a que mais vendeu no país: 26.747 carros, uma subida homóloga de 23,4%.
No país detém ainda uma fábrica de componentes em Cacia, Aveiro.

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