Notícia
Renault foi alvo de um raide do departamento anti-fraude (act.)
Os agentes anti-fraude do Ministério da Economia francês fizeram na semana passada um raide à Renault. A informação levou as acções da Renault a afundarem. Empresa já confirmou buscas e diz que está a cooperar com as investigações.
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Negócios
14 de Janeiro de 2016 às 11:55
O construtor automóvel francês, Renault, foi na última semana alvo de buscas por investigadores franceses anti-fraude, de acordo com informação veiculada por fontes sindicais e confirmadas por uma declaração da empresa às agências internacionais. O que levou a especulações, ligando estas buscas ao escândalo de emissões que tem afectado a Volkswagen. A Renault já confirmou buscas, dizendo que os investigadores estiveram a verificar a tecnologia das emissões.
"Houve buscas em vários escritórios da Renault pelos investigadores anti-fraude", disse Florent Grimaldi, do sindicato, à Reuters, confirmando informações avançadas em primeiro lugar pela AFP. A gestão, acrescentou a mesma fonte, não confirmou que estas rusgas estejam relacionadas com as emissões de óxido de azoto (NOx), mas, acrescentou Grimaldi, "dado os sectores da empresa que foram inspeccionados acreditamos que possa haver ligação".
Os agentes do Ministério da Economia francês visitaram algumas das instalações da Renault, relacionadas com a área de testes e certificação. A AFP acrescenta que foram visitados locais perto de Paris, incluindo Lardy e a sede da companhia em Boulogne-Billancourt a 7 de Janeiro. A Renault já confirmou a existência da investigação e confirmou ter sido alvo do raide por parte das entidades anti-fraude. Segundo a Bloomberg, a empresa assumiu que os testes vão levar a melhoramentos nos automóveis, mas diz que uma comissão independente não encontrou material alterado nos seus veículos e a Reuters diz mesmo que a Renault assume que os testes à tecnologia de emissões não mostram qualquer sinal de defeito. A empresa diz ainda que está "a cooperar totalmente" com as entidades.
Com esta informação, as acções da Renault já chegaram a cair 20%, tendo perdido na sessão desta quinta-feira, 14 de Janeiro, mais de dois mil milhões de euros de valor bolsista.
"Houve buscas em vários escritórios da Renault pelos investigadores anti-fraude", disse Florent Grimaldi, do sindicato, à Reuters, confirmando informações avançadas em primeiro lugar pela AFP. A gestão, acrescentou a mesma fonte, não confirmou que estas rusgas estejam relacionadas com as emissões de óxido de azoto (NOx), mas, acrescentou Grimaldi, "dado os sectores da empresa que foram inspeccionados acreditamos que possa haver ligação".
Com esta informação, as acções da Renault já chegaram a cair 20%, tendo perdido na sessão desta quinta-feira, 14 de Janeiro, mais de dois mil milhões de euros de valor bolsista.
Esta informação tomou uma maior proporção devido ao escândalo de emissões que afecta a Volkswagen, que confirmou ter falseado os testes das emissões.
Entretanto, um comunicado da Renault Portugal explica que "após a revelação pela EPA – Agência Americana de Proteção do Ambiente – da existência de um software do tipo 'Defeat Device' num construtor automóvel de primeiro plano, foi criada, pelo governo Francês, uma comissão técnica independente – chamada Comissão Royal – que tem por objetivo verificar que os construtores automóveis franceses não equipam os seus modelos com dispositivos semelhantes".
Entretanto, um comunicado da Renault Portugal explica que "após a revelação pela EPA – Agência Americana de Proteção do Ambiente – da existência de um software do tipo 'Defeat Device' num construtor automóvel de primeiro plano, foi criada, pelo governo Francês, uma comissão técnica independente – chamada Comissão Royal – que tem por objetivo verificar que os construtores automóveis franceses não equipam os seus modelos com dispositivos semelhantes".
"Neste quadro, estão em teste 100 automóveis, dos quais 25 da Renault, um número que corresponde à quota de mercado da marca em França. No final de Dezembro de 2015 foram já testados 11 modelos, dos quais quatro da marca Renault", acrescenta ainda o documento.
(Notícia actualizada pela última vez às 16:18 com informação relativa ao comunicado da Renault Portugal)