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EUA recusaram proposta da Volkswagen. E agora?

A introdução de um catalisador não é suficiente para as autoridades norte-americanas. A Volkswagen poderá apresentar uma nova solução técnica, mas é a hipótese de recompra dos carros afectados que ganha mais força.

Bloomberg
13 de Janeiro de 2016 às 18:43
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A reunião entre Matthias Müller (na foto) e a Agência de Protecção Ambiental norte-americana (EPA, na sigla original) estava marcada para esta quarta-feira, 13 de Fevereiro. Mas o chumbo à solução apresentada pelo Volkswagen chegou no dia anterior.

Em causa estão meio milhão de carros a gasóleo afectados pelo escândalo de manipulação de emissões poluentes, mais concretamente de óxido de azoto. O grupo alemão proponha a introdução de um catalisador, que a California Air Resources Board (CARB) considerou "incompleta". No mesmo sentido seguiu a EPA.


Como se justifica que a solução tenha sido aprovada na Europa e não nos Estados Unidos da América? Naquele país, os níveis de emissões poluentes permitidos são mais apertados do que no Velho Continente. O dispositivo manipulador fazia com que a poluição destes carros fosse 40 vezes superior ao permitido em estrada do que quando testados em laboratório. Nem com a introdução do catalisador se atingiria o nível pretendido.


Não foram ainda tornados públicos detalhes da reunião entre o CEO da Volkswagen – que pediu publicamente desculpa na abertura do salão automóvel de Detroit - e a EPA, onde seriam discutidos os planos da construtora. Todavia, a notícia de que o grupo alemão poderá ter de recomprar os carros afectados em território norte-americano ganha cada vez mais força. Até porque tal poderia sair mais barato. Em marcha, a companhia tem já um programa de compensação dos proprietários afectados naquele país, com vales de desconto.


Na Europa o processo de reparação está em marcha, arrancando este mês de Janeiro e estendendo-se até ao final de 2016. O regulador alemão KBA, com competências europeias, aceitou as soluções apresentadas pela Volkswagen. Assim, 8,5 milhões de carros vão ser chamados às oficinas, dos quais 125 mil em Portugal.

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