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Maior accionista da Volkswagen quebra silêncio sobre escândalo de emissões

O apoio ao CEO Matthias Müller e a garantia de proteger postos de trabalho foi dada por Wolfgang Porsche. A família que lidera o grupo automóvel respondeu assim a um pedido dos trabalhadores.

Bloomberg
02 de Dezembro de 2015 às 16:51
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Foram precisos mais de dois meses para que o silêncio do principal accionista da Volkswagen fosse quebrado. Wolfgang Porsche já falou sobre o escândalo de manipulação de emissões poluentes, para deixar uma mensagem de calma.

Num encontro com trabalhadores na principal fábrica em Wolfsburgo, o líder da família que controla metade do grupo automóvel demonstrou o seu apoio ao CEO Matthias Müller e garantiu a protecção dos postos de trabalho.

"Estou solidamente convicto de que a Volkswagen pode enfrentar a situação e sair ainda mais forte da crise", afirmou, citado pela agência Bloomberg.

O discurso surge depois do representante dos trabalhadores ter pedido à família Porsche para sinalizar o seu compromisso para com a força laboral. Nas fábricas alemãs, os mesmos enfrentam duas semanas de paralisação forçada durante o Natal, uma vez que a crise começa a afectar as vendas. Na Alemanha, em Novembro, a quebra foi de 2%. Nos Estados Unidos de 25%.

"Ninguém pode acreditar que o escândalo de emissões vai passar como uma tempestade repentina", recordou. O grupo separou 8,7 mil milhões de euros para fazer face aos custos do escândalo, quer dos 11 milhões de carros a gasóleo com emissões de óxido de azoto adulteradas quer dos 800 mil com níveis de dióxido de carbono manipulados.

A Volkswagen conseguiu já um empréstimo de 20 mil milhões de euros de treze bancos para lidar com o maior escândalo nos seus 78 anos de história. O mesmo destina-se a cobrir os custos de reparação (mesmo que a solução para os 8,5 milhões de carros europeus tenha saído mais barata que o esperado), indemnizações, custos judiciais e compensações fiscais.

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