Escreve a agência Bloomberg esta terça-feira, 15 de Dezembro, que as autoridades estão a investigar funcionários da Bosch, sendo que não foram ainda identificados suspeitos, informou Claudia Krauth, porta-voz da procuradoria de Estugarda.

A Bosch desenvolveu os filtros e o software de controlo das emissões de gases dos motores diesel da Volkswagen envolvidos na polémica, mas garante que não é responsável pela utilização que lhe foi dada pelo fabricante.

Face ao que foi reportado sobre o caso das emissões "concluímos que alguém produziu o software" disse a responsável, acrescentando que "era óbvio" que a Bosch deveria ser investigada.

A investigação coloca assim o foco no papel da alemã Bosch no escândalo que rebentou em Setembro sobre a manipulação dos resultados nos testes de emissões poluentes em carros a diesel da Volkswagen.

O software, que terá sido instalado em 11 milhões de veículos em todo o mundo, diminuía os níveis de óxido de nitrogénio emitidos quando detectava que o carro estava a ser testado, explica a Bloomberg, adiantando que Rene Ziegler, porta-voz da Bosch, informou que a empresa está a colaborar com as autoridades.

Recorda a agência que, segundo uma informação avançada pelo jornal Bild-Zeitung a 27 de Setembro, a Bosch avisou por carta a Volkswagen em 2007 de que a forma como pretendia usar o software instalado nos motores a diesel era ilegal.

A 14 de Outubro deste ano, o escândalo das emissões da Volkswagen entrou, sem convite, na cerimónia de inauguração do centro de investigação e pesquisa avançada da Bosch, pela mão dos jornalistas. Na altura, Volkmar Denner, CEO da Bosch, preferiu não comentar o caso e elogiou o bom-senso dos reguladores.