O regulador do estado da Califórnia, nos Estados Unidos da América, pediu à fabricante automóvel que recolhesse e arranjasse os modelos Volkswagen, Audi e Porsche de 2009 que possam ter o dispositivo que falsificava os resultados de emissões de gases, escreve esta quinta-feira, 26 de Novembro, a Bloomberg.

O California Air Resources Board, regulador automóvel do estado norte-americano, pede a revisão do "software" automóvel num prazo máximo de 45 dias.

A Audi, marca do grupo Volkswagen, referiu no início da semana que iria apresentar uma versão revista do "software" ao regulador. A Audi informou que a actualização vai alterar a maneira como o veículo actua durante os testes de emissão de gases poluentes, mas, ao contrário da Volkswagen, não admitiu que os seus carros tivessem um dispositivo que forjasse os resultados.

Os veículos visados são agora os modelos com motores diesel 3.0. O "software" destes motores "não foi feito para forjar os resultados", disse Udo Ruegheimer, porta-voz da Audi, numa entrevista à Bloomberg. "Muitos carros têm aparelhos que mudam a maneira como os motores trabalham e emitem gases para diferentes tipos de condução e isso é legal", explicou o porta-voz.

Ainda assim, o regulador norte-americano está a tratar o "software" dos motores diesel 3.0 como se tivesse enganado os testes, revelou Dave Clegern, porta-voz da agência reguladora.

O grupo Volkswagen está a lidar com o problema em três frentes: o "software" fraudulento instalado nos motores diesel 1.2, 1.5 e 2.0 em 11 milhões de carros em todo o mundo, as taxas elevadas de emissão de dióxido de carbono em cerca de 800 mil carros e o contestado "software" instalado nos motores 3.0 nos Estados Unidos.

A empresa disse esta semana que o sistema que permite arranjar os motores fraudulentos na Europa está perto de ser aprovados pelos reguladores.