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Volkswagen aumenta vendas no primeiro ano após escândalo
A marca alemã entregou quase seis milhões de carros em todo o mundo em 2016. A China é o mercado que mais pesa. A Alemanha contraiu. Os títulos reagem em alta em Frankfurt apesar da detenção de um alto executivo do grupo nos EUA.
A Volkswagen aumentou o seu volume de vendas em 2016, o primeiro ano completo após o escândalo de emissões poluentes que afectou a marca automóvel alemã.
No ano passado, foram entregues 5,99 milhões de carros em todo o mundo, o que representa uma subida de 2,8% face às vendas de 2015.
As acções preferenciais da construtora reflectem em bolsa esta performance comercial, avançando 4,07% para 145,07 euros, enquanto as acções ordinárias ganham 2,85% para 147,23 euros.
Só em Dezembro, mostram os números divulgados pela empresa e citados pela imprensa internacional, foram entregues 567.900 carros, uma variação homóloga de 16,4%.
A impulsionar os resultados anuais está a China, o principal mercado, com mais de 303 mil carros entregues e uma subida de 28,7%.
Em sentido contrário segue a Alemanha, com uma queda de 14,3% para os 38.800 carros.
"Estes resultados encorajadores no final de 2016 dão-nos confiança para 2017, ano em que existirão lançamentos de produtos importantes em todas as regiões", afirmou Jürgen Stackmann, responsável pela área de vendas.
Portugal contribui para estas novidades com o novo modelo fabricado pela Autoeuropa, em Palmela: o SUV citadino T-Roc, que chega aos concessionários no final do ano.
O escândalo Volkswagen foi descoberto em Setembro de 2015, com os níveis de emissões de óxido de azoto a serem manipuladas em 11 milhões de carros em todo o mundo. O processo de reparação dos veículos afectados ainda não está concluído.
Esta segunda-feira o The New York Times dá conta da detenção de um alto executivo da VW este fim-de-semana na Florida, suspeito de encobrir o esquema de manipulação de emissões de gases nocivos nas viaturas diesel do grupo.