Notícia
Day after: o primeiro dia após as eleições dos EUA
A vitória de Trump nas eleições norte-americanas apanharam o mundo de surpresa. Os mercados reagiram em queda para depois terminarem o dia a recuperar. Os líderes mundiais felicitaram o vencedor. O Negócios seguiu todas as reacções do dia seguinte à inesperada vitória de Trump. .
- Pneus incendiados e vidros partidos em protesto anti-Trump na Califórnia
- Mercados no vermelho
- "A personalidade de Trump levanta questões", admite o ministro dos Negócios Estrangeiros francês
- "Muita gente vai sentir verdadeira preocupação", diz primeira-ministra da Escócia
- Televisão russa faz comédia com vitória de Trump
- Governo português dá os parabéns a Trump e "confia" que ele respeite valores americanos
- Protestos contra vitória de Trump
- MNE alemão: Política externa norte-americana vai ser menos previsível
- Presidente egípcio felicita Trump
- Rajoy lembra que EUA são "parceiro indispensável"
- Turquia fala em passo positivo para o Médio Oriente
- Theresa May "ansiosa" para trabalhar com Trump
- Aurora Dourada: Vitória contra a "imigração ilegal"
- Renzi dá os parabéns a Trump, apesar de ter apoiado Hillary
- Vitória de Trump é um aviso à Europa, diz Sigmar Gabriel
- Irão espera que Trump respeite o acordo nuclear
- Trump é um vírus e só a Europa o pode travar - Socialistas europeus
- Marcelo já deu os parabéns a Donald Trump
- Tusk e Juncker querem cimeira UE/EUA tão rápido quanto possível
- Secretário-geral da NATO pede para o tratado atlântico se manter forte
- Índia espera melhorar as relações com os EUA
- O mundo não vai acabar, vai... endoidar, diz ministro alemão
- China acredita que pode trabalhar com o novo Governo de Trump
- Vladimir Putin já deu os parabéns a Trump
- Bolsas europeias afundam mais de 2% com vitória de Trump
- Conheça os principais desafios do novo presidente
- Mogherini afiança que Washington e UE vão continuar a trabalhar em conjunto
- Martin Schulz felicita Trump
- Krugman teme que Trump possa provocar "recessão global"
- Clinton já deu os parabéns a Trump pela vitória
- Trump: "Serei o Presidente de todos os americanos"
- Hollande sugere "período de incerteza" com Trump
- Ku Klux Klan felicita Trump
- Mercados acalmam depois da maior queda desde o Brexit
- Acordo nuclear com o Irão não pode ser rasgado pelos EUA, diz Rohani
- Vaticano deseja "felicidades" a Trump e reza para que Deus o ilumine
- Merkel lembra que EUA e Alemanha partilham princípios da democracia, liberdade e respeito pela lei
- Donald Trump já actualizou Twitter
- Huffington Post corrige alerta sobre Trump
- Costa sobre Trump: "Não nos relacionamos com governos, mas sim com povos"
- Geert Wilders diz que se vive uma "Primavera patriótica" no Ocidente
- Trump faz primeiras declarações no Twitter
- Hillary ultrapassa Trump no número de votos, mas não chega
- #HesNotMyPresident
- Celebridades também reagem
- Moscovici: "Temos que responder às frustrações que levaram a este voto"
- Temer elogia tom equilibrado do primeiro discurso de Donald Trump
- Obama e Trump reúnem-se quinta
- Web Summit reage à vitória de Trump
- Directora de campanha de Trump admite abrir investigação a Hillary
- Canadá fala em fortalecer laços com Trump
- "Claro que estou contente por a Eslovénia fazer parte desta eleição com a nossa Melania"
- BE afirma que vitória de Trump é "péssima notícia" também para o mundo
- América pintada de vermelho
- Hillary Clinton vai falar às 14:30
- José Eduardo dos Santos pede maior diálogo e cooperação internacional
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- Varoufakis defende movimento democrático nas Américas
- México diz esperar trabalhar com Trump para benefício da América da Norte
- Nasdaq abriu em queda a partir de Lisboa
- Depois do Brexit, agora é Trump a provocar nova sacudidela na ordem internacional
- “Os EUA não querem saber" o que o mundo pensa deles
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- Passos cumprimenta Trump e faz votos para que se distancie do tom da campanha
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- Imprevisibilidade de Trump vai causar instabilidade nos mercados no curto prazo
- Trump provoca grande corrida ao ouro
- Donald Trump ganhou as eleições. E agora?
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- Moody's: Comércio, banca, saúde e impostos são as indústrias mais afectadas
- PCP: Trump "poderá aprofundar ainda mais a política externa reaccionária"
- Cristas diz que é preciso aguardar acção de Trump
- Ban Ki-moon lembra importância do presidente dos EUA
- Hillary teve pelo menos mais 140 mil votos
- Tusk: "Não há outra opção que não seja a cooperação"
- RSF mostram preocupação
- Paul Ryan enterra machado
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- Como Al Gore também Clinton deverá ter mais votos populares… e perder
- O Negócios encerra minuto a minuto
A Reuters noticia que um boneco com a cara de Trump foi incendiado e que há montras partidas e caixotes do lixo e pneus a arder na baixa de Oakland.
Nos campus de Berkeley e de Davis, os estudantes da Universidade da Califórnia também mantêm protestos onde se grita: "Tu não és a América, nós somos a América."
Imagens divulgadas em várias contas de Twitter mostram caixotes do lixo a arder no meio das ruas e vidros partidos. A imprensa local dá conta de "um pequeno número de detenções" que foi feito na sequência dos conflitos que envolveram pelo menos 50 pessoas e de que a polícia enverga capacetes, máscaras de gás e cassetetes.
#USA: Anti #Trump protesters take to the streets in #Oakland. #ElectionNight #Election2016 pic.twitter.com/bF4lDVPJmp
— Insurrection News (@InsurrectNews) 9 de novembro de 2016
Protests erupt in Bay Area after Trump victory - Oakland police have made a small number of arrests for disobed... https://t.co/Ke5mmqfl98
— Breaking News: SFO (@breakingnewsfo) 9 de novembro de 2016
— Gabrielle Canon (@GabrielleCanon) 9 de novembro de 2016
#ElectionNight protest has come to a close here in Oakland pic.twitter.com/HViW5C3Va5
Também em Los Angeles se sucedem os protestos, que alegadamente reúnem centenas de manifestantes nas ruas.
‘F**k Donald #Trump’ – Hundreds march in LA against president-elect https://t.co/PaRPPxluFO pic.twitter.com/jo48SGt6mK
— Ruptly (@Ruptly) 9 de novembro de 2016
"Temos de estar à altura do desafio de uma Europa que deve ser capaz de defender melhor os seus cidadãos e os seus interesses", afirmou, em declarações à televisão France 2 citadas pela Reuters. "A Europa não pode hesitar depois do Brexit nem depois da eleição de Donald Trump. Com todas as questões que estão a ser levantadas, a Europa deve unir-se mais, ser mais activa e ir mais para a ofensiva, mesmo que seja só para se proteger", assinalou Ayrault.
Na mesma entrevista, o ministro admitiu que a personalidade de Trump "levanta questões". "Faz-nos pensar, levanta questões. Provocou reacções, certamente".
Ayrault também espera várias explicações de Trump. "O que é que vai acontecer ao acordo de Paris sobre as alterações climáticas? E ao acordo nuclear do Irão? São questões essenciais que já estamos a colocar a nós próprios", declarou.
O governante também espera clarificar a posição de Trump sobre a guerra na Síria e o combate ao Estado Islâmico.
Ayrault admite que Trump não cumpra algumas das promessas que fez, mas realça que há muita preocupação no México e na China. Por isso, França e a Europa devem assumir o seu papel para "assegurar" que tudo corre bem.
Nicola Sturgeon, primeira-ministra da Escócia, deu os parabéns a Donald Trump pela vitória nas eleições americanas. "Este não é o resultado que eu esperava", mas é o "veredicto" do povo americano e "devemos respeitá-lo", lê-se numa nota publicada na página do governo.
A primeira-ministra diz que a Escócia valoriza a relação que tem com os Estados Unidos e os americanos. "Os laços que unem a Escócia e os EUA - familiares, culturais e empresariais - são profundos e antigos e vão durar para sempre".
Nicola Sturgeon afirma, depois, que esta vitória está a preocupar o mundo. "É normal em qualquer eleição que os perdedores fiquem desapontados, mas hoje, muita gente na América e no mundo vai sentir verdadeira preocupação", descreveu. Cabe a Trump, "através de gestos mas também palavras", mostrar aos que se sentiram "marginalizados" pela sua campanha que ele será "o presidente de todos numa América moderna e multicultural".
Sturgeon agradeceu ainda a Hillary Clinton.
O ministério de Augusto Santos Silva recorda que "Portugal e os Estados Unidos estão unidos por uma longa relação histórica, por muitos interesses comuns e pela presença de uma importante comunidade portuguesa e luso-descendente residente naquele país".
"A cooperação entre as duas nações é vasta e diversificada, abrangendo áreas como a defesa e segurança, o comércio e investimento, a ciência e a tecnologia".
O Governo português diz confiar "que as prioridades da política externa da nova Administração" de Trump "se situem no grande quadro de valores que tem norteado a acção dos Estados Unidos no mundo, no compromisso com o sistema multilateral das Nações Unidos, com a Aliança Atlântica e com o desenvolvimento das relações com a União Europeia".
"Portugal cooperará lealmente com os Estados Unidos, quer no âmbito bilateral quer no âmbito multilateral, respeitando o direito internacional e os valores democráticos e reforçando os laços que tão profundamente ligam os dois países".
A vitória de Donald Trump está gerar protestos em vários pontos do país. Um dos principais focos de contestação é em frente à Casa Branca, em Washington. Mais de mil pessoas juntaram-se às primeiras horas desta quarta-feira, ainda o resultado eleitoral não estava bem definido. Mostram-se contra a posição de Trump sobre a imigração.
"Fuck Donald Trump" overpowers pro-Trump shouts at White House protest pic.twitter.com/Dk7pX66tcu
— Thomas G Phippen (@ThomasPhippen) November 9, 2016
RT @timkmak: A man stands with an upside down American flag in front of the White House in silent protest pic.twitter.com/Vwhbq286cf
— Wanheda Stormborn (@HarloHaven) November 9, 2016
Em declarações citadas pela Reuters, o responsável pelas relações exteriores da maior economia europeia disse que é necessário aceitar os resultados eleitorais desta terça-feira mas reconheceu ter estado "alarmado" pela forma como a campanha eleitoral decorreu.
Agora, embora reconheça que não sabe como o futuro Presidente governará, diz que a primeira tarefa de Trump será lidar com as profundas divisões na sociedade norte-americana e que será um desafio corresponder às expectativas criadas.
"Nada será simples", mas a relação transatlântica é muito importante, afirmou.
O presidente egípcio Abedel Fattah al-Sisi foi o primeiro a congratular, através de chamada telefónica, o novo presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump. O reforço das relações diplomáticas entre os dois países foi uma das vontades demonstradas.
Renovado no cargo há poucos dias, o primeiro-ministro espanhol já deu os parabéns ao anunciado novo Chefe de Estado norte-americano. Para Mariano Rajoy, os EUA são um "parceiro indispensável" com quem Espanha quer continuar a trabalhar para reforçar as relações entre os dois países.
"Os meus parabéns a Donald Trump pela sua vitória. Continuaremos a trabalhar para reforçar a relação que nos une aos Estados Unidos, parceiro indispensável. MR "
Mi enhorabuena a Donald Trump por su victoria. Seguiremos trabajando para reforzar la relación que nos une a EEUU, socio indispensable. MR
— Mariano Rajoy Brey (@marianorajoy) 9 de novembro de 2016
O president turco, Tayyip Erdogan, espera que a eleição de Donald Trump possa representar um passo positivo para o Médio Oriente e para os direitos básicos e liberdades no mundo.
Também o primeiro-ministro Binali Yildirim congratulou Trump pela sua vitória, esperando que esta seja uma oportunidade para aprofundar as relações bilaterais, sobretudo no combate ao terrorismo e na questão dos refugiados.
"O Reino unido e os Estados Unidos têm uma relação longa e especial baseada nos valores da liberdade, democracia e iniciativa. Somos, e vamos continuar a ser, parceiros fortes e próximos no comércio, segurança e defesa", assegurou May, citada pela BBC.
May espera que o trabalho com Trump se alicerce "nestes laços" para "garantir a segurança e a prosperidade das nossas nações nos próximos anos".
O partido grego de extrema-direita Aurora Dourada considera a eleição de Donald Trump como uma vitória contra a "imigração ilegal" a favor de nações etnicamente "limpas".
"Esta foi uma vitória das forças que se opõem à globalização, que lutam contra a imigração ilegal e são a favor de estados etnicamente limpos e de uma economia nacional auto-suficiente", considerou o terceiro maior partido grego.
A Aurora Dourada lembrou que está a arrancar uma "mudança global" que se estenderá também à Europa, onde se destaca os partidos nacionalistas da Áustria, França e Grécia.
"Desejo-lhe felicidades. A amizade italo-americana é sólida", declarou Renzi esta manhã, no início de um discurso em Roma.
Renzi foi criticado pela oposição italiana por apoiar Hillary, que argumentava que esse apoio tinha enfraquecido a posição internacional de Itália, escreve a Reuters.
Numa entrevista ao jornal Funke Mediengruppe, Gabriel diz que "o nosso país e a Europa devem mudar se queremos travar o movimento autoritário internacional". A vitória de Trump nos EUA é, assim, um aviso para a Europa e para a Alemanha, resume a Reuters.
O acordo assinado entre os Estados Unidos e o Irão permitiu o levantamento de várias sanções ao país. Em troca, o Irão disponibiliza-se para monitorizações regulares do seu programa nuclear.
Os Socialistas e Democratas, a família política europeia a que pertence o PS, não estão satisfeitos com a eleição de Donald Trump, e dizem que só a Europa pode travá-lo. "É um dia triste para o mundo. Trump é a expressão de um vírus a espalhar-se pelos EUA e pela Europa. A União Europeia deve ser o anticorpo deste vírus".It's a sad day for the world. Trump is the expression of a virus spreading across the US & Europe. EU should be the anti-body to this virus
— S&D Group (@TheProgressives) November 9, 2016
O líder dos Socialistas e Democratas, Gianni Pitella, defende que a Europa deve "reformar-se" e "abandonar a política de pequenos passos". "O populismo é derrotado dando respostas concretas às necessidados dos cidadãos".L'UE deve riformarsi e abbandonare la politica dei piccoli passi: il populismo si sconfigge dando risposte concrete ai bisogni dei cittadini
— Gianni Pittella (@giannipittella) November 9, 2016
Marcelo "fez ainda uma referência aos laços de amizade que unem Portugal e os EUA e à significativa comunidade de portugueses e lusodescendentes residentes nos Estados Unidos da América".
Os presidentes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu, Jean-Claude Juncker e Donald Tusk, convidaram Donald Trump para uma cimeira entre a União Europeia e os Estados Unidos da América "tão cedo quanto possível", escreve a Reuters.Congratulations @realDonaldTrump. Only by cooperating closely can EU&US continue to make a difference in dealing w/ unprecedented challenges pic.twitter.com/6ic39caqiB
— Jean-Claude Juncker (@JunckerEU) November 9, 2016
Numa carta conjunta em que dão os parabéns a Trump pela vitória nas eleições americanas, Juncker e Tusk pedem a Trump para visitar a Europa para "planear o caminho para as nossas relações nos próximos quatro anos".
Letter to congratulate @realDonaldTrump & an invite to Europe for early summit to chart EU-US relations next 4 years https://t.co/1iRxFBTyNJ pic.twitter.com/t6LA1214eX
— Donald Tusk (@eucopresident) November 9, 2016
Numa declaração divulgada em Bruxelas, sede do quartel-general da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg sublinha que no "novo ambiente de segurança, que inclui guerra híbrida, ciberataques e a ameaça do terrorismo", a liderança dos Estados Unidos "é mais importante que nunca", mas sustenta também que "uma NATO forte é boa para os Estados Unidos".
"A NATO respondeu com determinação à nova situação de segurança. Mas temos mais trabalho pela frente. Espero encontrar o sr.Trump em breve e dar-lhe as boas-vindas a Bruxelas para a cimeira da NATO no próximo ano, para discutir o caminho a seguir", acrescenta o secretário-geral da Aliança Atlântica.
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, já deu os parabéns a Donald Trump no Twitter, e não esqueceu a "simpatia" que o presidente eleito demonstrou para com a Índia durante a campanha. "Esperamos trabalhar consigo de forma próxima para elevar as relações bilaterais Índia-EUA para um novo patamar", declarou Modi, que lidera um dos países mais populosos do mundo.We look forward to working with you closely to take India-US bilateral ties to a new height. @realDonaldTrump
— Narendra Modi (@narendramodi) November 9, 2016
Die Welt wird nicht untergehen, sie wird nur noch verrückter. (hm)
— Heiko Maas (@HeikoMaas) November 9, 2016
O ministro da Justiça da Alemanha, Heiko Maas, não acredita que o mundo vai acabar por causa da vitória de Donald Trump. Mas também não vai ficar na mesma. "O mundo não vai acabar, mas vai ficar mais maluco", declarou o membro dos social-democratas da SPD, que governam em coligação com a CDU de Merkel.
"Esperamos que o novo Governo dos EUA possa trabalhar com a China", de forma a "beneficiar os povos" de ambos os países, afirmou o porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros Lu Kang, em declarações reproduzidas pela Lusa.
Questionado sobre as ameaças de Trump de iniciar uma guerra comercial com a China, Lu mostrou-se confiante de que ambos os países podem gerir "de forma responsável" possíveis disputas e assegurou que a relação comercial bilateral "beneficiou a população norte-americana".
Pequim é o principal parceiro comercial de Washington, com as trocas comerciais a atingir os 560.000 milhões de dólares (quase 500.000 milhões de euros), em 2015.
Na televisão estatal CCTV, a cobertura do resultado das eleições norte-americanos foi, porém, secundarizada, com o canal chinês a transmitir um programa dedicado à chamada em direto do Presidente Xi Jinping aos astronautas do laboratório espacial TianGong-2.
Segundo a agência russa RIA Novosti, Putin enviou um telegrama a Trump em que diz esperar que o diálogo entre Moscovo e Washington sirva os interesses de ambos os países.
As bolsas mundiais estão a reagir em forte baixa à vitória do republicano Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas. O dólar e o petróleo também afundam, ao mesmo tempo que o ouro reforça o estatuto de valor-refúgio. Veja aqui o resumo do dia nos mercados.
O Negócios antecipa aqui os principais desafios do futuro presidente.
A União Europeia e os Estados Unidos vão continuar a trabalhar em conjunto, após a eleição de Donald Trump como Presidente norte-americano, afirmou esta manhã a chefe de diplomacia europeia, Federica Mogherini, citada pela agência Lusa.
"Os laços entre UE e EUA são mais fortes que qualquer mudança política. Vamos continuar a trabalhar em conjunto, redescobrindo a força da Europa", escreveu a Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança na sua conta na rede social Twitter.
EU - #US ties are deeper than any change in politics. We'll continue to work together, rediscovering the strength of Europe
— Federica Mogherini (@FedericaMog) 9 de novembro de 2016
"Serei o Presidente de todos os americanos. E isso é tão importante para mim", declarou Trump no discurso de vitória, no qual falou de pôr fim a divisões. E deixou uma mensagem ao exterior, dizendo esperar "grandes relações com outros países que queiram trabalhar com os Estados Unidos". Liderará em parceria e não em conflito, disse.
Donald Trump: "I can only say that while the campaign is over, our work on this movement is really only just beginning." pic.twitter.com/CSEH2QAguQ
— POLITICO (@politico) 9 de novembro de 2016
Numa mensagem transmitida pelas televisões a partir do Eliseu, Hollande felicitou Trump "como é natural entre dois chefes de Estado democráticos", e reservou também uma referência a Hillary Clinton, a candidata derrotada.
"Devemos encontrar as respostas, estão em nós e devem ser capazes de superar os medos respeitando os nossos princípios", afirmou, referindo em particular a "democracia e ao modelo social".
"A França empenhar-se-á em perseguir a cooperação transatlântica, sem concessões e com total independêndia", disse.
David Duke, um antigo líder do Ku Klux Klan (KKK), congratulou Donald Trump pela sua eleição e considerou esta "uma das noites mais entusiasmantes da sua vida". O KKK é um movimento reaccionário que tem como pilares a supremacia e o nacionalismo brancos, ideais anti-imigração e anti-semitas.
Donald J. Trump now has the chance to become one of the greatest Americans to have ever lived - we have the moral high ground, 100%!#MAGA pic.twitter.com/l9EsAMrMKR
— David Duke (@DrDavidDuke) November 9, 2016
As bolsas europeias, que estavam a cair mais de 5% antes da abertura, estão a recuar agora menos de 1%. O Stoxx 600, que agrega as 600 maiores cotadas europeias, recua apenas 0,5% para 333,22 pontos, ainda que alguns índices continuem a recuar mais de 1%, como o espanhol, o grego e o italiano.
Já os futuros do S&P, que estiveram a cair mais de 5%, estão agora a ceder 1,80%.
O euro, que esteve a subir 2,5%, segue a apreciar apenas 0,35% para 1,1065 dólares, com a moeda americana a aliviar as quedas frente às congéneres.
"A política iraniana de relação construtiva com mundo e o levantamento de sanções ligadas ao programa nuclear levaram as nossas relações económicas com todos os países a aumentar, e isso é irreversível", declarou.
Hassan Rouhani lembrou ainda que o acordo nuclear foi assinado com seis potências mundiais e está reflectido numa resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas, pelo que não pode ser posto em causa por apenas um país.
O cardeal Pietro Parolin disse à rádio estatal que o Vaticano compromete-se a "rezar para que Deus o ilumine [a Trump] e o apoie no serviço do seu país, claro, mas também ao serviço do bem-estar e da paz no mundo".
É necessário que "toda a gente trabalhe para mudar a situação global", caracterizada por "feridas profundas" e "conflitos graves".
No início do ano, o Papa Francisco disse que Trump não era cristão por causa da posição sobre a imigração. O Vaticano esclareceu depois que não se tratava de um ataque pessoal ao empresário.
"A Alemanha e a América estão ligados por valores - democracia, liberdade, respeito pela lei, dignidade das pessoas independentemente da sua origem, da cor da pele, da religião, do género, da orientação sexual ou das opiniões políticas," afirmou a chefe de Governo, que se disse, citada pela Reuters, pronta a trabalhar de perto com Trump "na base destes valores."
Poucas horas após ter sido eleito como o 45º presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump já actualizou o cargo na rede social Twitter, onde se estreou em 2009. "Presidente-eleito dos Estados Unidos", pode ler-se agora no seu perfil.
Just so you know it's real....#DonaldTrump has updated his #twitter bio @nbc6 #PresidentElectTrump pic.twitter.com/pz8RKDuKPG
— Kelly Blanco (@KellyNBC6) November 9, 2016
O jornal norte-americano Huffington Post vai retirar dos seus artigos o aviso que classifica Donald Trump, o futuro presidente dos Estados Unidos da América, como um "mentiroso compulsivo", "racista" e "xenófobo".
O primeiro-ministro português António Costa destacou, no rescaldo da vitória eleitoral de Donald Trump, a continuidade de relações de Portugal com os Estados Unidos, independentemente da liderança política naquele país.
"Portugal tem relações seculares com os Estados Unidos, que tem uma comunidade portuguesa muito importante. Partilhamos o mesmo espaço Atlântico, a mesma aliança defensiva [NATO]. Em Portugal também já houve vários governos. Há uma continuidade da relação. Não nos relacionamos com governos, mas com povos, com cidadãos. (...) Tudo faremos para manter as relações com os Estados Unidos", disse o chefe de Governo esta quarta-feira em Lisboa, em declarações transmitidas pelas televisões.
Costa salientou ainda a necessidade de respeitar as "decisões democráticas dos diferentes povos que são amigos e com quem temos relações."
Pouco depois de se a vitória de Trump ter sido oficializada, Wilders deu os parabéns ao milionário no Twitter.
Há instantes, em declarações reproduzidas pela Reuters, Wilders afirmou que Trump vai dar gás à extrema-direita. "A vitória de Trump vai ser um enorme estímulo para partidos como o meu", disse que os eleitores holandeses podem fazer "o mesmo" que fizeram os americanos e defendeu que a eleição de Trump é um aviso aos Governos de que não podem ignorar os apelos para restringir a imigração.
"Que noite tão importante e bela. Os homens e mulheres esquecidos não mais o serão. Vamos todos unir-nos como nunca aconteceu antes", escreveu o futuro presidente dos Estados Unidos da América no Twitter. Depois de actualizar o seu cargo, foi a primeira reacção.
Contudo, naquela rede social, continuam a ser mais os que questionam o seu carácter e competências para o cargo. Não faltam declarações do próprio, recuperadas de entrevistas e publicações passadas, a demonstrar o lado "estúpido" dos eleitores americanos. Os mesmos que agora o escolheram.Such a beautiful and important evening! The forgotten man and woman will never be forgotten again. We will all come together as never before
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) November 9, 2016
well, you sure did fool them. #trump pic.twitter.com/KX9BzaiAEq
— Charlotte Hole (@CHARHOLE) November 9, 2016
Screenshot of the year. #ElectionNight#Elections2016 #RIPAmerica pic.twitter.com/CF4UGLeWyF
— Yaseen lakhani (@YaseenLakhani) November 9, 2016
Isso não significa que a vitória de Trump esteja em risco. Trump é mesmo o presidente eleito. Nos Estados Unidos, os eleitores não votam directamente no presidente, mas antes na composição do Colégio Eleitoral (que tem representantes de cada estado, conforme a sua população). No complicado sistema eleitoral americano, quem for mais votado em cada estado assegura a totalidade dos respectivos lugares desse estado no Colégio Eleitoral.
Ou seja, mesmo que a diferença de votos que dá a vitória num estado seja pequena, todos os lugares do Colégio Eleitoral desse estado são atribuídos ao candidato mais votado. Não faz diferença registar grandes votações, elas apenas têm de ser superiores às candidaturas rivais.
Trump já assegurou os 270 lugares no Colégio Eleitoral necessários para ganhar as eleições, graças às votações que registou em alguns estados considerados decisivos, como a Flórida ou a Carolina do Norte. Hillary tem apenas 218 desses lugares.
Não é a primeira vez que o presidente não é o candidato mais votado. Em 2000, Al Gore recolheu a maioria dos votos populares mas foi ultrapassado por George W. Bush, que garantiu os 270 lugares no Colégio Eleitoral.
Nas redes sociais está em marcha um movimento de cidadãos que recusam reconhecer Donald Trump como o próximo presidente dos Estados Unidos da América. #HesNotMyPresident é o "hashtag" que reúne os depoimentos.
2008 elections vs. 2016 elections
— Marius (@hesmarius) November 9, 2016
what a depressing day for America..#HesNotMyPresident pic.twitter.com/Xs57avXrsY
Não são só os cidadãos anónimos a reagir no Twitter à eleição de Donald Trump como próximo presidente dos Estados Unidos da América. São várias as celebridades, de músicos a actores, passando por apresentadores, a demonstrar o seu descontentamento.
Lady Gaga, apoiante de Hillary Clinton, foi até fotografada a protestar em frente à Trump Towe, em Nova Iorque esta quarta-feira de manhã.We stand together. We stick up for the vulnerable. We challenge bigots. We don't let hate speech become normalised. We hold the line. https://t.co/ro9AkRSc9Q
— J.K. Rowling (@jk_rowling) November 9, 2016
Lady Gaga stages a protest against Donald Trump on a sanitation truck outside Trump Tower #Election2016 pic.twitter.com/ZXZEuFwfpU
— Lady Gaga Daily (@gagadaily) November 9, 2016
O comissário europeu para os assuntos económicos e financeiros considera que a Europa precisa de tirar lições da vitória de Donald Trump nos Estados Unidos, porque também no velho continente há concidadãos frustrados com a repartição desigual dos rendimentos.
Durante a conferência de imprensa que acompanhou a apresentação das previsões de outono, Pierre Moscovici diz que "o povo norte-americano elegeu Donald Trump com 45º presidente", que a vitória foi clara, e que, "evidentemente, há expectativas do lado de cá do Atlântico" de que os EUA e a Europa se mantenham como "parceiros fortes". Entre os principais temas a tratar pelos dois blocos económicos estão "a economia, a segurança e as alterações do clima", enumerou o comissário.
Mas não é só. Dos EUA chegam também valiosas lições sobre as frustrações de uma parte da população. Também há "muitos dos nossos concidadãos que se sentem excluídos da retoma economia e muitos que tomam certas distâncias relativamente aos seus governos (pelo que) temos de responder a estas preocupações".
Desde logo, é preciso "atacar as desigualdades, que afastam os governados dos governantes", diz Moscovici, para quem "isto é urgente". O modo de lá chegar é que não é claro.
Questionado sobre as visões politicas diferentes a nível europeu e as tensões que isso gera, o comissário francês diz que "a comissão não é uma comissão social-democrata, é uma Comissão Europeia" e a uni-la tem a vontade de manter fronteiras abertas e aceitar a globalização.
Segundo o jornal Estadão, o presidente brasileiro Michel Temer vai dar os parabéns a Donald Trump pela sua vitória. Fonte do Palácio do Planalto, Temer "elogiou o tom equilibrado do primeiro discurso de Donald Trump".
Barack Obama convidou Donald Trump para uma visita à Casa Branca esta quinta-feira, de modo a informá-lo sobre a transição de pasta, avançou a agência Reuters. Ainda hoje, Obama fará uma declaração sobre o resultado desta eleição.
Segundo o director de campanha de Donald Trump, a conversa entre os dois líderes, por telefone, foi "muito calorosa", tendo Obama congratulado o seu sucessor.
O actual presidente dos Estados Unidos da América ligou também à candidata democrata Hillary Clinton, que saiu derrotada deste processo eleitoral.
Em declarações à MSNBC, Conway disse que ainda não falou com Trump sobre o assunto mas que ele vai ser abordado "no seu devido tempo".
Trump e o vice-presidente eleito Mike Pence "estão a tentar unir o país, mas não discutimos isso nos últimos dias e acho que vai ser discutido no seu devido tempo". Esse não foi um dos temas abordados por Trump na conversa telefónica que teve com Hillary ontem à noite, acrescentou a directora de campanha.
No segundo debate eleitoral, Donald Trump prometeu nomear um procurador especial para investigar os e-mails de Hillary Clinton caso fosse eleito presidente, e disse que a candidata "devia ter vergonha" de si própria. "Ainda bem que alguém com o feitio de Donald Trump não é o responsável pelas leis do nosso país", respondeu Hillary. Trump respondeu prontamente: "Porque estarias na prisão".
O chefe do Governo do vizinho Canadá já reagiu à eleição de Donald Trump. O primeiro-ministro Justin Trudeau felicitou Trump, declarando que o seu Governo irá trabalhar de perto com o presidente eleito.
"Canadá não tem um amigo, parceiro e aliado mais chegado que os Estados Unidos. Estamos ansiosos de trabalhar muito perto com o presidente eleito, Mr. Trump, e com a sua administração e com o Congresso norte-americano nos próximos anos, especialmente em assuntos relacionados com o comércio, investimento, paz internacional e segurança", declarou, citado pela CNN.
Acrescentou, ainda, que as relações entre Estados Unidos e Canadá são "um exemplo para o resto do mundo". "Os nossos valores comuns, os nossos profundos laços culturais bem como as nossas economias fortemente integradas, vão continuar a garantir bases para desenvolver esta sólida e segura parceria".
O primeiro-ministro da Eslovénia – país de onde é natural Melania Trump, a futura primeira-dama – já congratulou o próximo presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump.
"Claro que estou contente por a Eslovénia fazer parte desta eleição com a nossa Melania Trump a tornar-se a próxima primeira-dama dos Estados Unidos, escreveu Miro Cerar, recordando a oportunidade para o reforço de relações bilaterais.
Congratulations Mr. President @realDonaldTrump and First Lady @MELANIATRUMP from #sLOVEnia. pic.twitter.com/nZDiTO81UZ
— dr. Miro Cerar (@MiroCerar) November 9, 2016
Melania Trump é a segunda primeira-dama norte-americana a não ter nascido no país. Durante a campanha, a mulher de Donald Trump ganhou destaque ao ser acusada de plagiar um discurso antigo de Michelle Obama.
Em comunicado, os bloquistas lamentam o "ódio à igualdade de direitos, à imigração e ao primado dos direitos humanos" que consideram que o Presidente eleito pelo partido republicano representa.
"A inexistência de uma alternativa mobilizadora, como a que poderia ter sido protagonizada por Bernie Sanders, também abriu caminho a este resultado", refere o texto, elogiando o candidato derrotado nas primárias pela secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, candidata presidencial pelo Partido Democrático.
Clinton teve mais votos a nível nacional, mas Trump ganhou as eleições e será o futuro Presidente dos Estados Unidos. Os republicanos ganharam também mais lugares no Senado. Veja como ficaram os resultados por estados.
Hillary Clinton não fez um discurso de concessão, mas ligou ontem à noite a Trump para lhe dar os parabéns pela vitória nas eleições.
A informação surge numa nota de imprensa da Casa Civil do Presidente da República angolano divulgada ao final da manhã, citada pela Lusa, informando da felicitação dirigida por José Eduardo dos Santos a Donald Trump e dando conta da aspiração de que esta eleição "se traduza em prosperidade e felicidade para o povo americano".
Ao mesmo tempo, este resultado eleitoral deve permitir "um período de maior diálogo e cooperação internacional", capaz de "viabilizar a resolução dos problemas mais cadentes da actualidade e propiciar mais paz e segurança" no mundo.
Na mesma mensagem é referida a vontade do chefe de Estado angolano em "estreitar as relações de amizade e cooperação mutuamente vantajosas" entre Angola e os Estados Unidos da América.
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, considerou uma "grande notícia" a eleição de Donald Trump.
O chefe de Governo, que durante a campanha se tinha pronunciado publicamente a favor do candidato republicano - dizendo que as suas políticas eram vitais para o seu país - , deixou no Facebook uma mensagem de apoio ao futuro novo Chefe de Estado.
"Que grande notícia. A democracia ainda está viva", lê-se numa publicação em que Orban surge de costas, ao telefone, com uma televisão com a emissão de acompanhamento das eleições da CNN como pano de fundo.
O Governo de Orbán foi, na Europa, o mais crítico da política de acolhimento de refugiados, recusando a aplicação de quotas por países, levando-o mesmo a realizar um referendo sobre o assunto, que ficou sem validade por não ter tido afluência suficiente às urnas.
Esta terça-feira, os deputados húngaros chumbaram a pretensão do partido no poder, o Fidesz, de impedir a aplicação do sistema de quotas de realojamento de refugiados na União Europeia, que obriga o Governo de Budapeste a aceitar 1.294 refugiados.
O ex-ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis, diz que a vitória de Trump marca o início de uma era que é variante da década de 30 do século passado, regressando a um período de deflação na economia, de xenofobia e da política do "dividir para reinar".
Num artigo de opinião assinado no site do Diem 25, o movimento Democracia na Europa 2025 que integra, Varoufakis diz que a paixão regressou à política para explorar a ira de 80% da população para "reajustar o poder no topo, deixando os 80% moribundos, traídos e divididos. Temos de parar isto. O nosso trabalho é usar a paixão ao serviço do humanismo," escreve.
É este "establishment" que acusa de ter "esmagado a primavera grega".
Perante fenómenos como o Brexit, partidos extremistas como o Aurora Dourada ou a Alternativa para a Alemanha e Donald Trump "eles responderam com uma mistura de condescendência, negação e pânico", acusa, dizendo ser necessário que os progressistas dos EUA, Canadá e América Latina se juntem para um movimento das democracias na América, a que se deve juntar um movimento semelhante no Médio Oriente.
Em várias mensagens no Twitter, Enrique Peña Nieto felicitou os Estados Unidos pelo processo eleitoral, mostrando disponibilidade para "trabalhar junto" com Donald Trump "a favor da relação bilateral".
Felicito a EUA por su proceso electoral y le reitero a @realDonaldTrump la disposición de trabajar juntos en favor de la relación bilateral.
— Enrique Peña Nieto (@EPN) November 9, 2016
Numa outra mensagem, Peña Nieto declarou que o México e os Estados Unidos são "amigos, aliados e associados que têm de manter a colaboração para que a América do Norte se mantenha competitiva e continue a desenvolver-se".
E acrescentou confiar que México e Estados Unidos "continuem a estreitar os seus laços de cooperação e respeito mútuo".México y EUA son amigos, socios y aliados que deben seguir colaborando por la competitividad y el desarrollo de América del Norte.
— Enrique Peña Nieto (@EPN) November 9, 2016
Confío que México y Estados Unidos seguirán estrechando sus lazos de cooperación y respeto mutuo.
— Enrique Peña Nieto (@EPN) November 9, 2016
O toque foi dado por Paddy Cosgrave, fundador do Web Summit, ao lado do presidente do Nasdaq, Bob Greifeld.
Cuba anunciou o lançamento de cinco dias de exercícios militares, de modo a preparar as tropas para confrontos a que este governo chama uma "série de acções inimigas".
Cuba não associa estes exercícios à eleição de Donald Trump mas o anúncio surge quase em simultâneo com a vitória surpresa do candidato republicano.
É a sétima vez, recorda a Associated Press, que Cuba levou a cabo este tipo de exercícios, a maioria das vezes em momentos de alta tensão com os Estados Unidos da América.
O primeiro exercício foi lançado em 1980 depois da eleição de Ronald Reagan como presidente dos EUA.
Na sua campanha, Trump tinha prometido reverter o reatar das relações diplomáticas com Cuba levado a cabo por Barack Obama.
"Cumprimento o novo presidente eleito dos Estados Unidos da América que merece o nosso respeito, porque foi eleito democraticamente pelos americanos", afirmou o presidente social-democrata, Pedro Passos Coelho, em declarações aos jornalistas, no final de um encontro com responsáveis da CGTP-IN, em Lisboa.
Reconhecendo que se a ação futura de Donald Trump for consistente com o que foi dito em campanha eleitoral há motivos alguma apreensão, Passos Coelho fez votos para que o novo Presidente dos Estados Unidos se distancie "um pouco daquilo que foi o tom da campanha eleitoral", porque assim "talvez as coisas não corram tão mal quanto se espera".
Bob Greifeld, CEO do índice tecnológico norte-americano Nasdaq, defendeu esta quarta-feira, 9 de Novembro, que a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos "não tem um impacto directo sobre nós".
"É um factor externo que não deve afectar-nos. [Trump] foi eleito como presidente, não como ditador. Vamos continuar a fazer o que temos de fazer", reforçou Bob Greifeld, num painel do Web Summit dedicado ao "venture capital".
No entanto, referindo-se à reacção negativa dos mercados financeiros, o CEO do Nasdaq antecipou que a pressão sobre a dívida norte-americana "vai persistir durante um tempo".
A eleição de Donald Trump surpreendeu os investidores e acelerou uma correcção das acções mundiais. E a expectativa é que a imprevisibilidade de Trump crie volatilidade nos mercados no curto prazo, mas acabem por normalizar, antecipam os especialistas.
"Vai haver algum nervosismo no curto prazo, mas a poeira vai assentar rapidamente", antecipa Rui Cartaxo, na conferência do Jogo da Bolsa, organizada pelo Negócios e pela GoBulling, que decorreu esta manhã em Lisboa, sob o tema "Mercados financeiros e estratégias de investimento". O consultor do Banco de Portugal admite que o resultado desta madrugada nos EUA não foi o que esperava mas também não o surpreendeu.
O empreendedor norte-americano Dave McClure teve hoje uma das reacções mais acaloradas na Web Summit sobre o desfecho das eleições norte-americanas, levantando-se durante a sua intervenção, gritando colérico: "Vocês não estão f... neste momento?".
"Toda esta m... de eleição foi um embuste, não podemos estar aqui sentados como se nada se tivesse passado. Fomos roubados, violentados, enganados. Vocês não estão f... neste momento? O que é que se passa com vocês para não estarem zangados?", disse o empreendedor, lançando para o ar enraivecido uma garrafa de água.
"Se não reagirmos, cretinos como Trump vão chegar à presidência. É nosso dever e responsabilidade como empreendedores garantir que esta m... não aconteça. Temos de nos levantar e lutar. Levantem-se, façam a diferença!", prosseguiu.
A agência de notação financeira Moody's considerou hoje que a vitória de Donald Trump nas presidenciais norte-americanas vai ter impacto numa série de indústrias, nomeadamente o comércio internacional, regulação financeira, saúde, imigração e impostos para as empresas.
"A vitória de Trump vai provavelmente originar um conjunto de políticas que divergem fortemente das políticas do Governo anterior", comentou o vice-presidente da Moody's Robard Williams.
Numa nota enviada aos investidores, a Moody's salienta que Trump anunciou a intenção de renegociar as relações comerciais com os maiores parceiros comerciais, como a China, Canadá e México, e impor "medidas severas nas importações de outros países para garantir concessões nas negociações comerciais".
O PCP reagiu aos resultados das eleições no EUA, afirmando que estas "expressaram profundos problemas, contradições e desigualdades que percorrem a sociedade daquele País, que são expressão do aprofundamento da crise estrutural do capitalismo que afecta particularmente a maior potência imperialista do Mundo".
"A eleição de Donald Trump como Presidente dos EUA poderá aprofundar ainda mais a política externa reaccionária e agressiva dos EUA levada a cabo por sucessivas administrações norte- americanas, e da qual a candidata derrotada foi destacada protagonista. Tal facto realça a importância da intensificação e alargamento da luta pela paz e contra as ingerências e agressões do imperialismo, nomeadamente do imperialismo norte-americano", refere um comunicado do PCP.
A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, defendeu hoje que é preciso aguardar a acção do novo Presidente, considerando que Portugal e os Estados Unidos continuarão a relacionar-se e sublinhando a necessidade de uma reflexão sobre as sondagens.
"O que muda teremos oportunidade de ver na acção do novo Presidente. Penso que hoje é o dia de respeitar a decisão que foi tomada pelo povo americano, em liberdade e em democracia, e saudar os resultados. Em democracia, os resultados têm sempre de ser respeitados", afirmou Assunção Cristas aos jornalistas.
Antes de uma reunião com a CGTP-IN, na sede da central sindical, em Lisboa, a líder centrista afirmou que "Portugal e os Estados Unidos certamente continuarão a relacionar-se enquanto estados autónomos e independentes e democracias maduras, que têm áreas e convergências de interesse, como todos as questões que têm a ver com o Atlântico".
O actual secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, já deu os parabéns a Donald Trump pela sua eleição. O homem a quem António Guterres irá suceder lembrou a importância dos Estados Unidos da América para "contribuir para o bem comum".
Ban Ki-moon congratulates @realDonaldTrump & adds: Ppl everywhere look to US to use its power to help lift humanity & work for common good. pic.twitter.com/hNvpga5LDn
— UN Spokesperson (@UN_Spokesperson) November 9, 2016
Clinton superou Trump em número de votos - 59,18 milhões para a democrata contra os 59,04 milhões do republicano -, um número que pode aumentar ligeiramente a favor de Hillary Clinton enquanto avança o escrutínio na costa oeste e no Alasca.
Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu, reagiu mais uma vez à eleição de Trump como próximo presidente dos Estados Unidos da América. "Não acredito que qualquer país possa hoje ser maior isolado", alertou, apelando à cooperação daquele país com o bloco europeu.
"Os acontecimentos dos últimos meses e dias devem ser tratados como um sinal de alerta para todos os que acreditam na democracia liberal", lembrou. Tusk reforçou ainda que este é o momento para actuar em conjunto.
"A União Europeia e os Estados Unidos não têm outra opção que não seja a cooperação. A UE mantém-se um parceiro forte e confiante. Esperamos o mesmo dos EUA e do seu novo presidente", concluiu.
EU & US have no option but cooperation. EU remains strong, reliable partner. We expect same from US & new President. https://t.co/Cfbvr5whaI
— Donald Tusk (@eucopresident) November 9, 2016
Os Repórteres Sem Fronteiras (RSF) pediram a Donald Trump que respeite a liberdade de imprensa durante o seu mandato enquanto próximo presidente dos Estados Unidos da América. Os RSF consideram que, durante a campanha, o candidato republicado teve uma atitude "preocupante" para com os órgãos de comunicação social, ameaçando processar jornais, ameaçando jornalistas e retirando a acreditação ao Washington Post.
O presidente da Câmara dos Representantes, Paul Ryan, deu uma conferência de imprensa a felicitar o novo presidente eleito, dizendo que trabalhará conjuntamente com Donald Trump. Paul Ryan, republicano, chegou, durante a campanha, a dizer que deixaria de defender o então candidato à Casa Branca (do seu partido), depois da divulgação de uma conversa de Trump a falar de conquistas de mulheres.
Agora, depois da vitória, Paul Ryan veio a público falar também da necessidade de haver um país unido. E garantiu que agora Trump vai liderar um governo republicano "unido".
Falou de uma relação boa com o presidente eleito, e garantiu que iria trabalhar em conjunto com ele.
Ainda a aguardar a reacção pública de Hillary Clinton, aquele que iria ser o seu vice-presidente chegou ao palco. Tim Kane falou da história que Hillary Clinton fez e que faria se fosse eleita presidente, o que seria a primeira mulher a consegui-lo. Mas lembrou que Clinton teve mais votos que Trump, no geral. "Ganhou o voto popular da América", disse-o e recebeu o primeiro grande aplauso. "É um feito extraordinário".
Kane diz que gostaria de ter participado num governo histórico. Agradeceu Clinton, dizendo que "ela ama o país".
E deixou o palco para Clinton, que chega acompanhada de Bill Clinton e da filha.
"Queria dar os parabéns ao Sr. Donald Trump. Longa vida," disse Duterte durante uma visita à Malásia.
O "Trump do Oriente" - como é chamado - disse que tanto ele como Trump praguejam, mesmo com assuntos do dia-a-dia.
"Devo deixar de o fazer porque Trump está lá. Não quero brigar mais porque Trump ganhou," confessou o Chefe de Estado que chegou ao poder em Maio como um candidato 'outsider' e numa lógica populista, tal como o novo Presidente norte-americano eleito.
No discurso da derrota, a candidata democrata agradeceu o apoio, pediu desculpas por ter perdido as eleições e pediu que se aceite o resultado.
Num discurso emocionado, tentando controlar lágrimas, Hillary Clinton assumiu que era um momento de tristeza. Felicitou Trump, dizendo esperar que "seja um presidente bem sucedido para todos os americanos. Não é resultado que queríamos e peço desculpa por não termos ganhado esta eleição". Assumiu ser "doloroso", e "sê-lo-á por um longo período".
Pediu que se aceite o resultado e que se olhe para o futuro, oferecendo-se para trabalhar em conjunto com o presidente eleito. "Donald Trump vai ser o nosso presidente. Devemos-lhe uma mente aberta e a oportunidade de liderar".
"A nossa nação está mais dividida do que pensávamos", mas "acredito na América e continuarei a acreditar".
No discurso, Hillary Clinton prometeu continuar a luta, por uma melhor América. Agradeceu à família, às equipas, mas também ao Presidente em funções, Barack Obama, e à primeira-dama, Michel Obama.
Deixou também uma mensagem para futuro, dizendo que uma mulher ainda não chegou à Casa Branca, mas tal poderá acontecer até "mais cedo do que se possa agora pensar".
Aproveitou para falar dos valores que defende e da integração de todos, no que responde à campanha de Trump. "Acreditamos que o sonho americano é para todos, independentemente da raça, religão, para os homens e mulheres, emigrantes, comunidade LGBT, pessoas com incapacidades, para toda a gente". "Lutei pelo que acredito.
Esta derrota custa, mas nunca deixem de acreditar que lutar pelo que acreditam vale a pena".
No discurso de derrota, que demorou a acontecer, Clinton diz valorizar a transferência pacífica do poder.
“Donald Trump is going to be our president. We owe him an open mind and the chance to lead.” —Hillary
— Hillary Clinton (@HillaryClinton) 9 de novembro de 2016
O actual Presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, confirmou que se reunirá esta quinta-feira, 10 de Novembro, com o seu sucessor, Donald Trump para iniciar o processo de passagem de poder.
"Temos diferenças significativas. Mas recordem-se: há oito anos também eu e o presidente [George W.] Bush tínhamos diferenças significativas," lembrou o Chefe de Estado.
"Faremos os possíveis para que tenhamos uma transição de poder bem-sucedida para o presidente eleito", assegurou.
No seu discurso, Barack Obama não esqueceu a candidata democrata, Hillary Clinton, que apoiou ao longo dos últimos meses. "Não podia ter mais orgulho nela. Tem uma vida fantástica de serviço público. A sua nomeação foi histórica e a sua mensagem também", considerou.
A conclusão é semelhante à tirada na altura do voto no Brexit. Se só contassem os votos de jovens entre os 18 e os 25 anos, o resultado teria sido diferente.
This is how the future voted. This is what people 18-25 said in casting their votes. We must keep this flame alight and nurture this vision. pic.twitter.com/ivuXrar869
— Eliza Byard (@EByard) November 9, 2016
"Foi uma grande surpresa" a vitória de Donald Trump, afirmou Nuno Amado quando questionado sobre o resultado das eleições americanas. "Espero que não traga efeitos negativos na economia mundial", desabafou o banqueiro.
"Espero que a vitória de Donald Trump não traga efeitos negativos na economia mundial", desabafou o presidente do BCP quando questionado sobre o resultado das eleições nos EUA.
Para Nuno Amado "foi uma enorme surpresa, mas o mundo está cheio de surpresas", sublinhou.
A preocupação do banqueiro tem a ver com o impacto na economia mundial, sobretudo porque apesar "de a situação da economia europeia ser complexa, o mundo como um todo tem crescido".
As bolsas norte-americanas registaram quedas acentuadas durante a noite, na negociação fora de horas, com a perspectiva cada vez mais provável de Donald Trump vencer as eleições presidenciais dos EUA. Quando o resultado chegou e confirmou os receios, o pânico foi evidente. Mas o republicano conseguiu acalmar os mercados e Wall Street conseguiu mesmo passar para terreno positivo, terminando a jornada com subidas superiores a 1%.
O Standard & Poor’s 500 fechou a somar 1,1% para 2.163,11 pontos. Já o índice industrial Dow Jones avançou 1,40% para 18.589,69 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite valorizou 1,11% para 5.251,07 pontos.
Secretário de Estado: Como potenciais sucessor de John Kerry à frente da diplomacia americana surgem os nomes de Gingrich, ex-líder da Câmara de Representantes, ou o senador Bob Corker, líder do comité de Negócios Estrangeiros do Senado. Já John Bolton, é apontado pelo Politico como o nome preferido para representar os EUA nas Nações Unidas.
Secretário do Tesouro: Para o Tesouro Trump estará a ponderar a escolha de Steven Mnuchin, co-fundador e director-executivo da Dune Capital Management e que além de ter estado 17 anos no Goldman Sachs conta ainda no currículo com passagens pelo OneWest Bank e pelo CIT Group.
Secretário da Defesa: Para esta pasta Donald Trump está a ponderar vários nomes, como o do senador Jeff Sessions, o do antigo senador Jim Talent ou ainda o de Stephen Hadley, ex-conselheiro para a Segurança Nacional. Putro nome seria o do general Mike Flynn, embora o antigo director da CIA precisasse que o Congresso lhe conferisse uma autorização especial para ocupar este cargo.
Procurador-geral: Para ocupar a função equivalente ao de ministro da Justiça o nome mais provável é o de Rudy Giuliani, antigo mayor de Nova Iorque, e um dos principais apoiantes de Trump. Outra possibilidade passaria pela escolha de Chris Christie, governador de Nova Jérsia.
O senador Tom Cotton, que também é apontado como eventual escolha para secretario da Defesa de Trump, afirmou, citado pelo Guardian, que "afogamento simulado não é tortura".
Cotton considera que Trump é um "homem duro que está preparado para tomar decisões difíceis", o que sugere que para este senador o presidente eleito dos EUA poderá dar luz verde ao regresso das práticas de tortura, especialmente utilizadas na luta contra o terrorismo.
No final de Outubro, Donald Trump anunciou, num discurso em Gettysburg, o plano de acção para os primeiros 100 dias na Sala Oval. Destacamos algumas dessas medidas:
1- Começar por deportar "os imigrantes ilegais criminosos", "restabelecer a segurança e o Estado de Direito estabelecido pela Constituição" e ainda "suspender a "imigração vinda de regiões propensas ao terrorismo";
2- Tornar mais fácil a vida das "classes médias" através da adopção de um corte de impostos de 35% e da redução da carga fiscal aplicada às empresas;
3- Prometeu também cancelar os pagamentos feitos por Washington aos programas das Nações Unidas relacionados com as alterações climáticas;
4- Renegociar os acordos comerciais firmados pelos Estados Unidos (NAFTA, Parceria Trans-Pacífico) e dar indicações para que Washington passe a classificar a China como um manipulador cambial";
5- Cancelar todas as acções executivas inconstitucionais levadas a cabo pelo presidente Barack Obama.
#BREAKING Obama to host Trump in the Oval Office Thursday
— AFP news agency (@AFP) 9 de novembro de 2016
"As pessoas estão cansadas de trabalhar mais horas por menores salários", prosseguiu o senador do Vermont. Sanders, que foi o principal rival de Hillary Clinton pela nomeação democrata, disse estar pronto para juntamente com "outros progressistas" trabalhar com Donald Trump na procura de políticas que "melhorem a vida das famílias trabalhadoras deste país".
E na medida em que Trump opte por "políticas racistas, sexistas, xenófobas e anti-ambiente", Sanders afiança que "nos iremos opor a ele vigorosamente".
NEWS: Sanders Statement on Trump https://t.co/HEWALfcXW4
— Bernie Sanders (@SenSanders) 9 de novembro de 2016
É certa a derrota de Hillary Clinton. No entanto, tendo em conta os dados apurados e as projecções dos Estados onde ainda não foram contados todos os votos, Clinton deverá vencer em número de votos populares (para garantir a eleição é preciso pelo menos 270 votos no colégio eleitoral, algo que Trump conseguiu ainda na última madrugada).
Assim, a antiga primeira-dama torna-se na segunda candidata presidencial em cinco eleições a não ser eleita apesar de ter recolhido mais votos do que o seu adversário. Como se sabe foi esse o caso de Al Gore nas presidenciais de 2000, em que apesar de ter superado George W. Bush no número total de votos, acabou por perder para o filho do ex-presidente dos EUA.
Nesta altura, de acordo com os dados recolhidos pelo New York Times, Clinton regista 47,7% dos votos populares face aos 47,5%. A diferença é mínima, com Clinton a liderar com uma vantagem pouco superior a 200 mil votos.
Os mercados abriram no vermelho. As reacções vão sucedendo-se. Marcelo Rebelo de Sousa e o Governo português já felicitaram Trump. A Europa quer uma cimeira.