Notícia
O dia das eleições nos EUA ao minuto
Depois de uma campanha longa e desgastante, recheada de polémicas, os americanos estão a votar para escolher Hillary Clinton ou Donald Trump desde o final da manhã (hora de Lisboa). Os dados da votação antecipada apontam para um aumento significativo da participação dos hispânicos em estados como a Flórida, Carolina do Norte ou Nevada. Os primeiros números da contagem de votos, divulgados pelas televisões, dão Kentucky e Indiana para os republicanos, como seria de esperar. Acompanhe a cobertura do Negócios até à madrugada.
Projecção CNN: Trump vence em Kentucky e em Indiana, Vermont cai para Clinton
As primeiras projecções da CNN dão Kentucky e Indiana para os republicanos e o Vermont para os democratas. Ou seja, nenhuma surpresa para já. Quanto a Georgia, Virgina e South Carolina, a CNN diz que ainda é cedo para fazer qualquer projecção para esses Estados.
Veja como votaram todos os Estados desde 1792 - FiveThirtyEight
O site FiveThirtyEight, fundado por Nate Silver, publicou um gráfico que resume mais de 200 anos de democracia nos Estados Unidos. As cores indicam como votou cada Estado desde 1792.
#ElectionNight https://t.co/KB8hnMfJaG pic.twitter.com/EVafh8u5kG
— FiveThirtyEight (@FiveThirtyEight) November 8, 2016
Tiroteio provoca quatro feridos na Califórnia
Um tiroteio junto a uma secção de voto na cidade de Azusa, no Estado da Califórnia, condado de Los Angeles, provocou quatro feridos. O suspeito está em fuga.
Primeiros resultados dão vitória a Trump no New Hampshire
A 30 minutos de encerrarem as urnas em New Hampshire, e com somente 1% dos votos contados, Donald Trump está na frente. O candidato republicano surge com 52,5% dos votos enquanto Hillary Clinton está com 41%.
Estes resultados são ainda preliminares neste Estado que garante quatro votos no colégio eleitoral. Antes da eleição, as sondagens apontavam para uma corrida renhida, com vantagem para Clinton.
Primeiros números mostram Trump a esmagar em Kentucky e Indiana. Como seria de esperar
Os primeiros números divulgados pela CNN não traz surpresas para as duas candidaturas. Donald Trump está a ganhar no Kentucky 72,7% vs. 24,6%, com uma pequena percentagem dos votos contados. Em Indiana, a vantagem do republicano é de 69,3% vs. 27,5%.
O Kentucky vota republicano desde 1996, mas o Indiana foi ganho por Obama em 2008. A primeira vitória democrata nesse Estado desde 1964. Cada um deles vale, respectivamente, 8 e 11 votos para o colégio eleitoral.
Acção judicial para prolongar votações na Carolina do Norte
Um grupo de advogados apresentou uma acção judicial requerendo que as urnas de votos permaneçam abertas até às 21:00 locais (a hora prevista de fecho das urnas é às 19:30 locais). Esta acção surge na sequência de problemas electrónicos identificados durante um certo período do dia.
A Carolina do Norte elege 25 votos para o colégio eleitoral e é considerado um dos "swing states".
Também no Colorado foram identificados problemas com o sistema de registros. No entanto, um jornalista do The Denver Post refere no Twitter que as autoridades do Colorado não vão prolongar as votações apesar de o sistema ter estado em baixo durante 29 minutos.
BREAKING: Colorado Secretary of State will *not* extend voting hours after voter verification system went down for 29 minutes #copolitics
— Mark K Matthews (@mkmatthews) 8 de novembro de 2016
Sondagens à boca das urnas mostram um eleitorado pouco mais diverso do que em 2012
Segundo a sondagem à boca das urnas da CNN, a composição do eleitorado nestas eleições não parece muito diferente do cenário de 2012. Este ano, 70% são caucasianos, 12% negros e 11% hispânicos. Há quatro anos, estas percentagens foram 73%, 13% e 10%, respectivamente.
A confirmar-se esta distribuição do eleitorado, nenhuma campanha ficará muito contente, mas Hillary Clinton estaria certamente desiludida com o menor peso dos negros e com o fraco crescimento dos latinos. Minorias raciais que votam esmagadoramente do lado democrata.
Contudo, devemos olhar para estes dados com cautela, como alerta o jornalista do New York Times, Nate Cohn.
Keep in mind that the exits are not very good at measuring the composition of the electorate https://t.co/SAemQ27N6i
— Nate Cohn (@Nate_Cohn) November 8, 2016
Farage diz que Trump representa a mesma mudança que o Brexit
O líder doUKIP considera que a candidatura deDonaldTrump representa o mesmo espírito de mudança que a vitória doBrexit significou para o Reino Unido. Apesar desta declaração, até agora o líder doUKIP não declarou em nenhum momento o apoio ao candidato do Partido Republicano.
Enjoyed speaking to @Varneyco earlier. @realDonaldTrump represents change in this election just as Leave did in the EU referendum. #Brexit pic.twitter.com/801SigGfyC
— Nigel Farage (@Nigel_Farage) 8 de novembro de 2016
Sondagem da CNN mostra pouco optimismo em relação a Clinton e Trump
Uma sondagem à boca da urnas conduzida pela CNN mostra que apenas cerca de quatro eleitores em cada 10 se mostra optimista quanto a uma hipotética presidência de Hillary Clinton ou Donald Trump. E quase sete em cada 10 eleitores dizem-se mesmo "insatisfeitos" ou "zangados" com a forma como o Governo norte-americano tem governado.
Por outro lado, à volta de quatro em cada 10 eleitores define como principal prioridade que procuram no próximo presidente a capacidade para trazer mudanças. Ainda assim 54% dos inquiridos pela CNN dissera, estar satisfeitos com o trabalho feito pelo presidente Barack Obama.
George W. Bush votou em branco
Segundo o jornalista do New York Times, Jonathan Martin, tanto George W. Bush como a sua mulher Laura Bush não votaram em Donald Trump. Terão deixado o seu boletim em branco na escolha do Presidente e votado no resto das corridas.
NEWS: George W. & Laura Bush did not vote for Trump. They left the presidential line empty & cast votes for downballot GOP candidates
— Jonathan Martin (@jmartNYT) November 8, 2016
Lembra-se de Trump a espreitar o boletim de Melania? Já sabemos o que lá estava escrito
Há minutos colocámos aqui uma das imagens que está a ser mais partilhada nesta noite eleitoral. Donald Trump espreitava o boletim de voto de Melania Trump. Agora, o realizador Jason Pollock diz-nos o que estava afinal lá escrito: "Alguém me ajude, por favor"
We can't confirm or deny... but it appears that a photo of Melania's ballot has accidentally leaked online! pic.twitter.com/oobO4QULca
— Jason Pollock (@Jason_Pollock) November 8, 2016
Trump diz que há problemas com as máquinas de voto em todo o país, mas é só num condado do Utah
Donald Trump parece ter quebrado o seu silência no Twitter - imposto pela sua campanha nos últimos dias - para destacar problemas com as máquinas de voto, que a CNN noticiou há alguns minutos. "Ainda agora, de acordo com a CNN: "os responsáveis do Utah reportam problemas com máquinas de voto pelo país inteiro"".
Just out according to @CNN: "Utah officials report voting machine problems across entire country"
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) November 8, 2016
Os jornalistas da CNN foram rápidos a apontar que a notícia diz respeito a apenas um condado (county) e não todo o país (country).
Our reporting is actually voting machine problems in one Utah county (Washington Cty), precincts switching to paper ballots @realDonaldTrump https://t.co/fzBrDzqnsn
— Jim Sciutto (@jimsciutto) November 8, 2016
Donald Trump espreita voto de Melania Trump
O secretismo do voto nestas eleições nem sempre terá sido assegurado. Pelo menos parece ser esta a conclusão de um "tweet" publicado pelo programa de televisão norte-americano The Daily Show, em que aparece Donald Trump a espreitar o voto da sua mulher, Melania Trump.
Além do candidato republicano, também o seu filho,DonaldTrump Jr parece olhar para o voto da respectiva esposa.
If you are experiencing voter intimidation, immediately call 1-866-OUR-VOTE. #ElectionDay pic.twitter.com/DuS73bWX9U
— The Daily Show (@TheDailyShow) 8 de novembro de 2016
Lindsey Graham não votou em Trump, nem em Clinton
O senador republicano Lindsey Graham não votou em Donald Trump. Mas o ex-candidato presidencial também não votou em Hillary Clinton. A sua escolha foi Evan McMullin.
Damos destaque a esta escolha de Graham precisamente pela sua escolha ter recaído sobre McMullin. É que o independente - que se assume como conservador - pode ameaçar Donald Trump no Utah, um dos poucos Estados onde McMullin estará no boletim de voto. O Utah vota republicano desde 1964.
I voted @Evan_McMullin for President. I appreciate his views on a strong America and the need to rebuild our military. #3
— Lindsey Graham (@LindseyGrahamSC) November 8, 2016
Wall Street fecha em alta à espera de vitória de Hillary Clinton
As principais praças bolsistas dos Estados Unidos encerraram a sessão desta terça-feira em terreno positivo, com os investidores na expectativa de que Hillary Clinton vença as eleições e seja a próxima presidente norte-americana. A contribuir para esta expectativa estão as sondagens e as primeiras projecções à boca das urnas que coincidem em atribuir a vitória à candidata democrata.
Nas últimas quatro eleições somadas, a Florida foi decidida por 0,24%
Segundo as contas de Steve Schale, ex-director de campanha de Barack Obama na Florida, se somarmos os votos republicanos e democratas nas quatro últimas eleições (2000, 2004, 2008 e 2012), a diferença é de pouco mais de 71 mil votos a favor dos republicanos. Esta margem é pequeníssima - estamos a falar de um total de 30 milhões de votos -, rondando os 0,24%.
Schale lembra que, caso essa margem se verifique em 2016, a lei do Estado obrigaria a uma recontagem.
Trump tenta anular votos no Nevada, juíza recusa essa possibilidade
A campanha de Donald Trump está a tentar processar a responsável pelo registo dos votos no condado de Clark, no Nevada, isolando esses votos. A acção legal foi justificada com o facto de um local de voto antecipado ter ficado aberto até às 22h, duas horas mais tarde do que o limite. Esta região tem uma grande presença de hispânicos, que na sua maioria votam democrata. O Nevada é também um dos estados mais renhidos desta eleição e onde mais de metade das pessoas já votaram antecipadamente.
O porta-voz do condado já explicou que a extensão do horário foi autorizada apenas para permitir que quem já estava na fila pudesse votar, tal como está previsto na lei.
Porém, entretanto, a juíza responsável por analisar o caso recusou-se a dar seguimento ao pedido da campanha republicana. "[os votos] não devem ser contados? O que está a dizer? Por que é que está aqui?", perguntou a juíza Gloria Sturman ao advogado de Trump.
Nevada judge: "I'm not going to issue any order. I'm just not going to do it." https://t.co/Fpr3Ih6pYU
— Jim Sciutto (@jimsciutto) November 8, 2016
Trump lança desconfiança sobre as eleições
Há minutos, em entrevista à Fox News, o candidato republicano lançou suspeitas sobre a integridade do processo eleitoral. Donald Trump diz existirem problemas nas máquinas de voto: quando alguém vota republicano, a máquina muda para democrata. "Está a acontecer em vários sítios, foi noticiado", afirmou.
Estas declarações alimentam o receito de que o milionário se recusa a assumir a derrota caso seja Hillary Clinton a vencedora das eleições.
"Está a dizer que isto não acaba esta noite, Sr. Trump?"
"Não, não estou a dizer isso. Mas tenho de ver o que está a acontecer..."
Trump just said on Fox he's heard reports of voter fraud: "It's happening at various places...It's been reported." pic.twitter.com/ziSchJ2fZH
— Kyle Griffin (@kylegriffin1) November 8, 2016
Reforços na redacção do Negócios
Os jornalistas Nuno Aguiar e David Santiago juntam-se agora a esta cobertura ao minuto para acompanharem a fase decisiva da noite eleitoral nos Estados Unidos.
Hillary lidera na Flórida, Ohio e Pensilvânia
O site Votecastr, através da revista Slate, está a divulgar as primeiras projecções à boca da urna e Hillary, em oito estados decisivos, só está atrás de Trump no Iowa.
Flórida
Participação: 74,9%
Clinton: 49%
Trump: 45%
Colorado
Participação: 72,2%
Clinton: 47%
Trump: 42%
Iowa
Participação: 55,9%
Clinton: 45%
Trump: 46%
Wisconsin
Participação: 47,9%
Clinton: 49%
Trump: 43%
Nevada
Participação: 58,7%
Clinton: 47%
Trump: 44%
Ohio
Participação: 59,8%
Clinton: 46%
Trump: 45%
Pensilvânia
Participação: 45,9%
Hillary: 48%
Trump: 44%
Nova Hampshire
Participação: 44,4%
Clinton: 47%
Trump: 43%
São estes os resultados estimados pelo Votecastr, que baseia as previsões nas "sondagens pré-eleitorais, na participação mais recente observada nas mesas de voto e em relatos do total de votos antecipados".
Clinton pode ganhar logo às 2:00, Trump só às 4:00
O New York Times tem uma infografia muito útil com a hora de encerramento das mesas de voto em todos os estados do país. As horas que surgem são as horas da Costa Leste dos EUA, pelo que basta acrescentar cinco horas para se ter uma ideia do horário correspondente em Lisboa.
As primeiras urnas fecham às 18:00 locais (23:00 em Lisboa), mas os estados que representam a maioria dos votos para o Colégio Eleitoral só começam a fechar as mesas de voto a partir das 19:00 e 20:00 locais (meia noite e uma da manhã em Lisboa, respectivamente).
Há também este quadro muito interessante que indica a partir de que horas pode haver uma vitória de Hillary Clinton ou Donald Trump, contando com os votos que ambos têm garantidos e com todos os estados que forem fechando as votações.
Se tudo correr bem a Hillary, e ela conseguir ganhar nos seus estados e nos estados decisivos (Arizona, Flórida, Geórgia, Nova Hampshire, Carolina do Norte e Ohio), a vitória pode ser assegurada logo às 2:00 de Lisboa (21:00 locais).
No caso de Trump, isso só poderá acontecer às 4:00 de Lisboa (23:00 locais).Casas de apostas dão grande vantagem a Clinton, mas Trump recupera
As apostas na plataformas online estão a favorecer largamente a candidata democrata Hillary Clinton na corrida à Casa Branca, dando-a como favorita na eleição de hoje. Mas, em alguns casos, Trump recuperou terreno nos últimos dias, ainda que ligeiramente.
De acordo com a Reuters, no caso da Paddy Power, Clinton tem agora uma probabilidade de 81,8% de ganhar, enquanto Trump arrecada 22% das possibilidades.
Na britânica Ladbrokes a possibilidade de Hillary ganhar é de 76% e a de Trump de 24%.
Já o montante apostado na sala "Next President", da Betfair, está em vias de ultrapassar o que ali foi aplicado na altura das apostas com o Brexit.
Participação de afro-americanos na Carolina do Norte afunda 9%
Os números sobre a participação de eleitores afro-americanos fizeram soar alarmes. Na votação antecipada para as presidenciais americanas num estado considerado decisivo para Trump e Hillary, a Carolina do Norte, a participação de eleitores negros caiu 8,7% face a 2012 (menos 66 mil votos, num total de 688 mil boletins).
De acordo com a NBC, isso pode ser o resultado de diversas manobras do partido Republicano para dificultar a ida às urnas de minorias como os afro-americanos.
"Algo correu muito mal para os afro-americanos que votam na Carolina do Sul", tweetou o cientista político Michael McDonald, que dá aulas na Universidade da Florida e é especialista em eleições.
A NBC admite que a queda se possa dever a menos entusiasmo junto do eleitorado negro, mais ligado a Barack Obama. Mas noutros três estados do Sul, a participação dos afro-americanos na votação antecipada até subiu: 18,5% em Los Angeles, 3,7% na Georgia e 2,3% na Flórida.
A direcção do partido Republicano da Carolina do Norte obrigou as comissões eleitorais dos condados a dificultar o acesso à votação antecipada (o estado é controlado pelo partido). Vários condados reduziram as mesas de voto e as horas em que era possível votar. Em todo o estado, há menos 27 mesas de voto que em 2012.
Os condados de Mecklenburg, Guilford, e Forsyth restringiram de tal forma os horários e as mesas de voto que quem quisesse ir votar tinha de enfrentar filas prolongadas. A participação de afro-americanos caiu 8, 7 e 11%, respectivamente. No condado de Guilford, as 16 mesas de voto de 2012 deram lugar a... apenas uma!
Mas não é só isso: a NBC acrescenta que em vários locais, os apoiantes de Trump estão junto das mesas de voto com carros militares ou tacos de basebol com autocolantes com o nome do empresário para assustarem o eleitorado negro.
Quais são os eleitores que podem decidir as eleições americanas?
O eleitorado americano nunca foi tão diversificado em termos de raça ou etnia. Este ano, quase um em cada três eleitores será hispânico, afro-americano ou de outra minoria. É o número mais alto de sempre. E os Democratas contam com essa diversidade.
De acordo com dados do Pew Research Center, há 225,8 milhões de americanos que podem votar. Destes, a grande maioria - 156 milhões de eleitores, ou dois terços - são brancos. Os afro-americanos vêm depois, mas estão muito longe - representam 27,4 milhões de eleitores. A comunidade hispânica cresceu de forma expressiva desde 2012 - há agora 27,3 milhões de hispânicos aptos a votar, e já ameaça os afro-americanos como segundo grupo mais representativo.
Logo depois vêm os asiáticos: 9,3 milhões podem votar nas eleições.
Estes grupos, sozinhos, são relativamente pequenos comparados com os eleitores brancos, o principal eleitorado de Trump. Mas juntos, já representam uma fatia considerável do eleitorado. Os hispânicos e os afro-americanos costumam votar de forma massiva no partido Democrata, pelo que o aumento que foi registado nas votações antecipadas em alguns estados pode ser a chave da vitória de Hillary - é preciso que a tendência se mantenha em quem vai votar hoje, claro.
A comunidade hispânica com capacidade eleitoral cresceu 17% desde 2012, a asiática aumentou 16% e a afro-americana expandiu 6%. A comunidade branca cresceu apenas 2% nos últimos quatro anos, o que significa que as minorias vão ganhar ainda mais importância, caso esta tendência se mantenha nos próximos anos.
O vídeo de apelo ao voto de Hillary tem uma "estátua" de Bon Jovi
A campanha de Hillary Clinton aproveitou a mais recente moda da internet para fazer o seu apelo ao voto. É o desafio do manequim (Mannequin Challenge) e o objectivo é paralisar toda a gente, em poses mais ou menos naturais, enquanto a câmara avança pelo meio das pessoas, quase como se o tempo estivesse parado.Don't stand still. Vote today: https://t.co/jfd3CXLD1s #ElectionDay #MannequinChallenge pic.twitter.com/4KAv2zu0rd
— Hillary Clinton (@HillaryClinton) November 8, 2016
O vídeo de Hillary conta com o cantor Jon Bon Jovi em pose de estátua, de guitarra na mão. E a mensagem adequa-se ao momento: "Não fique parado. Vá votar hoje".
Portugal preparado para trabalhar com Trump ou Hillary
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, garantiu esta tarde que o Governo português "trabalhará com qualquer administração na base da enorme relação de confiança recíproca e de cooperação que existe entre os dois países".
"Tenho a absoluta certeza de que as eleições [presidenciais nos Estados Unidos] decorrerão com toda a normalidade e o povo americano escolherá ou seu próximo ou a sua próxima Presidente", defendeu hoje Augusto Santos Silva, antes de uma audição parlamentar sobre a proposta do Orçamento do Estado para 2017.
"Vamos tornar a América grande outra vez. Prometo"
Donald Trump acabou de partilhar um vídeo com um apelo ao voto. E deixou uma garantia: se os Republicanos ganharem, ele vai tornar a América grande outra vez - "we'll make America great again", o slogan da sua campanha. "Prometo". O vídeo parece ter sido gravado a bordo do seu avião privado.VOTE TODAY! Go to https://t.co/MXrAxYnTjY to find your polling location. We are going to Make America Great Again! #VoteTrump #ElectionDay pic.twitter.com/SH5NJYjeGE
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) November 8, 2016
"Os americanos sentem-se obrigados a sair de casa para irem votar"
Paula Alves Silva é natural de Santa Maria da Feira e trabalha no Banco Mundial, em Washington D.C. Ao Negócios, conta que viu "filas e filas" de pessoas junto às mesas de voto na capital dos Estados Unidos, onde reside. Um cenário que se repete em vários outros pontos do país, lê-se em diversos jornais e nas redes sociais.
Mas porquê esta ida em massa às urnas? É medo de Trump? "Esse receio existe, obviamente, por parte dos apoiantes democratas e, acredito, daqueles que hoje não podem votar neste país porque são emigrantes", explica.
Mas é mais do que isso. "A campanha de promoção de voto é gigantesca e incomparável. Vem dos candidatos, dos média, da publicidade, das empresas, inclusive no pacote de cereais", revela Paula Alves Silva. "Estas eleições ganharam um carácter mediático global tão intenso que julgo que as pessoas se sentem obrigadas a sair de casa, do trabalho, de onde estejam para o exercer o seu direito de voto", revela.
A feirense não acompanhou as eleições de 2012 porque ainda não trabalhava nos EUA. Mas um amigo que está numa das mesas de voto, na biblioteca de Mount Pleasant, confirmou-lhe que há mais pessoas a votar hoje do que há quatro anos. "Tivemos uma fila à volta do quarteirão durante três horas seguidas", assinalou Daniel Wise, que tirou a foto que está ali em cima.
E a nível nacional, em quem vão votar os hispânicos?
Os dados que já se conhecem e apontam para um aumento significativo da participação dos eleitores hispânicos referem-se apenas aos votos antecipados, que ocorreram antes do acto que ocorre esta terça-feira. São dados importantes, porque já votou, dessa forma, mais de 40 milhões de americanos, um terço das pessoas que foram às urnas em 2012.
Mas não é possível saber em quem votaram, embora o eleitorado hispânico seja um dos mais próximos de Hillary Clinton.
Sobre a participação nas eleições que começaram hoje, ainda não há dados objectivos que permitam medir a ida às urnas. Mas as longas filas em diversas assembleias de voto indiciam que a participação está a ser grande e maior do que em 2012. Na Flórida, um dos estados mais importantes, já votaram mais pessoas até agora do que nas eleições de 2000, avança a CNN.
A CBS Miami antecipa que, a nível nacional, Hillary Clinton deve ficar com 70,7% do voto dos eleitores hispânicos e Trump com 22,8%.
A NBC e o Wall Street Journal antecipam que a percentagem de votos dos hispânicos em Hillary será de 65%. E será esmagadora entre os afro-americanos: 86%. Nos eleitores brancos, Trump domina com 53%.Do you want to know what our New Latino Voice National poll results are saying about Latino Vote in the U.S? Source: @CBSMiami #Election2016 pic.twitter.com/hwx4WgzmjE
— The Gordon Institute (@GordonInstitute) November 8, 2016
~
You're welcome. pic.twitter.com/nBVgtZ8ASn
— Tristan (@AyoTristan) November 8, 2016
Donald Trump já votou em Nova Iorque
O candidato Republicano chegou há minutos à assembleia de voto localizada junto à Trump Tower, na escola pública 59, na cidade de Nova Iorque. O candidato Republicano brincou com duas crianças, a quem deu um "high five".
Aos repórteres, disse que "de uma forma geral, está tudo a correr bem".
À entrada, Trump recebeu vaias e aplausos. À saída ouviam-se várias pessoas a gritar contra o candidato.
Esta manhã, numa entrevista via telefone à Fox News, Trump fez um anúncio surpreendente e anunciou que ia votar... nele próprio.
Hillary também já votou, mas fê-lo bem mais cedo que Trump. Igualmente no estado de Nova Iorque, mas em Chappaqua.
O dia das eleições em imagens
O que está em jogo nas eleições dos Estados Unidos?
Os Estados Unidos da América escolhem esta terça-feira, 8 de Novembro, o seu futuro Presidente. Manuel Esteves, editor de Economia, explica o que está em jogo.
Hillary promete fazer "o melhor que puder"
A candidata Democrata, Hillary Clinton, votou em Chappaqua, no estado de Nova Iorque, onde mora (e onde esteve instalado o servidor privado através do qual a então secretária de Estado enviou milhares de e-mails que a deixaram sob investigação do FBI).
Clinton vai conseguir 322 lugares no Colégio Eleitoral?
Por esta altura já leu o guia que o Negócios preparou para acompanhar as eleições nos EUA, certo? Como leu, já percebeu que os americanos não elegem directamente o presidente, mas antes pessoas que representam cada um dos candidatos no Colégio Eleitoral. Este órgão é composto por 538 membros, divididos pelos 50 estados conforme a sua população (os mais populosos têm mais membros). Quem for mais votado num determinado estado, recolhe todos os membros desse estado.
Ganha quem tiver 270 desses membros, ou mais.
O conhecido cientista político Larry Sabato prevê que Hillary consiga segurar 322 lugares no Colégio Eleitoral, mais do que suficiente para ganhar. Segundo a "Bola de Cristal" de Sabato, a Câmara dos Representantes vai continuar nas mãos dos Republicanos e o Senado fica empatado com 50 elementos para cada partido. Neste cenário, será Tim Kaine, o vice-presidente de Hillary, a fazer a diferença e a acabar com o empate, dando maioria aos democratas.
O vice-presidente americano é o presidente do Senado e só vota para desfazer empates.
Our Final Crystal Ball picks https://t.co/MIIy1m6cUX pic.twitter.com/TOblvRiy4R
— Larry Sabato (@LarrySabato) November 7, 2016
Voto dos latinos dispara nos estados decisivos
O voto dos eleitores hispânicos está a disparar não só na Flórida como noutros estados considerados decisivos ("swing states", por ainda não haver certezas sobre quem ganha), olhando para os dados relativos ao voto antecipado.
De acordo com a CNN, além de praticamente ter duplicado na Flórida, a participação dos americanos de ascendência hispânica na Carolina do Norte subiu 79% e 144% na Georgia. São três estados considerados decisivos, o que significa que são boas notícias para Hillary Clinton.
Também de acordo com a CNN, o voto antecipado dos hispânicos duplicou face a 2012 no estado do Arizona.
Look at that amazing #Latino early voter turnout! Let's make sure the #LatinoTsunami hits the polls this #Election2016, VOTE! #VLVoices pic.twitter.com/8oM1UsdxOZ
— Voto Latino (@votolatino) November 8, 2016
Trump encerrou campanha no Michigan, Hillary na Carolina do Norte
A campanha dos dois candidatos às presidenciais norte-americanas terminou esta segunda-feira, a horas muito adiantadas: já passava da uma da manhã (o dia já estava a nascer em Portugal, que está cinco horas adiantado).
Os locais escolhidos para os comícios finais revelam as preocupações eleitorais de Trump e de Hillary.
O candidato Republicano decidiu fechar a campanha em Grand Rapids, no estado do Michigan, que é composto pelo seu principal eleitorado: homens brancos da classe operária. O estado do Michigan foi um dos que sofreu com mais intensidade a crise financeira que se abateu sobre o país (e o mundo) e que atingiu com particular intensidade sobre a indústria automóvel. As três principais construtoras americanas estão sediadas no Michigan, junto a Detroit.
"Imaginem aquilo que o nosso país poderia conseguir se começássemos a trabalhar juntos como um povo, sob um Deus, saudando a bandeira americana", afirmou no comício de encerramento. "Hoje é o nosso Dia da Independência", declarou o candidato.
Trump começou o último dia de campanha em Sarasota, na Flórida, onde aproveitou para se dirigir a Hillary de forma agressiva. "Ela é tão falsa", começou por dizer. "Estamos fartos de ser liderados por gente estúpida", rematou.
Hillary Clinton fechou a campanha em Raleigh, Carolina do Norte, um estado que é considerado essencial para os Democratas vencerem a eleição. "Os nossos valores fundamentais estão a ser testados nestas eleições, mas a minha fé no nosso futuro nunca foi mais forte", disse Clinton no comício de encerramento em que participou a cantora Lady Gaga.
Antes desse comício, Hillary desfilou com um conjunto de estrelas: além de Barack Obama, a mulher, Michelle Obama, e as filhas, a Democrata contou com os cantores Bon Jovi e Bruce Springsteen.
Hillary já votou e promete fazer "o melhor que puder"
A candidata Democrata, Hillary Clinton, já votou em Chappaqua, no estado de Nova Iorque, onde mora (e onde esteve instalado o servidor privado através do qual a então secretária de Estado enviou milhares de e-mails que a deixaram sob investigação do FBI).
À saída, falou com dezenas de pessoas que estava junto à mesa de voto e falou de forma breve aos jornalistas. "Vou fazer o melhor que puder, se ganhar", declarou. Hillary estava acompanhada do marido, Bill Clinton, que foi presidente dos EUA entre 1993 e 2001.
Companhia aérea da Jordânia deixa um conselho para evitar Trump
A Royal Jordanian Airlines, companhia áerea da Jordânia, deixa um conselho aos jordanos: viajem para os Estados Unidos enquanto é tempo... não vá Donald Trump ganhar e impedir-vos de entrar.
Voto dos hispânicos está a disparar na Florida
O voto antecipado na Flórida atingiu números meteóricos. Cerca de 6,4 milhões de eleitores votaram antes de as urnas abrirem esta manhã. Há 13 milhões de eleitores no "Sunshine State" (O Estado do Sol), o "nickname" da Flórida.
O voto dos eleitores hispânicos está a disparar em vários estados, o que são boas notícias para os Democratas e más para os Republicanos. Na Flórida, segundo números que circulam no Twitter, o número de latinos que já votaram antecipadamente duplicou face a 2012 e aproximou-se de um milhão de pessoas.
Hispanic/Latino early vote in Florida:
— Good Morning America (@GMA) November 8, 2016
2012: 522,000
2016: 980,000#ElectionDay #Election2016 pic.twitter.com/0Lqr85tBbR
Hillary com 71,6% de hipóteses de ganhar
A candidata Democrata é a favorita à vitória. De acordo com a previsão do FiveThirtyEight, Hillary Clinton tem 71,6% de hipóteses de ganhar, enquanto Trump se fica pelos 28,4% de chances.
O Upshot, site dedicado a estatísticas do New York Times, é ainda mais simpático para a campanha Democrata e dá a Hillary 84% das hipóteses de ganhar.
A média das sondagens nacionais também dá favoritismo a Hillary Clinton, que recolhe 46,8% das preferências de voto. Donald Trump recolhe 43,6% da média das sondagens, de acordo com a recolha do RealClearPolitics.
Trump atento à Flórida e à Carolina do Norte
Em declarações à Fox News, o candidato Republicano Donald Trump explicou que está especialmente atento a dois dos estados decisivos. "Está-me a correr muito bem na Carolina do Norte, muito, muito bem na Flórida", assinalou o candidato. Estes são dois estados importantíssimos para apurar o vencedor: os dois juntos valem 44 votos no Colégio Eleitoral. As urnas já estão abertas nesses dois estados.
Trump está confiante. "Está a correr muito bem em Nova Hampshire, o Ohio é incrível, um lugar espectacular. Vamos ganhar no Iowa, tivemos uma experiência muito boa lá. Vamos ganhar o Iowa, Ohio, Nova Hampshire. Ninguém sabe o que vai acontecer no final, mas vamos ganhar muitos estados", antecipa.
De acordo com o The Guardian, Trump também disse que o Michigan e o Wisconsin, ambos compostos por grandes grupos de eleitores brancos da classe operária, podem ser ganhos pelos Republicanos.
Um terço dos eleitores já votou antecipadamente
As eleições são hoje, mas muita gente já votou. Como escreveu no domingo o Nuno Aguiar, 40 milhões de americanos (um número que corresponde a cerca de um terço dos eleitores nas eleições de 2012) já votou de forma antecipada. Os votos só serão contados hoje, ao mesmo tempo que os boletins de quem esperou para votar no dia da eleição.
Estados decisivos também já votam
Os estados decisivos, que os americanos designam de "swing states" por não se saber, à partida, qual o partido que lá vai ganhar, serão determinantes para a vitória de Trump ou Hillary. O Ohio já tinha aberto as urnas às 11:30 de Lisboa (menos cinco horas na Costa Leste americana).
Às 12:00, abriram as urnas noutros 11 estados, incluindo outros três que podem ser importantíssimos para os Democratas ou os Republicanos: a Flórida, Pensilvânia e Georgia. Cada um deles garante um elevado número de membros para o colégio eleitoral americano. Os três juntos valem 65 votos no colégio eleitoral.
Se não sabe como funciona o complicado Colégio Eleitoral americano, leia o guia que o Negócios hoje publica. Uma explicação resumida: os americanos não votam directamente no presidente, mas em membros do Colégio Eleitoral (composto por 538 eleitores, ou delegados). Quem tiver mais votos num determinado estado ganha os membros todos desse estado. O primeiro a chegar aos 270 membros ganha.
Ao meio-dia de Lisboa Também abriram as urnas no Delaware, Massachusetts, Maryland, Michigan, Nova Hampshire, Rhode Island, Carolina do Sul e parte do Tennessee.
John Chambers: “Sou um republicano moderado e pela primeira vez votei nos democratas”
O "chairman" da Cisco, John Chambers, esteve a falar sobre a digitalização dos países no Web Summit. Quando questionado sobre as eleições nos EUA, Chambers respondeu que: "sou um republicano moderado, o que nos Estados Unidos é uma espécie em perigo. Esta é a primeira vez que vou votar nos democratas, já votei".
Como Clinton e Trump podem fazer mexer com os mercados
Bolsas, mercado cambial, mercados emergentes e matérias-primas. O desfecho da eleição presidencial nos EUA poderá ter consequências bem diferentes para esses activos.
Sondagens nos EUA: Hillary quase sempre na frente da corrida
A candidata democrata tem estado na liderança da corrida, mas com muitos altos e baixos. A campanha evoluiu ao ritmo das polémicas, que foram atingindo os dois lados da barricada.
Vários estados já votam para eleger Hillary ou Trump
As eleições começaram oficialmente às 5:00 nos Estados Unidos (hora de Washington), 10:00 em Lisboa. O primeiro estado a abrir as mesas de voto foi o Vermont, de onde é natural Bernie Sanders, que perdeu a batalha pela nomeação democrata para Hillary Clinton.
Às 11:00 as mesas de voto abriram noutros sete estados: Nova Iorque, Connecticut, Maine, Nova Jérsia, parte do Indiana, parte do Kentucky, e Virgínia. Pelas 11:30, foi a vez das urnas da Carolina do Norte, Ohio e Virgínia Ocidental abirem portas.
No Twitter há várias fotos de longas filas à porta das mesas de voto. Uma delas junto ao quarteirão em que Donald Trump vai votar, em Nova Iorque.
Wow 80+ voters lined up early to cast their ballots #ElectionDay #PS59 #Manhattan where @realDonaldTrump will be voting also #NBC4NY pic.twitter.com/K8JUf1kv8h
— Katherine Creag (@katcreag4NY) November 8, 2016
Guia para acompanhar as eleições americanas
A noite de hoje adivinha-se longa, mas pode ser muito longa. Quem ganhar vai precisar de bons resultados nos estados decisivos, mas não só. Saiba o essencial sobre as eleições desta noite e onde pode segui-las.