Notícia
Noite eleitoral: Trump eleito Presidente dos Estados Unidos
Já é oficial que Donald Trump será o próximo presidente dos Estados Unidos. O Negócios acompanhou os principais desenvolvimentos relacionados com as eleições americanas. Hillary Clinton já admitiu a derrota mas só irá reagir depois.
- Clinton lidera primeiras projecções e Trump questiona processo eleitoral
- Veja o essencial do dia das eleições nos EUA, que o Negócios acompanhou ao minuto
- Os Estados decisivos já não são o que eram
- Projecção CNN: Trump vence em Kentucky e em Indiana, Vermont cai para Clinton
- Primeiros números dão vantagem a Trump na Florida
- Conselheiro de Trump admite que será preciso "milagre" para vencer
- Florida oscila entre Trump e Clinton
- "Profecia" de Vigo vai realizar-se?
- À 01:00 em Lisboa serão conhecidas duas projecções
- Carolina do Norte mantém vários locais de voto abertos
- Senador antecipa vitória confortável de Clinton na Florida
- Homens e mulheres votaram de forma muito diferente
- Trump com 24 votos no colégio eleitoral e Clinton com 3
- NBC: South Carolina é ganha por Donald Trump
- Clinton recebe injecção de 65 votos
- Donald Trump ganha mais três estados
- Trump tem uma vantagem de 450 mil votos em todo o país
- Trump com 700 votos de vantagem sobre Clinton na Florida
- Trump garante mais dois Estados e mais 18 votos
- Marco Rubio reeleito para o Senado pela Florida
- Peso mexicano em yô-yô
- Ponto de situação na Florida, a eterna indecisa
- Balanço: 68 votos para Clinton, 66 para Trump
- Trump supera os últimos republicanos na Florida
- Republicanos mantêm controlo na câmara dos Representantes
- Está tudo a olhar para a Florida, mas o que se passa no Ohio?
- Para já, Clinton ainda tem um caminho mais fácil para a Casa Branca
- Clinton vence em Nova Iorque e Trump ganha em mais cinco estados
- Texas e Kansas também caem para o lado de Trump
- Neste momento, a corrida é 50/50
- Bolsas, dólar e peso mexicano caem com avanço de Trump
- Se calhar, Trump tem melhores hipóteses do que uma moeda ao ar...
- Connecticut para Clinton, Louisiana para Trump
- Onde estão os especialistas que diziam que Clinton tinha 99% de probabilidades de vencer?
- Senado dividido a meio e Representantes pendem para os republicanos
- Nate Silver: sem Michigan, a vida de Clinton fica muito difícil
- Fox News dá a Virginia para Clinton
- Fecharam as urnas em mais quatro Estados
- Trump 149 vs. Clinton 122
- NBC diz que Trump ganha Ohio
- Poderá haver uma recontagem obrigatória na Florida?
- Clinton: "Aconteça o que acontecer esta noite, obrigada por tudo"
- Trump ganha força e já conta com 167 votos no colégio eleitoral
- Bloomberg antecipa vitória de Clinton no Colorado
- Nigel Farage: Mexidas nos mercados sugerem que estamos perante novo Brexit
- Bolsas asiáticas no vermelho com liderança de Trump e peso em mínimos de 22 anos
- North Carolina para Trump, diz a Fox
- O modelo do NYT dá 94% de probabilidades a uma vitória de Trump
- Washington Post dá vitória a Trump na Florida
- Último balanço: Trump com 201 votos e Clinton com 190
- Vitória de Trump provoca festejos republicanos
- CNN diz que Oregon vai para Clinton, Nebraska mais vermelho
- Brancos votam de forma esmagadora em Trump
- Website de imigração do Canadá já foi abaixo várias vezes
- Clinton em apuros
- Game Over? Fox News dá Wisconsin para Trump
- Republicanos também deverão manter controlo do Senado
- Fed pode já não subir juros em Dezembro
- Apoiantes de Trump festejam em frente à Fox News
- Peso mexicano em mínimo histórico face ao dólar
- Politico diz que Trump está mais próximo da Casa Branca
- Índice de volatilidade dispara 25%
- S&P 500 afunda 5%
- Ouro, iene e OT a 10 anos em alta com novo "cisne negro"
- Giuliani fala em derrota do "establishment"
- Para já, só a Fox News dá o Wisconsin a Trump
- Houve mais hispânicos a votar em Trump do que em Romney
- Governo e banco central do Japão reúnem-se de emergência
- Onde é que as sondagens erraram mais?
- Uso recreativo de marijuana é vencedor nesta noite eleitoral
- Trump vence a Pennsylvania e praticamente garante a Presidência
- Trump também vence no Alasca
- Le Pen felicita Trump
- Trump a apenas três votos da eleição
- Bolsas europeias vão abrir em forte queda
- Clinton não se dá por vencida e aguarda pela contagem de todos os votos
- CNN diz que Trump também vence no Wisconsin
- Clinton já deu os parabéns a Trump pela vitória
- Trump já conta com 288 votos. Precisava de 270
- Vice de Trump reage a vitória nas eleições
- Trump: Agora é tempo de sarar as feridas da divisão
- Trump: "Serei o Presidente de todos os americanos"
- Krugman teme que Trump possa provocar "recessão global"
- Martin Schulz felicita Trump
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- Mercados no vermelho
- Reacções à vitória de Trump
À meia-noite em Lisboa e numa altura em que as mesas de voto de vários Estados norte-americanos já encerraram, a candidata democrata mantém a liderança na maioria das sondagens. Já Donald Trump garante que foram identificados problemas em algumas máquinas de voto, que Trump
O candidato republicano tentou mesmo anular alguns votos no Nevada, embora a juíza responsável pela apreciação do pedido de Trump tenha recusado dar seguimento à requisição de anulação. Estes acontecimentos reforçam as dúvidas sobre se o polémico multimilionário irá, ou não, aceitar o resultado eleitoral em caso de derrota.
É que no terceiro e último frente-a-frente com Clinton, Donald Trump deixou no ar a possibilidade de não aceitar os resultados para depois, num comício no Ohio, afirmar que "aceitarei totalmente os resultados desta grande e histórica eleição presidencial… Se eu ganhar".
Com 12% dos votos contados na Florida Donald Trump está à frente 50,4%. Clinton segue com 47,1%. A Flórida é um dos "swing states" mais determinantes porque garante 29 votos no colégio eleitoral. Em 2000 foi este Estado a garantir a vitória de George W. Bush sobre Al Gore.
Um conselheiro sénior da candidatura de Donald Trump afirmou, citado pela CNN, que "será preciso um milagre para conseguirmos vencer".
Noutros Estados, a contagem está a ser mais lenta - Florida tem uma elevada percentagem de voto antecipado - mas na Virgina a vantagem também está, para já, do lado republicano: 51,1% vs. 43,8%. Só foram contados 5% dos votos.
Quando a North Carolina e Ohio, dois Estados decisivos, a CNN diz que ainda é demasiado cedo para para fazer projecções.
Por último, a estação televisiva diz que o West Virginia será ganho por Trump. Sem surpresa.
No condado de Vigo, Estado de Indiana, foi Trump quem recolheu as preferências. Diz o The Guardian que quem ganha neste condado tem sido sempre o vencedor das eleições presidenciais desde Eisenhower.
A Slate e a Votecastr vão divulgar duas projecções feitas a partir de modelos computacionais e que têm como base a participação eleitoral e as sondagens conhecidas antes do acto eleitoral.
A divulgação destas projecções será feita numa altura em que já terão encerrado as urnas em Estados representativos de 292 dos 538 votos que integram o colégio eleitoral.
Vários analistas já mostraram apreensão quanto à possibilidade de estas projecções poderem influenciar o sentido de voto nos Estados em que as votações ainda estão abertas.
Já passa das 19h30 na Carolina do Norte (meia-noite e meia, em Lisboa), mas vários locais de voto continuam abertos, devido a atrasos na votação. Oito secções de voto no condado de Durham e um outro no condado de Columbus mantém-se abertos.
O senador democrata eleito pela Florida, Bill Nelson, afirmou esta noite que Hillary Clinton deverá vencer "bastante confortavelmente na Florida". Este senador antecipa que a vitória de Clinton na Florida irá também verificar-se no resto do país.
Bill Nelson confident @HillaryClinton will win Florida "comfortably" https://t.co/CdsldchqCG | AP Photo pic.twitter.com/Y2CXRbihNj
— POLITICO (@politico) 9 de novembro de 2016
Georgia: Clinton tem 54% dos votos das mulheres, Trump tem 57% dos votos dos homens.
North Carolina: Clinton tem 55% das mulheres, Trump ganha com 53% dos homens.
Ohio: 54% das mulheres para Clinton, 54% dos homens para Trump
Virginia: Clinton tem 57% do voto feminino, Trump tem 49% do masculino.
Em alguns casos, Clinton tem vantagens de 19 pontos percentuais face a Trump no voto feminino.
Nesta altura Donald Trump lidera a corrida à Casa Branca com 24 votos garantidos no colégio eleitoral. Por sua vez, Hillary Clinton segue com apenas 3. Para assegurar a eleição são necessários 270 de um total de 538.
No entanto, estes números são ainda mais do que parciais, tendo em conta que não há nenhum Estado com a totalidade dos votos contados e que ainda se vota na generalidade dos Estados. No importante Estado da Florida, por exemplo, a contagem dos votos vai fazendo com que Clinton e Trump alternem na dianteira.
Com os 3 votos do Vermont, a democrata chega a um total de 68. São necessários 270 para garantir a vitória.
Trump conquistou mais três estados: Oklahoma (11), Mississippi (6) e Tennessee (11), elevando para seis o total de Estados. O candidato republicano conta um total de 48 votos no colégio eleitoral. No entanto, vaga de Estados que foi conhecida à 01:00 permitiu a Clinton ultrapassar Trump.
Com 86% dos votos contados na Florida Donald Trump e Hillary Clinton estão separados por apenas 700 votos, mas empatados em percentagem com 48,5% dos votos.
Nas eleições de 2012, Barack Obama suplantou o rival republicano, Mitt Romney, por menos de um ponto percentual. Antecipa-se uma corrida renhida até ao fim para conquistar os 29 votos da Florida no colégio eleitoral. Somadas as votações de democratas e republicanos nas últimas quatro eleições, o Partido Republicano tem uma vantagem de apenas 0,24 pontos percentuais.
A CNN confirmou aquilo que a NBC já tinha adiantado: Donald Trump venceu em South Carolina e no Alabama. Ambos valem 9 votos eleitorais. Isso significa que, nesta altura, Trump tem 66 garantidos, contra os 68 de Clinton.
O Partido Republicano já elegeu o primeiro senador pela Florida. Trata-se do senador Marco Rubio, um dos republicanos que concorreu à nomeação republicana para a corrida à Casa Branca, tendo perdido para Donald Trump. Rubio é assim reeleito senador pela Florida.
O peso mexicano – que caiu quando Trump liderou as intenções de voto, devido às suas ideias anti-imigração – tem estado a oscilar ao sabor dos resultados que vão sendo avançados para o Estado da Florida (um dos Estados decisivos) conforme se avança nas contagens. Sempre que Cltinton passa à liderança, o peso sobe, descendo quando é Trump a tomar a dianteira.
"É fascinante", comenta, a este propósito, Mohamed A. El-Erian, principal conselheiro económico da Allianz e presidente do Conselho de Desenvolvimento Global, sob a tutela de Barack Obama.
Fascinating: Virtually every little change in the #Florida #vote count leads to a change in stock futures and the Mexican peso. #markets #fx
— Mohamed A. El-Erian (@elerianm) 9 de novembro de 2016
Veja em baixo a contagem, retirada do site da CNN:
Hillary Clinton leads Donald Trump 68-66 in the race to 270 electoral votes. Follow results on CNN https://t.co/ZeY2T6qogg pic.twitter.com/Rx7XnMN5ja
— CNN Breaking News (@cnnbrk) 9 de novembro de 2016
Nos últimos 16 anos, nunca um republicano teve tão bom desempenho no Estado da Florida como Donald Trump está a ter, sublinha o The Guardian, citando Steve Schale, que em 2008 foi o chefe de campanha de Obama/Biden na Florida.
Com efeito, em 41 condados daquele Estado, os números de Trump são melhores do que a melhor contagem que qualquer republicano tenha tido desde 2000.
This is pretty remarkable - in 41 counties in Florida, Trump's share is better than the best share that any R has gotten since 2000.
— Steve Schale (@steveschale) 9 de novembro de 2016
A agência Reuters adianta que as projecções apontam para um dado já expectável: o Partido Republicano continuará a deter a maioria na câmara baixa do Congresso norte-americano (dos Representantes).
Desde as "mid-terms" de 2010 (eleições intermédias, isto porque os 435 lugares desta câmara vão a votos de dois em dois anos) que os republicanos têm maioria na câmara dos Representantes, detendo actualmente 247 assentos face aos 188 do Partido Democrático. Mais do que recuperar a maioria nesta câmara, os democratas estabeleceram como objectivo nesta eleição encurtar a diferença para os republicanos.
BREAKING: Republicans retain control of the U.S. House of Representatives - network projections. https://t.co/eeAs5G5ikl
— Reuters Top News (@Reuters) 9 de novembro de 2016
Em cima, a contagem do site da CNN:
Este é o gráfico publicado pelo FiveThirtyEight às 02h (hora portuguesa). Já com os votos garantidos por cada um.
Às 02:00 em Lisboa fecharam as urnas em mais nove Estados. Destes já se pode assumir quem venceu em seis. Hillary Clinton venceu em Nova Iorque (Estado natal dos dois principais candidatos), conquistando os 29 votos deste Estado no colégio eleitoral.
Já Donald Trump conquistou mais cinco estados, Kansas (6), Wyoming (3), North Dakota (3), South Dakota (3) e ainda o Nebraska (Trump já garantiu 3 dos 5 votos que este Estado assegura no colégio eleitoral).
Os Estados do Nebraska e Maine são os únicos em que é adoptado um sistema proporcional, pelo que o candidato que tiver mais votos nos mesmos pode não garantir a totalidade dos votos no colégio eleitoral tal como acontece nos restantes Estados.
Nesta altura Clinton tem agora 97 votos no colégio eleitoral, estando assim atrás de Donald Trump que já soma 128 votos.
Os 38 votos do Texas e os seis do Kansas já estão no "bolso" de Donald Trump, que agora soma um total de 128 votos no colégio eleitoral. Não é nenhuma surpresa até porque se trata se dois bastiões republicanos.
O Partido Democrata não vence no Texas desde 1976 e no Kansas desde 1964. Há quatro anos, Obama não foi além dos 41% no Texas (Mitt Romney teve 57%) e dos 38% no Kansas (Romney teve 60%).
Ou seja, nesta altura, segundo o NYT, estamos a falar de uma moeda ao ar.
Em Wall Street, os principais índices bolsistas estão em terreno negativo na negociação fora de horas, com o avanço de Trump na Florida, que é um dos Estados decisivos para os resultados das eleições presidenciais nos EUA. O S&P 500 perde 3,3%, enquanto no Reino Unido os contratos do FTSE 100 recuam 2,5%.
Já o peso mexicano, que cai sempre que Trump lidera, devido às suas ideias anti-imigração – e que serve de barómetro para a percepção dos investidores sobre a votação nos EUA - segue a afundar 5% fora do horário regular de transacção do mercado cambial. Trata-se da maior queda do peso nos últimos sete anos.
Ainda no mercado de divisas, também o dólar segue a ceder terreno face ao iene, a cair 3% para 102,04.
Nas matérias-primas, destaque para o petróleo, que desvaloriza 3,7% em Nova Iorque. Em contrapartida, o ouro, cujo estatuto de valor-refúgio é reforçado em alturas de incerteza, está a capitalizar todos estes receios, seguindo a escalar mais de 1,5% para 1.300 dólares por onça.
No mercado da dívida, as Obrigações norte-americanas do Tesouro a 10 anos descem 10 pontos base para mínimos de duas semanas.
pollsters pic.twitter.com/7LGWZomRwr
— Justice Don Willett (@JusticeWillett) November 9, 2016
Para já o cenário nas duas câmaras do Congresso norte-americano é favorável ao Partido Republicano, que à partida para estas eleições detinha o controlo tanto da câmara dos Representantes como do Senado.
Para já, os republicanos já asseguraram 117 dos 435 lugares em disputa na câmara baixa (Representantes) do Congresso. Entretanto uma projecção da CNN afiança que o Partido Republicano manterá o controlo desta câmara. A maioria na câmara dos Representantes é alcançada com 218 assentos.
Neste momento, os democratas garantiram apenas 96 lugares nesta câmara. Antes desta eleição, republicanos tinham 247 assentos e democratas 188.
Por outro lado, está também em disputa um terço (34) dos 100 lugares do Senado. Tendo em conta os votos já contabilizados cada partido passaria a contar com 42 senadores (cada Estado elege dois senadores). À partida para as eleições desta terça-feira, o Partido Republicano contava com 54 senadores. Em caso de empate numa votação levada a cabo no Senado, o desempate é feito pelo vice-presidente dos Estados Unidos.
BREAKING: Republicans will retain control of the US House, CNN projects https://t.co/zwwtDtlYFz #CNNElection pic.twitter.com/cfAdeZFCUs
— CNN (@CNN) 9 de novembro de 2016
Fox News projects @HillaryClinton wins Virginia. #ElectionNight #FoxNews2016 pic.twitter.com/UNdTUkSVO7
— Fox News (@FoxNews) November 9, 2016
Às 03:00 em Lisboa encerraram os votos em quatro Estados: Nevada, Montana, Utah e Iowa (neste fecharam a maior parte das assembleias de voto).
Destes apenas Montana já tem um vencedor claro. Donald Trump conseguiu os 3 votos no colégio eleitoral atribuídos por Montana. Nos restantes (cada um representa seis votos) a corrida entre Trump e Clinton está bastante renhida, sendo necessário aguardar pela contabilização dos votos.
BREAKING: Donald Trump wins the key battleground state of Ohio, @NBCNews projects https://t.co/F2MLlKpC7Y #Decision2016 pic.twitter.com/LpkEgJuIdC
— NBC News (@NBCNews) November 9, 2016
As regras eleitorais do Estado da Florida dizem que tem de haver uma recontagem dos votos quando a liderança é de 0,25% ou menos, recorda o The Telegraph. A ABC diz que é possível que isso venha a acontecer, isto quando faltam contar apenas 281.000 votos.
Está a ser extremamente renhida a votação na Florida. Trump e Clinton têm alternado na liderança. Neste momento, com 95% dos votos contabilizados, Donald Trump segue à frente com 49,2% e Hillary segue em segundo com 47,7%. São pouco mais de 100 mil os votos que separam os dois rivais.
Tal como esperado, as zonas rurais foram conquistadas por Donald Trump e as áreas urbanas foram dominadas por Hillary Clinton, em especial Miami. A Florida é tradicionalmente um Estado importante, sendo um dos "swing states" mais relevantes na medida em que garante 29 votos no colégio eleitoral.
Apesar de esta mensagem não significar nada em concreto no que concerne ao resultado final destas eleições, a altura em que a mesma foi publicada coincidiu com uma viragem favorável aDonaldTrump na contagem dos votos.
This team has so much to be proud of. Whatever happens tonight, thank you for everything. pic.twitter.com/x13iWOzILL
— Hillary Clinton (@HillaryClinton) 9 de novembro de 2016
Na última hora a possibilidade de vitória de Donald Trump reforçou-se, em concreto depois da projectada vitória no Ohio. Trump já conta com 167 votos no colégio eleitoral. Hillary Clinton tem apenas 122. A eleição é alcançada com 270 votos.
O candidato republicano também lidera em percentagem total de votos, recolhendo para já 49,1% face aos 46,7% obtidos por Clinton. No medidor de probabilidades do New York Times, Donald Trump surge agora destacado com 88% de possibilidades de vitória.
BREAKING: Hillary Clinton projected to win Colorado https://t.co/aAPCN06wrr #ElectionNight pic.twitter.com/Abtfdd9wmH
— Bloomberg (@business) November 9, 2016
O líder do Partido da Independência (UKIP) britânico, Nigel Farage (na foto), já comentou o facto de os mercados estarem a afundar perante a perspectiva mais sólida de Donald Trump vencer as presidenciais.
"Os movimentos nos mercados sugerem que o Brexit poderá estar a acontecer de novo", escreveu Farage, numa alusão à queda generalizada dos mercados a 24 de Junho, em reacção ao resultado do referendo da véspera, no Reino Unido, que ditou a saída do país da União Europeia.
Farage – que considera que Trump seria um aliado-chave do Reino Unido após o Brexit – está "encantado" com os crescentes resultados positivos do candidato republicano, sublinha o The Telegraph.
Os operadores estão a reagir, nas bolsas, mercados cambiais e obrigacionistas, com bastante pessimismo à evolução da contagem dos votos nas presidenciais norte-americanas. Nos EUA, os índices de Wall Street seguem a perder terreno na negociação fora de horas, e na Ásia as bolsas seguem pelo mesmo caminho – com o índice nipónico Nikkei a cair 2,5%.
Também o peso mexicano, que funciona como barómetro para os investidores quanto ao rumo dos resultados, segue a afundar – já que o candidato republicano, que neste momento lidera, defende medidas anti-imigração. A divisa cai para 20,2967 face ao dólar, fixando-se assim em mínimos de 22 anos, segundo o Financial Times.
Em contraciclo está um valor-refúgio por excelência, o ouro, que segue a disparar 2,5% para 1.316,60 dólares por onça. Entre outros activos que são procurados nestas alturas estão também o iene, que segue a escalar 3% face à nota verde, bem como as obrigações norte-americanas do Tesouro a 10 anos – cujas yields (que negoceiam na direcção oposta ao preço dos títulos da dívida) caem 11,2 pontos base para 1,745%.
Election latest: Investors are starting to contemplate a Donald Trump victory over Hillary Clinton https://t.co/vZlyMSnJIt pic.twitter.com/TGgm2l81PJ
— Financial Times (@FT) 9 de novembro de 2016
Fox News projects @realDonaldTrump wins North Carolina. #ElectionNight #FoxNews2016 pic.twitter.com/GW4SgvwVMW
— Fox News (@FoxNews) November 9, 2016
De acordo com o Washington Post Donald Trump vai vencer no Estado da Florida, conquistando os 29 votos no colégio eleitoral.
A Florida é um Estado determinante, que já serviu inclusivamente para decidir para que lado cai a vitória em eleições presidenciais, como aconteceu em 2000. Com 99,3% dos votos contados Trump lidera com 49,2% e Clinton segue atrás com 47,7%.
Breaking: Donald Trump wins battleground state of Florida.
— Washington Post (@washingtonpost) 9 de novembro de 2016
Live results: https://t.co/dXVW5YjQlm pic.twitter.com/DWw0qhhGLW
Donald Trump conta com 201 votos e 49,1% de votos populares, enquanto Hillary Clinton soma 197 votos e 46,6% votos populares.
Reaction at Trump party as Florida is called pic.twitter.com/vh7oR6GRDw
— Ben Jacobs (@Bencjacobs) 9 de novembro de 2016
A CNN projecta que Clinton conquiste o Estado de Oregon (7 votos para o colégio eleitoral) e dá mais um voto a Trump no Nebraska (de um total de 5 oferecidos pelo Estado).
A democrata tem agora 197 votos, enquanto o republicano tem 232, se aos já anunciados pela CNN juntarmos o Utah e a Florida, já anunciados por outros media. São necessários 270 para vencer as eleições.
Whitest U.S. counties are voting for Trump by an astonishing and unprecedented margin. pic.twitter.com/0PTbi7DMFt
— Brad Heath (@bradheath) November 9, 2016
O The Guardian refere que o website canadiano como informações sobre imigração e cidadania já foi abaixo múltiplas vezes.
Os responsáveis canadianos não avançaram ainda razões para o sucedido – não há actualizações sobre este assunto nas redes sociais oficiais dos departamentos competentes – mas muitas pessoas que estão a acompanhar as eleições presidenciais nos EUA colocam a hipótese de isto poder ter a ver com a liderança de Donald Trump na contagem dos votos.
As vitórias de Donald Trump na Florida, Ohio e Carolina do Norte deixaram a candidata democrata em maus lençóis. Hillary Clinton depende agora dos resultados finais na Pennsylvania, no Wisconsin e no Michigan.
Para manter aspirações de vitória nesta noite eleitoral Clinton precisa garantir pelo menos os 20 votos da Pennsylvania e os 16 do Michigan.
Como refere o The Guardian, Clinton pode perder os 10 votos do Wisconsin se vencer os 4 atribuídos por New Hamphire, Estado em que Trump segue na frente com 64% dos votos contabilizados. Neste cenário Hillary Clinton e Donald Trump ficariam empatados com 269 votos no colégio eleitoral. Em caso de empate no Colégio Eleitoral, ou se nenhum candidato assegurar os 270 votos, cabe à câmara dos Representantes escolher o presidente e ao Senado escolher o vice-presidente.
Fox News projects @realDonaldTrump wins Wisconsin. #ElectionNight #FoxNews2016 pic.twitter.com/aRTeMIk63G
— Fox News (@FoxNews) November 9, 2016
O Financial Times nota que tendo em conta as actuais projecções, os republicanos elegeriam 24 dos 34 lugares no Senado em disputa. Já os democratas elegeriam 10 senadores, deixando o Congresso dividido entre: 54 senadores republicanos e 46 democratas. Na eleição desta terça-feira está em jogo um terço (34) dos 100 assentos no Senado.
Republicans likely to defy predictions and retain Senate control https://t.co/eHPU96fYnN
— Financial Times (@FinancialTimes) 9 de novembro de 2016
Antes de começar a contagem dos votos das presidenciais norte-americanas, a expectativa de que a Reserva Federal, liderada por Janet Yellen (na foto), subisse a taxa de juro directora na reunião do próximo mês – depois de ter iniciado o rumo de aumento dos juros em Dezembro de 2015 – era de 84%. Agora, conforme a contagem avança e Donald Trump está na liderança, essa possibilidade caiu para menos de 50%, refere o Financial Times.
Crowd watching results come in cheers outside Fox News HQ on #ElectionNight. #FoxNews2016 pic.twitter.com/cktbWR00WI
— Fox News (@FoxNews) November 9, 2016
O peso mexicano, que funciona como barómetro para os investidores quanto ao rumo dos resultados das presidenciais nos EUA, segue a afundar face ao dólar – já que o candidato republicano, que neste momento lidera, defende medidas anti-imigração. A moeda está neste momento a cair 12% contra a nota verde, a maior descida dos últimos 22 anos, tendo atingido um mínimo de sempre.
.@realDonaldTrump moves closer to White House https://t.co/Vn7UNdhrCe pic.twitter.com/MpK1hZwdev
— POLITICO (@politico) 9 de novembro de 2016
O VIX – índice de volatilidade, também conhecido como índice do medo – que é um bom barómetro das expectativas de evolução das bolsas norte-americanas, segue a disparar 25%.
Dizem as regras que quando os contratos quebram 5% face a um patamar de referência (que é calculado nos últimos 30 segundos de negociação da sessão anterior), a negociação é suspensa, pelo que se na abertura regular da bolsa esta tendência se mantiver, terá de ser accionada essa suspensão.
No Japão, o índice Topix alargou as descidas para 5% e o Nikkei 225 perde 5,5%.
O ouro, o iene e as Obrigações norte-americanas do Tesouro na maturidade a 10 anos, que são a referência, estão a ganhar terreno e a reforçar os seus estatutos de valor-refúgio, com muitos investidores a procurarem segurança nestes activos perante a possibilidade crescente de Trump vencer as eleições presidenciais nos EUA – o que, a acontecer, poderá ser tido como um segundo "cisne negro", depois da grande supresa do Brexit quando tudo apontava para que o Reino Unido se mantivesse na União Europeia.
O termo "cisne negro" é usado quando se concretiza algo altamente improvável, que traz por isso um impacto desmesurado. O americano-libanês Nassim Nicholas Taleb cunhou o termo, com o livro "O cisne negro" ("The Black Swan", no original), que usou para expressar um fenómeno que raramente acontece - já que é raro encontrar um cisne desta cor -, sendo por isso difícil de prever. É totalmente inesperado, pelo que altera tudo o que é previsível quando de facto acontece.
Como Donald Trump, também Jackson prosseguiu então uma campanha muito centralizada na sua própria pessoa, enfrentando a oposição política dos partidos e dos próprios media.
Giulani, um dos principais apoiantes de Trump, dá a vitória do candidato republicano como um dado garantido e assume que o resultado desta eleição mostra que "as pessoas se estão a erguer contra um Governo que consideram disfuncional", o que leva Giuliani a admitir que se trata de uma "derrota para os democratas e também para alguns republicanos".
Giuliani says 2016 vote has echoes of Andrew Jackson https://t.co/3jslH29mR9 pic.twitter.com/ZEVR5k7fXU
— POLITICO (@politico) 9 de novembro de 2016
Veja em cima a diferença entre a percentagem de votos por grupo racial. À esquerda 2012, à direita 2016.
Por outro lado, um artigo do New York Times de Junho deste ano explicava que o número de brancos que foram votar há quatro anos pode estar subestimado nas sondagens à boca das urnas. Poderá haver mais do que se pensava.
O governo do Japão e o seu banco central (BoJ) vão reunir-se num gabinete de crise esta quarta-feira, devido às convulsões nos mercados decorrentes da provável vitória de Trump.
Os únicos Estados onde Hillary Clinton ganhou face às sondagens são aqueles que têm maior peso da comunidade latina, como New Mexico, Colorado e Nevada.
Califórnia, Nevada e Massachusetts aprovaram nesta noite eleitoral o uso recreativo da marijuana. Estas votações aconteceram em paralelo à eleição presidencial em cinco Estados norte-americanos (os três já referidos e também em Maine e no Arizona).
Também em Maine o "sim" ao uso recreativo da marijuana segue na frente enquanto no Arizona com 68% dos votos contados o "não" lidera. Neste cinco Estados os eleitores pronunciaram-se sobre iniciativas relacionadas com a utilização recreativa da planta também designada de cannabis. Em 2012 o Colorado e Washington já haviam aprovado iniciativas similares.
Um conjunto de outros Estados aprovou ainda o recurso à marijuana por razões médicas. Foi o caso da Florida, Arkansas e North Dakota.
BREAKING: Trump wins Pennsylvania. @AP race call at 1:36 a.m. EST. #Election2016 #APracecall pic.twitter.com/QkIQdGS24O
— The Associated Press (@AP) November 9, 2016
BREAKING: Donald Trump will win Alaska’s 3 electoral votes, CNN projects https://t.co/tlDCvOP2TE #ElectionNight pic.twitter.com/NB8VTtQJd1
— CNN Breaking News (@cnnbrk) 9 de novembro de 2016
A líder da Frente Nacional francesa, Marine Le Pen, já felicitou Donald Trump. Numa mensagem colocada no Twitter, a líder do partido de extrema-direita estende os parabéns ao povo americano, "livre".
"Felicitações ao novo presidente dos Estados Unidos Donald Trump e ao povo americano, livre! MLP", lê-se na mensagem.
Félicitations au nouveau président des Etats-Unis Donald Trump et au peuple américain, libre ! MLP
— Marine Le Pen (@MLP_officiel) 9 de novembro de 2016
Com sete Estados ainda por apurar a vitória de Donald Trump é um dado quase adquirido. O candidato republicano soma 267 votos no colégio eleitoral (contando já com as projectadas vitórias na Pensilvânia e no Alasca), estando a apenas três dos 270 que garantem eleição. Hillary Clinton garantiu apenas 217 votos. Sendo que estas contas incluem alguns Estados em que ainda não há resultados finais, só projecções.
Trata-se de uma vitória retumbante do Partido Republicano, que não só está perto de assegurar a eleição de Trump como manteve as maiorias em ambas as câmaras do Congresso norte-americano (câmara dos Representantes e Senado).
A cada vez mais provável vitória de Trump continua a penalizar os mercados. Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 abriram a cair 4%, apontando para uma forte queda na abertura das bolsas europeias. Em Tóquio o Nikkei afunda mais de 5%. No mercado de dívida os sinais também se fazem sentir, com os credit default swaps (CDS) das obrigações empresariais a registarem a maior subida desde Dezembro, de acordo com a Bloomberg.
John Podesta, director de campanha de Hillary Clinton, fez a primeira declaração oficial desta madrugada para dizer que a candidata democrata vai esperar até ao momento em que todos os votos estejam contabilizados. Assim Hilary não discursará esta madrugada.
"Todos os votos contam", atirou Podesta num momento em que os resultados já apurados colocam Donald Trump muito perto da eleição como presidente dos Estados Unidos.
O assessor de Clinton disse que agora "devemos dormir" e "teremos mais a dizer amanhã" para depois agradecer todo o "apoio" e "entusiasmo" transmitido pelos apoiantes da candidata democrata durante todos estes meses de campanha eleitoral.
"Ela ainda não está derrotada", rematou Podesta antes de finalizar dizendo que "vamos contar esses votos" que faltam e "voltaremos quando tivermos mais a dizer".
Apesar de na costa este dos Estados Unidos ser já quarta-feira, no Alasca e na região oeste é ainda terça-feira. Como tal, a candidatura de Clinton quer esperar mais algumas horas até tomar uma posição definitiva.
Hillary Clinton campaign chair John Podesta: "We can wait a little longer, can't we?" https://t.co/3CRNkTkjWh https://t.co/nXroZTFeEN
— CNN (@CNN) 9 de novembro de 2016
Uma vitória de trump no Wisconsin será verdadeiramente surpreendente, isto porque além de se tratar de um Estado maioritariamente democrático todas as sondagens davam uma importante vantagem a Clinton neste Estado.
As probabilidades de vitória democrata eram tão significativas que desde a convenção do Partido Democrata realizada no Verão passado não mais Clinton viajou até ao Wisconsin durante a campanha eleitoral.
Hillary Clinton está bastante distante dessa marca, tendo apenas 215 votos.
A imprensa internacional dá também como certa a eleição de Trump. O título de abertura do Washington Post é elucidativo: "Trump triunfa".
Mike Pence, que será vice-presidente de Trump, assumiu a vitória no quartel-geral dos Republicanos. Chamou ao palco "o presidente eleito dos Estados Unidos da América, Donald Trump", agradecendeo à América por "confiar nesta equipa e dar-lhe oportunidade de o servir". Diz que Trump, a sua liderança e visão, "fará da América outra vez grande".
Abriu o palco a Trump com um: "Deixem-me dizer-vos que é uma grande honra e privilégio apresentar o presidente eleito dos EUA Donald Trump".
Sob gritos de USA, Trump é recebido na sede de campanha.
Donald Trump começou no discurso da vitória por informar que já tinha recebido um telefone de Hillary Clinton . Deu-lhe os parabéns pela vitória. "Congratulou-nos, sim a nós, porque isto é sobre nós". Admitiu que a campanha tinha sido muito muito dura e que Clinton "lutou muito", acabando por dizer que o país tem uma dívida de gratidão pelo serviço ao país. "Agora é tempo de sarar as feridas da divisão. É tempo para nos juntarmos como um povo unido. É tempo".
"Serei o Presidente de todos os americanos. E isso é tão importante para mim", declarou Trump no discurso de vitória, no qual falou de pôr fim a divisões. E deixou uma mensagem ao exterior, dizendo esperar "grandes relações com outros países que queiram trabalhar com os Estados Unidos". Liderará em parceria e não em conflito, disse.
Donald Trump: "I can only say that while the campaign is over, our work on this movement is really only just beginning." pic.twitter.com/CSEH2QAguQ
— POLITICO (@politico) 9 de novembro de 2016
A União Europeia e os Estados Unidos vão continuar a trabalhar em conjunto, após a eleição de Donald Trump como Presidente norte-americano, afirmou esta manhã a chefe de diplomacia europeia, Federica Mogherini, citada pela agência Lusa.
"Os laços entre UE e EUA são mais fortes que qualquer mudança política. Vamos continuar a trabalhar em conjunto, redescobrindo a força da Europa", escreveu a Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança na sua conta na rede social Twitter.
EU - #US ties are deeper than any change in politics. We'll continue to work together, rediscovering the strength of Europe
— Federica Mogherini (@FedericaMog) 9 de novembro de 2016
O Negócios antecipa aqui os principais desafios do futuro presidente.
As bolsas mundiais estão a reagir em forte baixa à vitória do republicano Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas. O dólar e o petróleo também afundam, ao mesmo tempo que o ouro reforça o estatuto de valor-refúgio. Veja aqui o resumo do dia nos mercados.
Segundo a agência russa RIA Novosti, Putin enviou um telegrama a Trump em que diz esperar que o diálogo entre Moscovo e Washington sirva os interesses de ambos os países.
"Esperamos que o novo Governo dos EUA possa trabalhar com a China", de forma a "beneficiar os povos" de ambos os países, afirmou o porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros Lu Kang, em declarações reproduzidas pela Lusa.
Questionado sobre as ameaças de Trump de iniciar uma guerra comercial com a China, Lu mostrou-se confiante de que ambos os países podem gerir "de forma responsável" possíveis disputas e assegurou que a relação comercial bilateral "beneficiou a população norte-americana".
Pequim é o principal parceiro comercial de Washington, com as trocas comerciais a atingir os 560.000 milhões de dólares (quase 500.000 milhões de euros), em 2015.
Na televisão estatal CCTV, a cobertura do resultado das eleições norte-americanos foi, porém, secundarizada, com o canal chinês a transmitir um programa dedicado à chamada em direto do Presidente Xi Jinping aos astronautas do laboratório espacial TianGong-2.
Die Welt wird nicht untergehen, sie wird nur noch verrückter. (hm)
— Heiko Maas (@HeikoMaas) November 9, 2016
O ministro da Justiça da Alemanha, Heiko Maas, não acredita que o mundo vai acabar por causa da vitória de Donald Trump. Mas também não vai ficar na mesma. "O mundo não vai acabar, mas vai ficar mais maluco", declarou o membro dos social-democratas da SPD, que governam em coligação com a CDU de Merkel.
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, já deu os parabéns a Donald Trump no Twitter, e não esqueceu a "simpatia" que o presidente eleito demonstrou para com a Índia durante a campanha. "Esperamos trabalhar consigo de forma próxima para elevar as relações bilaterais Índia-EUA para um novo patamar", declarou Modi, que lidera um dos países mais populosos do mundo.We look forward to working with you closely to take India-US bilateral ties to a new height. @realDonaldTrump
— Narendra Modi (@narendramodi) November 9, 2016
Numa declaração divulgada em Bruxelas, sede do quartel-general da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg sublinha que no "novo ambiente de segurança, que inclui guerra híbrida, ciberataques e a ameaça do terrorismo", a liderança dos Estados Unidos "é mais importante que nunca", mas sustenta também que "uma NATO forte é boa para os Estados Unidos".
"A NATO respondeu com determinação à nova situação de segurança. Mas temos mais trabalho pela frente. Espero encontrar o sr.Trump em breve e dar-lhe as boas-vindas a Bruxelas para a cimeira da NATO no próximo ano, para discutir o caminho a seguir", acrescenta o secretário-geral da Aliança Atlântica.
Os presidentes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu, Jean-Claude Juncker e Donald Tusk, convidaram Donald Trump para uma cimeira entre a União Europeia e os Estados Unidos da América "tão cedo quanto possível", escreve a Reuters.Congratulations @realDonaldTrump. Only by cooperating closely can EU&US continue to make a difference in dealing w/ unprecedented challenges pic.twitter.com/6ic39caqiB
— Jean-Claude Juncker (@JunckerEU) November 9, 2016
Numa carta conjunta em que dão os parabéns a Trump pela vitória nas eleições americanas, Juncker e Tusk pedem a Trump para visitar a Europa para "planear o caminho para as nossas relações nos próximos quatro anos".
Letter to congratulate @realDonaldTrump & an invite to Europe for early summit to chart EU-US relations next 4 years https://t.co/1iRxFBTyNJ pic.twitter.com/t6LA1214eX
— Donald Tusk (@eucopresident) November 9, 2016
Marcelo "fez ainda uma referência aos laços de amizade que unem Portugal e os EUA e à significativa comunidade de portugueses e lusodescendentes residentes nos Estados Unidos da América".
Os Socialistas e Democratas, a família política europeia a que pertence o PS, não estão satisfeitos com a eleição de Donald Trump, e dizem que só a Europa pode travá-lo. "É um dia triste para o mundo. Trump é a expressão de um vírus a espalhar-se pelos EUA e pela Europa. A União Europeia deve ser o anticorpo deste vírus".It's a sad day for the world. Trump is the expression of a virus spreading across the US & Europe. EU should be the anti-body to this virus
— S&D Group (@TheProgressives) November 9, 2016
O líder dos Socialistas e Democratas, Gianni Pitella, defende que a Europa deve "reformar-se" e "abandonar a política de pequenos passos". "O populismo é derrotado dando respostas concretas às necessidados dos cidadãos".L'UE deve riformarsi e abbandonare la politica dei piccoli passi: il populismo si sconfigge dando risposte concrete ai bisogni dei cittadini
— Gianni Pittella (@giannipittella) November 9, 2016
O acordo assinado entre os Estados Unidos e o Irão permitiu o levantamento de várias sanções ao país. Em troca, o Irão disponibiliza-se para monitorizações regulares do seu programa nuclear.
Numa entrevista ao jornal Funke Mediengruppe, Gabriel diz que "o nosso país e a Europa devem mudar se queremos travar o movimento autoritário internacional". A vitória de Trump nos EUA é, assim, um aviso para a Europa e para a Alemanha, resume a Reuters.
"Desejo-lhe felicidades. A amizade italo-americana é sólida", declarou Renzi esta manhã, no início de um discurso em Roma.
Renzi foi criticado pela oposição italiana por apoiar Hillary, que argumentava que esse apoio tinha enfraquecido a posição internacional de Itália, escreve a Reuters.
"O Reino unido e os Estados Unidos têm uma relação longa e especial baseada nos valores da liberdade, democracia e iniciativa. Somos, e vamos continuar a ser, parceiros fortes e próximos no comércio, segurança e defesa", assegurou May, citada pela BBC.
May espera que o trabalho com Trump se alicerce "nestes laços" para "garantir a segurança e a prosperidade das nossas nações nos próximos anos".
Renovado no cargo há poucos dias, o primeiro-ministro espanhol já deu os parabéns ao anunciado novo Chefe de Estado norte-americano. Para Mariano Rajoy, os EUA são um "parceiro indispensável" com quem Espanha quer continuar a trabalhar para reforçar as relações entre os dois países.
"Os meus parabéns a Donald Trump pela sua vitória. Continuaremos a trabalhar para reforçar a relação que nos une aos Estados Unidos, parceiro indispensável. MR "
Mi enhorabuena a Donald Trump por su victoria. Seguiremos trabajando para reforzar la relación que nos une a EEUU, socio indispensable. MR
— Mariano Rajoy Brey (@marianorajoy) 9 de novembro de 2016
O president turco, Tayyip Erdogan, espera que a eleição de Donald Trump possa representar um passo positivo para o Médio Oriente e para os direitos básicos e liberdades no mundo.
Também o primeiro-ministro Binali Yildirim congratulou Trump pela sua vitória, esperando que esta seja uma oportunidade para aprofundar as relações bilaterais, sobretudo no combate ao terrorismo e na questão dos refugiados.
O partido grego de extrema-direita Aurora Dourada considera a eleição de Donald Trump como uma vitória contra a "imigração ilegal" a favor de nações etnicamente "limpas".
"Esta foi uma vitória das forças que se opõem à globalização, que lutam contra a imigração ilegal e são a favor de estados etnicamente limpos e de uma economia nacional auto-suficiente", considerou o terceiro maior partido grego.
A Aurora Dourada lembrou que está a arrancar uma "mudança global" que se estenderá também à Europa, onde se destaca os partidos nacionalistas da Áustria, França e Grécia.
O presidente egípcio Abedel Fattah al-Sisi foi o primeiro a congratular, através de chamada telefónica, o novo presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump. O reforço das relações diplomáticas entre os dois países foi uma das vontades demonstradas.
A eleição de Donald Trump como presidente já era antecipada nso Estados Unidos há pelo menos 16 anos. Neste episódio dos Simpsons, o personagem Bart Simpson consegue ver como é que vai ser o futuro, e descobre que acaba gordo e a consumir cerveja Duff. A irmã, Lisa Simpson, torna-se a "primeira presidente heterossexual" dos EUA.
Aos 2:20 do vídeo acima, Lisa conversa com a sua equipa, da qual faz parte o amigo de infância Milhouse van Houten, na sala oval da Casa Branca, e diz que a sua administração herdou uma situação de impasse orçamental do... presidente Trump. "Quão má é a situação?", pergunta Lisa. Milhouse, na qualidade de secretário do Tesouro, explica de forma simples: "Estamos falidos".
Em declarações citadas pela Reuters, o responsável pelas relações exteriores da maior economia europeia disse que é necessário aceitar os resultados eleitorais desta terça-feira mas reconheceu ter estado "alarmado" pela forma como a campanha eleitoral decorreu.
Agora, embora reconheça que não sabe como o futuro Presidente governará, diz que a primeira tarefa de Trump será lidar com as profundas divisões na sociedade norte-americana e que será um desafio corresponder às expectativas criadas.
"Nada será simples", mas a relação transatlântica é muito importante, afirmou.
A vitória de Donald Trump está gerar protestos em vários pontos do país. Um dos principais focos de contestação é em frente à Casa Branca, em Washington. Mais de mil pessoas juntaram-se às primeiras horas desta quarta-feira, ainda o resultado eleitoral não estava bem definido. Mostram-se contra a posição de Trump sobre a imigração.
"Fuck Donald Trump" overpowers pro-Trump shouts at White House protest pic.twitter.com/Dk7pX66tcu
— Thomas G Phippen (@ThomasPhippen) November 9, 2016
RT @timkmak: A man stands with an upside down American flag in front of the White House in silent protest pic.twitter.com/Vwhbq286cf
— Wanheda Stormborn (@HarloHaven) November 9, 2016
O ministério de Augusto Santos Silva recorda que "Portugal e os Estados Unidos estão unidos por uma longa relação histórica, por muitos interesses comuns e pela presença de uma importante comunidade portuguesa e luso-descendente residente naquele país".
"A cooperação entre as duas nações é vasta e diversificada, abrangendo áreas como a defesa e segurança, o comércio e investimento, a ciência e a tecnologia".
O Governo português diz confiar "que as prioridades da política externa da nova Administração" de Trump "se situem no grande quadro de valores que tem norteado a acção dos Estados Unidos no mundo, no compromisso com o sistema multilateral das Nações Unidos, com a Aliança Atlântica e com o desenvolvimento das relações com a União Europeia".
"Portugal cooperará lealmente com os Estados Unidos, quer no âmbito bilateral quer no âmbito multilateral, respeitando o direito internacional e os valores democráticos e reforçando os laços que tão profundamente ligam os dois países".
As eleições para o novo presidente americano dominaram as publicações na rede social Twitter. No mundo são estes os destaques: #ElectionNight, #America, #trumpwins, #Elections2016 e #DonaldTrump.
Em Portugal, o novo presidente dos Estados Unidos da América é o assunto em destaque. O #Trump tem mais de 15 milhões de referências no Twitter pelos utilizadores nacionais.
Nicola Sturgeon, primeira-ministra da Escócia, deu os parabéns a Donald Trump pela vitória nas eleições americanas. "Este não é o resultado que eu esperava", mas é o "veredicto" do povo americano e "devemos respeitá-lo", lê-se numa nota publicada na página do governo.
A primeira-ministra diz que a Escócia valoriza a relação que tem com os Estados Unidos e os americanos. "Os laços que unem a Escócia e os EUA - familiares, culturais e empresariais - são profundos e antigos e vão durar para sempre".
Nicola Sturgeon afirma, depois, que esta vitória está a preocupar o mundo. "É normal em qualquer eleição que os perdedores fiquem desapontados, mas hoje, muita gente na América e no mundo vai sentir verdadeira preocupação", descreveu. Cabe a Trump, "através de gestos mas também palavras", mostrar aos que se sentiram "marginalizados" pela sua campanha que ele será "o presidente de todos numa América moderna e multicultural".
Sturgeon agradeceu ainda a Hillary Clinton.
"Temos de estar à altura do desafio de uma Europa que deve ser capaz de defender melhor os seus cidadãos e os seus interesses", afirmou, em declarações à televisão France 2 citadas pela Reuters. "A Europa não pode hesitar depois do Brexit nem depois da eleição de Donald Trump. Com todas as questões que estão a ser levantadas, a Europa deve unir-se mais, ser mais activa e ir mais para a ofensiva, mesmo que seja só para se proteger", assinalou Ayrault.
Na mesma entrevista, o ministro admitiu que a personalidade de Trump "levanta questões". "Faz-nos pensar, levanta questões. Provocou reacções, certamente".
Ayrault também espera várias explicações de Trump. "O que é que vai acontecer ao acordo de Paris sobre as alterações climáticas? E ao acordo nuclear do Irão? São questões essenciais que já estamos a colocar a nós próprios", declarou.
O governante também espera clarificar a posição de Trump sobre a guerra na Síria e o combate ao Estado Islâmico.
Ayrault admite que Trump não cumpra algumas das promessas que fez, mas realça que há muita preocupação no México e na China. Por isso, França e a Europa devem assumir o seu papel para "assegurar" que tudo corre bem.
O director de campanha de Donald Trump, Kellyanne Conway, garantiu que o Presidente Barack Obama já tefonou a Trump a falicitá-lo pela vitória. Segundo declarou Cnway à CNN, os dois tiveram "uma grande conversa" e deverão encontrar-se em breve em Washington.
A Casa Branca ainda não fez qualquer comentário público. Mas já tinha declarado que Obama iria ter na agenda desta semana uma hora para se encontrar com o candidato que fosse eleito.