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Grécia: Grupo de Bruxelas retoma encontros presenciais até sábado

A necessidade de resolver o impasse nas negociações entre Atenas e os credores levou o Grupo de Bruxelas a retomar, já esta quarta-feira, as negociações presenciais para tentar acelerar o ritmo das conversações numa altura em que a Grécia está a ficar sem liquidez.

20 de Maio de 2015 às 15:47
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O Grupo de Bruxelas, que reúne as instituições antes denominadas de troika e os responsáveis gregos, retoma hoje e até sábado as negociações presenciais em Bruxelas sobre as reformas a adoptar por Atenas.

 

Fontes comunitárias, citadas pela EFE, disseram que os peritos da Comissão Europeia, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Central Europeu (BCE), assim como os representantes do Governo grego, voltam a encontrar-se a partir de hoje.

 

Desde finais da semana passada que não havia trabalhos presenciais deste grupo que tenta chegar a entendimento sobre as medidas que o Governo helénico deve executar em troca de ajuda financeira.

 

Fonte oficial da Comissão Europeia afirmou que têm havido "progressos" nas negociações, mas "a um ritmo mais lento" do que as instituições gostariam.

 

Desde Fevereiro que o Governo liderado por Alexis Tsipras negoceia com a Comissão Europeia, FMI e BCE reformas a executar no país para fechar a última avaliação do programa de resgate e, assim, serem libertados, pelo menos, parte da última parcela do actual programa de resgate, de 7,2 mil milhões de euros.

 

A chegada de dinheiro a Atenas assume-se como cada vez mais fundamental face à escassez dos cofres públicos, como assumiu o ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis. "A liquidez é um assunto terrivelmente urgente", afirmou.

 

Em Junho, a Grécia tem de fazer face ao pagamento de 1.500 milhões de euros ao FMI, a começar por 300 milhões de euros já no dia 05.

 

No entanto, as partes continuam ainda com posições distantes em alguns temas, nomeadamente quanto a cortes nas pensões e à liberalização do mercado laboral, tidas como as "linhas vermelhas" que o executivo grego recusa ultrapassar.

 

No final desta semana, realiza-se em Riga, capital da Letónia, a Cimeira da Parceria Oriental e a Grécia já disse que quer estar na agenda não oficial.

 

À margem da reunião, está já previsto um encontro entre o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, mas a Comissão Europeia já avisou que quaisquer conversações políticas não podem ser um "substituto" para as negociações técnicas que decorrem no grupo de Bruxelas.

 

Entretanto, na segunda-feira o jornal grego Vima noticiou que o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, enviou uma proposta a Atenas que permitia desbloquear desde já fundos para o país em troca da adopção de algumas medidas.

 

A eventual proposta, entretanto não confirmada pela Comissão, sugeria a libertação de 1.800 milhões de euros pelos parceiros europeus e dos 1.900 milhões de euros reclamados por Atenas referentes aos lucros que os bancos centrais fizeram com dívida grega.

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