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Tsipras deseja apoio de Merkel e Hollande. Varoufakis reitera que salários e pensões estão antes do FMI

O primeiro-ministro grego deverá encontrar-se esta quinta-feira, 21 de Maio, com a chanceler alemã e o presidente de França, à margem da Cimeira Europeia que decorrerá em Riga. Varoufakis reitera que se Atenas terá de dar prioridade às pensões e salários em detrimento do reembolsos do FMI.

Reuters/Yves Herman
21 de Maio de 2015 às 09:44
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Os líderes europeus reúnem-se esta quinta-feira, 21 de Maio, em Riga, na Cimeira Europeia. À margem desta reunião, Alexis Tsipras, primeiro-ministro grego, deverá encontrar-se com a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente de França, François Hollande. Neste encontro o primeiro-ministro grego espera receber apoio político, numa altura em que continuam as negociações entre Atenas e Bruxelas, tendo em vista reformas estruturais na Grécia para que seja libertada a última tranche do resgate financeiro.

 

O jornal grego Kathimerini revela que Tsipras espera que a reunião com os responsáveis máximos da Alemanha e de França resulte numa espécie de apoio político que ajude de alguma forma a marcar o passo e a definir a direcção das negociações. A mesma publicação adianta que Tsipras deverá dizer aos seus congéneres que Atenas já fez muitas concessões e que agora é a vez de os credores encontrarem uma forma de se aproximarem da Grécia.

 

Já o ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, concedeu uma nova entrevista onde reitera que a prioridade da Grécia são os salários dos funcionários públicos e as pensões. Pagamentos que estarão sempre à frente do reembolso ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

 

"Se pudermos, a 5 de Junho, reembolsar o FMI e pagar pensões e salários, bem como outras obrigações que temos com os nossos credores internos" assim será feito. "Se não, vamos ter de dar prioridade aos pensionistas e aos trabalhadores do sector público", afirmou o ministro das Finanças em entrevista à estação de televisão britânica Channel 4, citado pelo Kathimerini.

 

Varoufakis confirmou ainda que uma das reformas que a Grécia poderá implementar é o aumento das receitas, nomeadamente através das transacções bancárias. 

Já ontem Nikos Filis, presidente do Parlamento grego, admitia que a Grécia não conseguirá pagar ao FMI a 5 de Junho sem acordo com credores. "Se não houver um acordo até lá [5 de Junho] que resolva o actual problema de financiamento [da Grécia], eles [credores] não receberão qualquer dinheiro", salientou o responsável referindo-se aos mais de 310 milhões de euros que Atenas terá de entregar ao Fundo Monetário Internacional no dia 5 de Junho.

O último pagamento realizado pela Grécia ao FMI foi a 12 de Maio, sendo que os 750 milhões de euros foram pagos através da conta de depósito de emergência que Atenas, tal como os restantes países-membros, tem na instituição liderada por Lagarde, num sinal claro de falta de fundos para fazer face a estes encargos.  

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