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Bruxelas: Conversações políticas não substituem negociações técnicas na Grécia

A Comissão Europeia disse esta segunda-feira que eventuais conversações políticas sobre a Grécia na cimeira desta semana em Riga não podem ser um "substituto" para as negociações técnicas sobre as reformas a adoptar por Atenas.

18 de Maio de 2015 às 14:10
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"O que quer que aconteça em Riga não pode ser um substituto da necessidade que há de superar as diferenças que continuam" a existir nas negociações a nível técnico, afirmou o porta-voz da Comissão Europeia Margaritis Schinas, na habitual conferência de imprensa diária da Comissão Europeia, em Bruxelas.

 

Na quinta e na sexta-feira realiza-se na capital da Letónia, Riga, a Cimeira da Parceria Oriental, que junta chefes de Estado e de Governo da União Europeia com representantes dos países parceiros da Europa Oriental e do sul do Cáucaso, Arménia, Azerbaijão, Bielorrússia, Geórgia, República da Moldávia e Ucrânia.

 

O Governo grego já avisou que quer a situação do país na ordem do dia desta cimeira, possivelmente com a expectativa de que conversações a nível político permitam ultrapassar o já longo impasse nas negociações com a Comissão Europeia, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Central Europeu.

 

Margaritis Schinas acrescentou que os trabalhos técnicos entre Atenas e os credores estão a progredir mas a "um ritmo muito lento", recordando a declaração do Eurogrupo da semana passada de que é preciso "mais tempo e esforço" para ultrapassar as questões em que há diferenças e assim chegar a um entendimento.

 

A Grécia precisa de chegar a um acordo urgente que permita desbloquear pelo menos parte da última parcela do actual programa de resgate, no total de 7,2 mil milhões de euros.

 

Na semana passada, o ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, assumiu pela primeira vez a grave situação dos cofres helénicos: "A liquidez é um assunto terrivelmente urgente", afirmou.

 

Segundo as informações conhecidas, no chamado Grupo de Bruxelas - que junta a Grécia e as instituições que formavam a troika (Comissão, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) - os temas que estão na origem das profundas divergências continuam a ser as medidas a adoptar nas pensões e no mercado laboral.

 

Atenas traçou como 'linhas vermelhas', que nega ultrapassar, a liberalização dos despedimentos no sector privado e o corte das pensões. Defende ainda um aumento gradual do salário mínimo e o restabelecimento das convenções colectivas revogadas durante os programas de austeridade que foram aplicados desde 2010.

 

Na Cimeira da Parceria Oriental, Portugal estará representado pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

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