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Juros da Grécia disparam mais de 400 pontos e superam os 25% a dois anos

Os receios em torno da banca grega estão a deixar os investidores nervosos, que estão a fazer disparar as taxas de juro no mercado secundário, tendo superado já os 25%, no prazo a dois anos.

Bloomberg
18 de Maio de 2015 às 14:42
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As taxas de juro gregas estão a disparar no mercado secundário, num dia em que está a aumentar a especulação de que a banca grega está a ficar sem colaterais para se financiar junto do Banco Central Europeu (BCE). A Bloomberg noticiou esta segunda-feira que a banca grega está a ficar sem colaterais para se financiar junto do banco central, o que está a deixar os investidores receosos, já que se não tiverem colaterais não conseguirão financiar-se e entrarão em ruptura.


E isto num dia em que o porta-voz do primeiro-ministro grego Alexis Tsipras recusou que o Governo precise de um terceiro empréstimo externo para pagar credores, salários e pensões, após a conclusão do segundo resgate da troika em Junho, no âmbito do qual ainda sobram 7,2 mil milhões de euros.

 

O Governo grego diz que não precisa de um terceiro resgate e que os bancos não imporão perdas, como sucedeu em Chipre, em caso de recapitalização. O porta-voz diz que há quatro "linhas vermelhas" que Tsipras não pisará, mas espera acordo nesta semana. Já Bruxelas volta a pedir mais empenho e adverte para excesso de optimismo.

 

Os receios em torno da Grécia estão a aumentar, numa altura em que o acordo necessário para que Atenas receba a última tranche da ajuda financeira não é alcançado. As negociações parecem estar num impasse, numa altura em que Atenas continua a ter de fazer reembolsos, sem ter margem financeira.

 

O último reembolso foi feito ao Fundo Monetário Internacional (FMI), tendo pago mais de 700 milhões de euros. Contudo, não tendo dinheiro para o fazer a Grécia recorreu ao fundo de emergência do próprio fundo para satisfazer este compromisso. O Kathimerini noticiou entretanto que, no dia 8 de Maio, Alexis Tsipras escreveu aos responsáveis da Comissão Europeia (CE), FMI e Banco Central Europeu (BCE) para os avisar de que a Grécia não conseguiria reembolsar o dinheiro na data prevista (12 de Maio), a não ser que os seus credores aceitassem transferir para os cofres gregos a última parcela do actual programa de resgate, no total de 7,2 mil milhões de euros. 

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