Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Bolsa grega desliza e juros disparam com especulação de que colaterais da banca estejam a acabar

A bolsa grega está a deslizar mais de 3%, enquanto as taxas de juro estão a disparar mais de 100 pontos base nos prazos mais curtos, no dia em que a Bloomberg noticia que a banca está a ficar sem colaterais para se financiar junto do banco central.

18 de Maio de 2015 às 10:00
  • 13
  • ...

O principal índice grego, o FTASE, está a descer 3,10% para 235,88 pontos, numa altura em que o sector bancário é dos que mais contribui para este desempenho. O Alpha Bank e o National Bank of Greece estão a cair mais de 4% para 0,292 euros e 1,14 euros, respectivamente. Já o Eurobank Ergasias está a ceder 1,54% para 0,128 euros.

 

Esta queda da bolsa e da banca está relacionada com a especulação em torno da ausência de colaterais por parte da banca para se financiar. De acordo com alguns economistas consultados pela Bloomberg os bancos gregos estão a ficar sem colaterais para se financiarem. E sem isso entrarão em ruptura.

 

As taxas de juro implícitas na dívida grega estão a reflectir estes receios, com a taxa a dois anos a subir 153,5 pontos base para 22,449% e a quatro anos a ganhar 116,3 pontos para 16,012%. Já a 10 anos a subida é de 29,6 pontos para 11,055%.

 

Os receios em torno da Grécia estão a aumentar, numa altura em que o acordo necessário para que Atenas receba a última tranche da ajuda financeira não é alcançado. As negociações parecem estar num impasse, numa altura em que Atenas continua a ter de fazer reembolsos, sem ter margem financeira.

 

O último reembolso foi feito ao Fundo Monetário Internacional (FMI), tendo pago mais de 700 milhões de euros. Contudo, não tendo dinheiro para o fazer a Grécia recorreu ao fundo de emergência do próprio fundo para satisfazer este compromisso. O Kathimerini noticiou entretanto que, no dia 8 de Maio, Alexis Tsipras escreveu aos responsáveis da Comissão Europeia (CE), FMI e Banco Central Europeu (BCE) para os avisar de que a Grécia não conseguiria reembolsar o dinheiro na data prevista (12 de Maio), a não ser que os seus credores aceitassem transferir para os cofres gregos a última parcela do actual programa de resgate, no total de 7,2 mil milhões de euros.

 

Ver comentários
Saber mais Grécia Atenas banca colaterais banco central BCE Alpha Bank National Bank Eurobank Ergasias FMI Alexis Tsipras
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio