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Bolsa grega desliza e juros disparam com especulação de que colaterais da banca estejam a acabar
A bolsa grega está a deslizar mais de 3%, enquanto as taxas de juro estão a disparar mais de 100 pontos base nos prazos mais curtos, no dia em que a Bloomberg noticia que a banca está a ficar sem colaterais para se financiar junto do banco central.
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O principal índice grego, o FTASE, está a descer 3,10% para 235,88 pontos, numa altura em que o sector bancário é dos que mais contribui para este desempenho. O Alpha Bank e o National Bank of Greece estão a cair mais de 4% para 0,292 euros e 1,14 euros, respectivamente. Já o Eurobank Ergasias está a ceder 1,54% para 0,128 euros.
Esta queda da bolsa e da banca está relacionada com a especulação em torno da ausência de colaterais por parte da banca para se financiar. De acordo com alguns economistas consultados pela Bloomberg os bancos gregos estão a ficar sem colaterais para se financiarem. E sem isso entrarão em ruptura.
As taxas de juro implícitas na dívida grega estão a reflectir estes receios, com a taxa a dois anos a subir 153,5 pontos base para 22,449% e a quatro anos a ganhar 116,3 pontos para 16,012%. Já a 10 anos a subida é de 29,6 pontos para 11,055%.
Os receios em torno da Grécia estão a aumentar, numa altura em que o acordo necessário para que Atenas receba a última tranche da ajuda financeira não é alcançado. As negociações parecem estar num impasse, numa altura em que Atenas continua a ter de fazer reembolsos, sem ter margem financeira.
O último reembolso foi feito ao Fundo Monetário Internacional (FMI), tendo pago mais de 700 milhões de euros. Contudo, não tendo dinheiro para o fazer a Grécia recorreu ao fundo de emergência do próprio fundo para satisfazer este compromisso. O Kathimerini noticiou entretanto que, no dia 8 de Maio, Alexis Tsipras escreveu aos responsáveis da Comissão Europeia (CE), FMI e Banco Central Europeu (BCE) para os avisar de que a Grécia não conseguiria reembolsar o dinheiro na data prevista (12 de Maio), a não ser que os seus credores aceitassem transferir para os cofres gregos a última parcela do actual programa de resgate, no total de 7,2 mil milhões de euros.