A economia espanhola está a crescer a um ritmo próximo de 3,5% no primeiro semestre em termos anuais. A revelação foi feita pelo ministro espanhol das Finanças, Luis de Guindos (na foto), num pequeno-almoço de negócios, realizado esta segunda-feira, 18 de Maio, citado pela imprensa internacional.

O El País escreve que o governante revelou que a economia está a crescer em termos anualizados no primeiro semestre a um ritmo mais próximo dos 3,5% que dos 3%. De Abril a Junho deste ano, a economia poderá crescer em termos semelhantes aos primeiro trimestre do ano – época em que expandiu 0,9%. Por conseguinte, se este ritmo de crescimento se mantiver, a economia espanhola poderá encerrar este ano com um crescimento em torno dos 3,6%, de acordo com o ministro Luis de Guindos, citado pelo El País.

Já o Expansión adianta que o responsável sustentou que "todos os indicadores principais apontam para uma aceleração da actividade". 

Banca espanhola "solvente" e mais reembolsos antecipados a caminho

Em relação aos reembolsos do resgate à banca, o ministro das Finanças espanhol assinalou que o terceiro pagamento antecipado vai realizar-se no próximo mês de Julho, altura em que há uma "janela de oportunidade" junto do Mecanismo Europeu de Estabilidade que a Espanha prevê "aproveitar". 

Este mecanismo tem um perfil de vencimento que permite devolver parte do resgate à banca. O montante que vai ser reembolsado em Julho não foi especificado. Ainda assim, o responsável considera que o sistema financeiro do país actualmente está "solvente" e que isso contribui para a recuperação económica.

Em 2012, a Espanha recebeu 41.300 milhões de euros para apoiar o sistema financeiro do país, tendo já reembolsado antecipadamente 1.300 milhões de euros em 2014 e em Março deste ano pagou 1.500 milhões de euros, de acordo com o El País.

Acordo entre a Grécia e os credores nos próximos dias

Neste pequeno-almoço, Luis de Guindos mostrou-se confiante que um acordo entre a Grécia e os credores internacionais vai ser alcançado nos próximos dias, de acordo com a agência Associated Press. O responsável sustentou ainda que Atenas tem pouco tempo e o acordo entre as instituições internacionais e a Grécia é imperativo devido às dificuldades financeiras do país.

A Grécia tem de apresentar um conjunto amplo de reformas para que o acordo seja alcançado apontou o ministro espanhol, acrescentando que não tem conhecimento de nenhum plano alternativo caso um acordo não seja alcançado.