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Mariano Rajoy espera crescimento económico de 2,9% em 2015

O governo espanhol melhorou as suas previsões económicas para este ano, esperando agora que o PIB cresça 2,9%. Esta estimativa supera as do Fundo Monetário Internacional, da Comissão Europeia e do Banco de Espanha.

Reuters
27 de Abril de 2015 às 10:59
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Mariano Rajoy apresentou esta segunda-feira, 27 de Abril, as novas perspectivas económicas do seu Governo. Durante um pequeno-almoço organizado pela Europa Press, o presidente do Governo espanhol adiantou que a economia espanhola deve crescer 2,9% em 2015.

 

Esta previsão supera as que já foram apresentadas pelo Fundo Monetário Internacional, pela Comissão Europeia e pelo Banco de Espanha.

 

No último World Economic Outlook, divulgado a 15 de Abril, a instituição liderada por Christine Lagarde estima que a economia espanhola cresça 2,5% em 2015. Bruxelas é mais pessimista e aponta para uma expansão de 2,3% este ano.

 

A 26 de Março, o Banco de Espanha também reviu em alta as suas previsões económicas. A economia espanhola deverá crescer 2,8% este ano, e não 2% como indicavam as anteriores estimativas do banco central.

 

"Hoje estou em condições de dizer que o crescimento do produto interno bruto para 2015 será de 2,9% e que para o ano que vem, 2016, o crescimento será da mesma ordem", afirmou esta segunda-feira, 27 de Abril, Mariano Rajoy.

 

O presidente do Governo espanhol disse que a sua previsão "não é fogo de artifício", realçando que "com a mesma prudência [com que anuncia estas previsões]" pode assegurar que a Espanha será a economia da Zona Euro que mais vai crescer entre os países grandes [Alemanha, França, Itália] "e como uma diferença considerável face à média europeia".

 

Por outro lado, afirmou que neste ano [marcado por vários actos eleitorais] a economia espanhola vai criar mais de um milhão de empregos.

 

Mariano Rajoy disse que para que todas estas projecções se cumpram – ou "melhorem" - o actual Governo vai manter "o impulso reformista" que promoveu desde o início da legislatura, com especial atenção para a reforma da administração, a formação para o emprego, o apoio aos empresários em nome individual ou a inovação.

 

Mariano Rajoy reafirmou que nos últimos anos Espanha manteve um Estado Social como "não existe em mais lado nenhum no mundo". Para que este possa continuar, sublinhou, o Governo terá de ser "extremamente ambicioso" com as reformas e "extremamente eficaz na gestão dos recursos".

 

Assim, o objectivo da próxima legislatura será "regressar à normalidade prevista no artigo 135 da Constituição" espanhola, ou seja acabar com o défice público.

 

Para isso, reiterou que "o grande objectivo nacional" é o de chegar aos 20 milhões de pessoas empregadas na próxima legislatura (face aos actuais 17,6 milhões). "É uma meta razoável", realçou.

 

Numa intervenção que durou cerca de uma hora, Rajoy assegurou também que está disposto a baixar novamente os impostos assim que a actividade económica melhore. O Executivo espanhol já aprovou este ano uma reforma fiscal que devolve quase 9 mil milhões de euros aos cidadãos.

 

Rajoy também abordou a polémica em torno da detenção do ex-vice-presidente do Governo Rodrigo Rato (PP), por corrupção e fuga ao fisco. O chefe do Governo, antigo colega de Rato no Governo de José Maria Aznar e no próprio partido, disse que "Rato foi um companheiro e fez uma grande gestão" enquanto foi ministro da Economia e das Finanças.

 

"Dito isto, as coisas são como são", salientou Rajoy, acrescentando que o Governo fez "tudo o que tinha a fazer neste caso", que demonstra que "as instituições em Espanha funcionam".

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