A Syzigy Capital Management quer que a Justiça holandesa decrete a "insolvência involuntária" a Oi Brasil Holdings Cooperatif UA, um dos veículos financeiros da Oi na Holanda.

O requerimento foi apresentado pela gestora de activos, alegando o incumprimento, por parte da Oi Brasil Holdings, no reembolso de obrigações emitidas por aquele veículo financeiro da Oi – no valor de 800.000 dólares de montante principal, refere a operadora em comunicado ao mercado brasileiro.

"Tal medida agressiva por parte de um titular minoritário de bonds não foi inesperada, e a Oi está preparada para tomar todas as medidas cabíveis, inclusive na Holanda, para se proteger contra tais acções e não espera que haja impactos sobre o processo de recuperação judicial em curso no Brasil", sublinha a operadora brasileira, detida directa e indirectamente em 27,5% pela Pharol.

No passado dia 20 de Junho, recorde-se, a Oi anunciou em comunicado emitido ao regulador brasileiro (CVM) que iria avançar para recuperação judicial. Nesse processo, a empresa ficará protegida contra acções e execuções por parte dos credores num prazo mínimo de 180 dias, segundo a lei brasileira.

"Conforme divulgado em comunicado ao mercado de 22/06/2016, a Oi e determinadas subsidiárias, inclusive a Oi Brasil Holdings, obtiveram junto da Justiça brasileira, responsável pela supervisão do processo de recuperação judicial, (…) protecção contra execuções. Além disso, a Justiça no Reino Unido e nos Estados Unidos também concedeu reconhecimento e tutela provisória, protegendo certas empresas Oi de acções de credores em tais jurisdições", acrescenta o comunicado enviado esta noite pela Oi.

A operadora diz ainda que, apesar desta recente acção na Holanda, pretende continuar a encetar "discussões construtivas de uma reorganização com a maioria dos seus credores no contexto do processo de recuperação judicial das empresas Oi no Brasil".

A Oi pretende empreender todos os esforços apropriados para procurar assegurar a protecção dos interesses das empresas Oi e de todos os seus "stakeholders", conclui a empresa.

(notícia actualizada às 23:55)