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Governo brasileiro descarta ajuda financeira à Oi
O ministro-chefe da Casa Civil brasileira, Eliseu Padilha, descartou esta terça-feira a possibilidade de o Executivo socorrer financeiramente a operadora de telecomunicações Oi, que na segunda-feira apresentou um pedido de recuperação judicial.
"Até o momento, não há por parte do Governo uma manifestação no sentido de intervir, interferir directamente. Os nossos agentes do sistema financeiro nacional [bancos públicos] estarão prontos a prestar a colaboração no sentido de intermediar, preparar um projecto de busca de parcerias, se for o caso, para essa empresa", afirmou Eliseu Padilha.
Apesar de o Executivo interino estar atento ao caso e à preservação de empregos na empresa, o ministro-chefe da Casa Civil sublinhou que não haverá uma "participação directa do Governo".
Como credores da Oi, o Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES) e o Banco do Brasil, ambos estatais, podem procurar compradores para a empresa telefónica, se for do interesse da Oi, adiantou.
Horas antes, o regulador da área de telecomunicações do Brasil, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), também informou que não vai intervir, neste momento, no processo de recuperação financeira da operadora.
Na segunda-feira, a empresa fez saber que o total dos créditos com pessoas não controlados pela Oi listados nos documentos protocolados com o pedido de recuperação judicial somava aproximadamente 65,4 mil milhões de reais (17 mil milhões de euros)".
A operadora é a maior empresa de telefonia fixa do país e a quarta em rede móvel, contando cerca de 70 milhões de clientes. Em 2015, a Oi vendeu a PT Portugal à francesa Altice. A Pharol, antiga PT SGPS, conta com cerca de 27% da empresa brasileira.