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Palha da Silva admite diluição da participação da Pharol na Oi

O presidente da Pharol não afasta a hipótese de a Pharol avançar com mais processos contra ex-gestores. Em entrevista ao Diário Económico, Palha da Silva confessa ainda que a venda da Unitel tem demorado “mais do que a Oi gostaria”.

Bruno Simão/Negócios
04 de Fevereiro de 2016 às 12:10
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A Pharol apoia a proposta de fusão entre a Oi e a TIM. E caso seja preciso haver uma diluição do seu capital na brasileira Oi para o projecto avançar, não exclui essa hipótese, disse Luís Palha da Silva, "chairman" da sociedade gestora de participações sociais em entrevista ao Diário Económico.

"Uma diluição da percentagem na Oi não é impossível e não seria argumento suficiente para impedir avançar com este processo". Contudo, frisa que "se isso representasse reduzir o valor que temos no nosso investimento obviamente seria uma operação a não acarinhar".

Questionado sobre as relações tensas entre a Oi e a Unitel, Palha da Silva sublinha que a operadora brasileira "tem agido de uma forma que me parece bastante elegante". "Provavelmente o assunto resolve-se se puder haver um entendimento para a venda da participação da Oi na Unitel.

O braço-de-ferro entre a Oi e a Unitel é antigo, tendo adquirido novos contornos em Setembro de 2014, quando a operadora brasileira anunciou que queria alienar a participação de 25% que detém na Unitel. A operadora angolana argumenta ter o direito de preferência sobre esta fatia.

O presidente da administração da Pharol confessa ainda que este processo "tem demorado um pouco mais do que a Oi gostaria".

No que toca aos processos judiciais no âmbito do caso Rioforte, Palha da Silva não exclui novas acções contra ex-administradores da PT: "Desde o princípio que dissemos sempre que se chegássemos à conclusão que havia responsabilidade de outros intervenientes, não hesitaríamos em instaurar novos processos judiciais", explicou o gestor, escusando-se a avançar com nomes.

A Pharol já avançou com três vagas de processos para tentar recuperar parte da dívida de 897 milhões de euros da Rioforte. O primeiro foi interposto em Outubro de 2015, contra três ex-administradores da PT: Henrique Granadeiro, Amílcar Morais Pires e Pacheco de Melo. No início deste ano avançou contra a Deloitte, ex-auditora das contas da empresa, e no dia 25 de Janeiro deu entrada um novo processo contra Zeinal Bava, Henrique Granadeiro e Pacheco de Melo.

De acordo com as contas da Pharol, os danos causados pela "violação dos deveres" dos ex-gestores, foram de 54,9 milhões de euros.

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