A praça nacional registou esta quinta-feira a terceira sessão consecutiva de quedas, a maior série de perdas para o principal índice accionista português em três semanas.

O PSI 20 fechou a cair 0,11% para 4.918,07 pontos, com seis cotadas em alta e 11 em queda.

Os maiores recuos couberam à Mota Engil (-2,83%), à Nos (-2,1%), à Jerónimo Martins (-1,43%), à Semapa (-1,45%) e à EDP Renováveis (-1,44%).

A liderar os ganhos esteve a Pharol, que disparou 6,5% depois de na quarta-feira ter anunciado os primeiros resultados do seu programa de recompra de acções.

Os ganhos do BCP e BPI - em recuperação das fortes quedas de ontem, motivadas pelo anúncio de novos impostos para a banca e a horas de se dar por fechado o Orçamento do Estado - também temperaram as quedas em Lisboa. O Caixa BI considerou esta quinta-feira que o imposto sobre a banca não tem impacto material significativo no sector.

A instituição liderada por Nuno Amado viu os seus títulos avançarem 4,99% para 0,03 euros enquanto o banco liderado por Fernando Ulrich somou 2,41% para 0,93 euros. O BPI anunciou depois do fecho do mercado uma proposta a levar a assembleia-geral do banco tendo em vista o fim do limite de votos para participar na concentração bancária.

Também a Galp esteve do lado das valorizações, a apreciar 1,89%, depois da forte recuperação de ontem dos preços do petróleo - superior a 7% no caso do Brent, o barril de referência para as compras nacionais que cota em Londres. A energética avançou no dia em que o Haitong cortou o preço-alvo da sua acção devido à queda do petróleo.

Lisboa foi das poucas praças no vermelho numa Europa globalmente em terreno positivo, mas onde Frankfurt também destoou. A praça alemã recuou 0,44%, arrastando consigo o desempenho do índice das 600 principais acções da Europa, o Stoxx Europe 600, que deslizou 0,2%.

(notícia actualizada às 17h:11 com mais informação e referência à proposta apresentada pelo BPI após fecho dos mercados)