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Pharol lucra 24 milhões de euros em 2024

O resultado líquido positivo da empresa liderada por Palha da Silva reverte os 967.000 euros de prejuízos verificados no ano passado, devido ao impacto de reembolsos fiscais. A antiga PT SGPS procura agora novos investimentos e vai avançar para um reagrupamento de ações.  

Luís Palha da Silva, presidente do Conselho de Administração e Administrador Delegado, Pharol, SGPS e membro do júri do Prémio Exportação e Internacionalização
Miguel Baltazar
25 de Fevereiro de 2025 às 22:14
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A Pharol registou no ano passado lucros de 24,2 milhões de euros, depois dos 967.000 euros de prejuízos verficados em 2023, disse a empresa esta terça-feira em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

"Este resultado foi fortemente influenciado pelo reconhecimento de 26 milhões de euros provenientes da clarificação da propriedade dos reembolsos fiscais", refere a empresa no comunicado.

Como a própria empresa admite, os lucros obtidos refletem essencialmente o impacto líquido dos reembolsos da Autoridade Tributária reconhecido após o esclarecimento em definitivo no contexto do acordo com a telecom brasileira Oi, que ascenderam a 26,11 milhões em 2024.

A Pharol, numa adenda ao acordo com a Oi anunciado a 10 de dezembro, reconheceu que a anulação do passivo de 26,2 milhões de euros teria um impacto positivo nos resultadosnomeadamente "na rubrica de impostos recebidos da Autoridade Tributária e consequentemente na situação líquida da empresa do mesmo montante".

Contudo, a empresa destaca ainda os "custos operacionais controlados", que ascenderam a 2,3 milhões de euros, verificando-se um ligeiro aumento em relação a 2023. Isto deve-se principalmente a custos com pessoal e a despesas com consultoria jurídica para processos em curso, parcialmente compensadas pela redução de custos de outros fornecimentos e serviços externos.

A empresa salienta também o "reforço da solidez financeira", com aumento dos capitais próprios para 92,2 milhões, contra os 68,1 milhões no final de 2023 e a "posição de posição de tesouraria robusta". A empresa tem em caixa e equivalentes 16 milhões e uma carteira de investimentos financeiros de 27 milhões.

Tendo reduzido quase por inteiro a participação na Oi, da qual chegou a ser a principal acionista, a Pharol, que teve origem na antiga PT SGPS, detém como principal ativo apenas os instrumentos de dívida da Rio Forte, com os quais ficou após o colapso do BES/GES, com um valor nominal de 897 milhões e atualmente valorizados em 51,9 milhões.

"Liberta de dívida e com o balanço mais sólido, a Pharol encontra-se hoje disponível para avaliar concretamente hipóteses de diversificação do seu portefólio de ativos", refere o CEO, Luís Palha da Silva, numa mensagem aos acionistas.

A empresa vai também avançar para um "reverse stock split", ou um reagrupamento de um número ainda não especificado de ações numa só, sem perda ou acréscimo de valor para os acionistas. Esta terça-feira, os títulos valiam 0,0536 euros. 

"Nesse sentido irá ser proposto em breve aos acionistas, nos termos previstos no Código de Valores Mobiliários, o reagrupamento de ações, criando condições para as ações da Pharol deixarem de ser percecionadas pelo mercado como 'penny stock'", refere Palha da Silva.

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