Notícia
Carros elétricos convencem menos os portugueses
Apenas 30% dos inquiridos no estudo organizado pelo Automóvel Club de Portugal (ACP) admite comprar um automóvel totalmente elétrico. Em 2023 a percentagem era de 47%. O preço, a autonomia e as dificuldades de carregamento são os fatores que mais arrefecem o interesse.
Apesar do crescimento sustentado da compra de automóveis elétricos no mercado português, a popularidade destes veículos está a esmorecer, revela um estudo apresentado esta terça-feira pelo Automóvel Club de Portugal (ACP).
Com base num inquérito junto de mais de 1.500 residentes, o estudo aponta que apenas 30% dos portugueses admitem comprar um carro elétrico, uma quebra de 17 pontos percentuais (p.p.) face aos valores de 2023. E, do total, somente 3% dizem que pretendem adquirir um automóvel elétrico nos próximos 12 meses.
Já o número de inquiridos que afastam a possibilidade de comprar um destes veículos ascende a 59%, mais 16 p.p. do que há dois anos.
Quando a questão é se o próximo carro que comprar será elétrico verifica-se um maior entusiasmo com estes veículos, embora também com uma quebra face a 2023. Assim, 45% dizem ser provável que o próximo veículo seja 100% elétrico (em 2023 eram 55%), já 51% afastam essa possibilidade, mais nove p.p. do que há dois anos.
O estudo aponta ainda que entre os 504 inquiridos que possuem carro elétrico a maioria (67%) diz efetuar mais de 400 quilómetros por mês. As viagens até 60 kms representam 60% da utilização. Já nos carregamentos, 69% diz carregar a bateria do veículo até três vezes por semana e a maioria (54%) estima um gasto mensal superior a 50 euros.
Em termos de marcas, a Tesla iguala a BMW no topo, ambas com 11%, enquanto a Toyota sobe dos 3% em 2023 para 8%.