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Ao minuto04.04.2025

Europa mergulha para território de correção. Stoxx 600 afunda mais de 5%

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta sexta-feira.

Os supervisores financeiros têm desafios acrescidos associados à digitalização. O mapeamento de grandes quantidades de dados com IA é uma das opções em estudo.
Lucas Jackson/Reuters
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04.04.2025

Europa mergulha para território de correção. Stoxx 600 afunda mais de 5%

Os principais índices europeus fecharam a última sessão da semana a registar pesadas quedas - com alguns dos índices a mergulharem para território de correção -, após a China ter prometido retaliar contra as tarifas recíprocas dos Estados Unidos (EUA), o que marca uma renovada intensificação da guerra comercial em curso.

O índice Stoxx 600 - de referência para a Europa – afundou 5,12%, para os 496,33 pontos e entrou em território de correção. O índice de referência já caiu mais de 10% desde o seu último máximo histórico atingido há um mês, no dia 3 de março.

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o francês CAC-40 perdeu 4,26%, o italiano FTSEMIB cedeu 6,53%, o holandês AEX deslizou 4,12%, o alemão DAX caiu 4,95%, o britânico FTSE 100 recuou 4,95% e o espanhol IBEX 35 tombou 5,83%.

O índice de referência - Stoxx 600 - registou a sua maior queda diária e semanal desde o início da pandemia Covid-19, há cinco anos, ao afundar mais de 8% no total da semana. Os índices de Itália, França e Alemanha entraram igualmente em território de correção (o que significa que já perderam mais de 10% desde o último máximo histórico), após o anúncio de que Pequim irá impor uma tarifa de 34% sobre todas as importações dos EUA a partir de 10 de abril.

O índice italiano FTSEMIB - composto maioritariamente por instituições de crédito - liderou as perdas entre os principais índices de referência europeus.

"Todas as carteiras têm de se ajustar a uma recessão em muitos países", disse à Bloomberg David Kruk, diretor de negociação da La Financiere de L'Echiquier. "Ontem, os Estados Unidos suportaram o peso da venda. Agora é a nossa vez", acrescentou.

Ainda assim, dados que mostraram um crescimento do emprego nos EUA acima do esperado em março acalmaram, ainda que de forma reduzida, a agitação vivida nos últimos dias pelos investidores. Amelie Derambure, gestora sénior da Amundi, explicou à Bloomberg que "se os dados [do mercado de trabalho nos EUA] tivessem sido muito maus, teriam levado à conclusão de que a administração Trump e a incerteza em torno das suas políticas já estavam a desencadear uma recessão".

Entre os setores - que desvalorizaram em toda a linha - a banca foi o mais prejudicado, ao tombar mais de 8% durante o dia. Instituições financeiras do Velho Continente como o Société Générale, o Sabadell e o Deutsche Bank afundaram em torno de 10%. Já o BNP Paribas perdeu mais de 6% e o suíço UBS caiu acima dos 5%. Para além da banca, também o setor dos recursos naturais foi fortemente impactado, com perdas de 7,86%.

Quanto aos movimentos de mercado, as três empresas mais valiosas da Europa – SAP, LVMH e Novo Nordisk – cederam 3,24%, 2,38% e 5,44%, respetivamente. Isto num dia em que cerca de 145 ações do Stoxx 600 atingiram mínimos de 52 semanas, segundo a Bloomberg.

04.04.2025

Juros aliviam em toda a linha na Zona Euro

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro aliviaram em toda a linha esta sexta-feira, num dia em que os principais índices europeus fecharam em terreno negativo, numa altura em que os investidores se mostram menos confiantes na aposta em ativos de maior risco.

Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, aliviaram 2,5 pontos-base, para 3,158%. Em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento caiu 3,1 pontos, para 3,271%.

Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa decresceu 4,6 pontos-base para 3,330%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, aliviaram 7,5 pontos para 2,573% .

Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, seguiram a mesma tendência e caíram 7,7 pontos-base para 4,446%.

04.04.2025

"É a altura perfeita para Powell cortar juros", diz Trump

Num dia em que tem estado a publicar na sua rede social de hora em hora, o Presidente dos Estados Unidos vem agora instar o presidente da Reserva Federal a "parar de fazer jogos políticos" e "cortar as taxas de juro".

Este foi um cenário que começou a ganhar força nos mercados depois do anúncio de tarifas por parte de Donald Trump, dado que este poderá ser um fator penalizador da economia norte-americana e está a levar até alguns bancos e casas de investimento a considerarem um cenário de recessão nos Estados Unidos.

"Esta seria uma altura perfeita para o presidente da Fed cortar juros. Ele está sempre 'atrasado', mas pode agora mudar a sua imagem e rápido. Os preços da energia desceram, as taxas de juro desceram, a inflação desceu, até o preço dos ovos desceu 69% e o emprego aumentou, tudo em dois meses - uma grande vitória para a América. Corta as taxas de juro Jerome e pára de fazer jogos políticos", pode ler-se na publicação do republicano.

04.04.2025

Preços do petróleo recuam mais de 8%. Retaliação de Pequim pressiona "ouro negro"

Os preços do petróleo negoceiam com fortes perdas esta sexta-feira, atingindo o valor mais baixo desde meados da pandemia em 2021, com a China a anunciar contramedidas numa escalada da guerra comercial global com os EUA.

O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os Estados Unidos (EUA) – recua 9,34% para os 60,70 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a desvalorizar 8,35% para os 64,28 dólares por barril.

A alimentar a pressão sobre os preços do "ouro negro" está igualmente a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, liderada pela Rússia e a Arábia Saudita (OPEP+), de avançar com um aumento da produção de crude. Depois de uma "abertura de torneiras" no início deste mês, em maio, a OPEP+ pretende repor 411 mil barris por dia no mercado, acima dos 135 mil anteriormente planeados.

As importações de petróleo, gás e produtos refinados foram isentas das novas tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump. Mas as barreiras ao comércio poderão alimentar a inflação, abrandar o crescimento económico e intensificar as disputas comerciais, pesando sobre a procura de petróleo, o que influenciará o preço da matéria-prima.

Analistas do Goldman Sachs citados pela Reuters anunciaram cortes acentuados nos "targets" para dezembro de 2025 do Brent e do WTI em 5 dólares cada, para 66 dólares e 62 dólares, respetivamente.

04.04.2025

Dados do mercado de trabalho dão "fôlego" ao dólar

Entre 14 e 21 de maio o índice do dólar cedeu 0,14%, à boleia dos “short-sellers”.

O dólar segue a valorizar em relação ao euro, à medida que reduz as perdas face ao iene, depois de terem sido conhecidos dados do mercado de trabalho norte-americano. O país criou mais empregos do que o esperado no mês de março, a par de um ligeiro aumento na taxa de desemprego, que se fixou nos 4.2% no mês passado.

O índice de dólar da Bloomberg sobe 0,52% para os 102,600 pontos, recuperando, em parte, da forte queda registada durante o dia de ontem.

Apesar de os dados do mercado de trabalho estarem a dar algum fôlego à "nota verde", a atenção dos "traders" continua centrada nos impactos económicos das tarifas recíprocas, o que estará a pressionar maiores ganhos para o dólar.

Face à divisa nipónica, a "nota verde" desvaloriza 0,16% para os 145,830 ienes. Em relação à moeda canadiana, o dólar segue a avançar 0,70% para os 1,419 dólares canadianos

Por cá, o euro recua 0,51% para os 1,099 dólares. Já a libra perde 1,17% para os 1,295 dólares.

04.04.2025

Ouro desvaloriza mais de 2% e afasta-se de máximos históricos

Os preços do ouro caem mais de 2%, à medida que os "traders" aproveitam para liquidar posições em metais preciosos, em alguns casos, para cobrir perdas noutras classes de ativos.

O ouro desvaloriza a esta hora 2,18%, para os 3.047,360 dólares por onça.

O relatório do Departamento do Trabalho dos EUA desta sexta-feira mostrou que a economia norte-americana criou 228 mil postos de trabalho em março, valor que ficou acima das expectativas do mercado. Ainda assim, apesar de os dados continuarem a mostrar um mercado laboral robusto, ainda não incorporam os efeitos que as tarifas recíprocas terão na economia dos EUA.

"Penso que [os dados do mercado de trabalho] vão ajudar a Reserva Federal a continuar a adiar a descida das taxas de juro", disse à Reuters Alex Ebkarian, diretor de operações da Allegiance Gold.

O metal amarelo, considerado um ativo refúgio contra a incerteza geopolítica e económica, tende a prosperar num ambiente de taxas de juro mais baixas, por não render juros. Atualmente, o mercado está a prever 120 pontos-base de cortes nas taxas da Fed até ao final do ano, com a primeira flexibilização a ser apontada para junho.

04.04.2025

Trump reage a retaliação da China: "Entraram em pânico"

O Presidente dos Estados Unidos reagiu à retaliação da China, que anunciou tarifas de 34% aos Estados Unidos - em igual proporção às que Washington impôs a Pequim. Numa publicação na rede social Truth Social, Trump disse que se tratou de uma reação de "pânico".

"A China jogou mal, entraram em pânico - a única coisa que não se podiam dar ao luxo de fazer", escreveu esta sexta-feira.

 No total, somando às taxas aduaneiras que já existiam, as tarifas dos EUA à China ficam em 54%.

04.04.2025

Wall Street volta a tombar. Investidores à espera de Powell

Os principais índices norte-americanos negoceiam novamente com fortes perdas. A China já prometeu retaliar as tarifas recíprocas anunciadas pelo Presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, ao igualar a taxa alfandegária imposta pelos EUA (34%), intensificando as preocupações em torno da economia norte-americana, apesar de sinais de um mercado de trabalho sólido.

O S&P 500 afunda 3,18% para os 5.225,05 pontos, enquanto o Nasdaq Composite perde 3,53% para 15.966,96 pontos. Já o Dow Jones desvaloriza 2,69% para 39.454,25 pontos.

O crescimento do emprego nos EUA superou as previsões em março e a taxa de desemprego subiu, apontando para um mercado de trabalho que continua saudável, mas que ainda não repercute os possíveis impactos das tarifas recíprocas.

No panorama económico, os EUA criaram 228 mil postos de trabalho em março, valor que ficou bastante acima dos 117 mil novos empregos criados em fevereiro e superando as previsões de 135 mil, de acordo com dados avançados pela Trading Economics. Já a taxa de desemprego do lado de lá do Atlântico subiu para 4,2% no mês passado, registando o nível mais elevado desde novembro e ligeiramente acima das expectativas do mercado de 4,1%.

"O relatório de emprego veio muito mais alto do que o previsto", disse à Bloomberg Larry Tentarelli no Blue Chip Daily Trend Report. "Superficialmente, este parece ser um número otimista, mas é importante entender que se trata de dados voltados para trás. Os mercados vão estar muito mais preocupados com a entrada de dados futuros, e a nossa preocupação aqui é que as tarifas mais altas do que o esperado vão levar a uma grande desaceleração nas contratações", acrescentou o especialista.

Entre os desenvolvimentos da guerra comercial, a China retaliou contra as novas taxas dos EUA com uma série de medidas, incluindo direitos sobre todas as importações americanas e controlos de exportação de terras raras. Mais concretamente, Pequim anunciou que vai impôr tarifas adicionais de 34% aos produtos importados dos EUA a partir de 10 de abril, avança esta sexta-feira a agência estatal chinesa Xinhua.

Com os mercados mundiais em queda livre, os investidores irão em breve debruçar-se sobre o discurso do presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, que irá falar esta tarde sobre as perspetivas económicas dos EUA, para obterem pistas sobre o estado da economia dos EUA e se as tarifas irão moldar a posição da Reserva Federal em relação à flexibilização monetária.

O "índice do medo" de Wall Street - o VIX - subiu acima de 40 pontos e chegou a atingir o seu nível mais alto desde outubro de 2020, à medida que as tensões comerciais entre as duas superpotências EUA e China aumentam.

Entre os movimentos de mercado, o Bank of America segue a ceder mais de 5% a esta hora. Já fabricantes automóveis como a Ford e a General Motors desvalorizam mais de 3%. A Nike, que depende fortemente da produção de produtos fora dos EUA, segue a tombar mais de 5%.

Quanto às "big tech", a Alphabet cede 1,21%, a Nvidia cai 3,84%, a Microsoft recua 2,18%, a Meta desvaloriza 4,42%, a Amazon perde 4,44% e a Apple recua 3,13%.

04.04.2025

Donald Trump: "Esta é uma ótima altura para ficar rico"

Apesar do tombo que os mercados mundiais sofreram desde o anúncio das novas tarifas norte-americanas, o Presidente dos EUA veio hoje garantir que não vai mudar de política. Dirigindo-se a quem investe no país, assegurou que se vive um bom momento para enriquecer.

"Aos muitos investidores que vêm para os Estados Unidos e investem enormes quantidades de dinheiro, as minhas políticas nunca vão mudar. Esta é uma ótima altura para ficar rico, mais rico do que nunca!!!", publicou na sua rede social, Truth Social.

04.04.2025

Guerra comercial arrasta Lisboa para o pior dia desde 2020

A bolsa de Lisboa está a negociar com perdas avultadas esta sexta-feira, numa altura em que o adensar da guerra comercial entre os EUA e os seus parceiros comerciais – em particular a China – estão a atirar as bolsas mundiais para o vermelho.

O PSI, principal índice nacional, chegou a recuar 4,17% para 6.676,81 pontos – a maior queda intradiária desde 21 de dezembro de 2020. Entretanto, o PSI conseguiu reduzir ligeiramente as perdas para 3,94%. Nenhuma empresa do PSI está a conseguir escapar ao "sell-off" que se assiste nos mercados globais.

O BCP é o principal castigado, ao desvalorizar 9,85% para 0,4877 euros, numa altura em que a banca europeia é fortemente pressionada. Depois de ter sido o setor que mais desvalorizou numa reação inicial ao anúncio de tarifas recíprocas por parte de Donald Trump, com quedas acima de 5% na sessão de ontem, hoje a banca está a desvalorizar quase 10%, com os investidores a anteciparem que os bancos centrais poderão intensificar a trajetória de cortes nas taxas de juro, perante a ameaça de uma recessão global.

A fechar o pódio das desvalorizações está ainda a Mota-Engil, que afunda 8,22% para 3,102 euros – acompanhando o setor europeu da construção -, e a Galp, que mergulha 5,46% para 14,37 euros. A petrolífera está a acompanhar a desvalorização dos preços do petróleo no mercado internacional, que estão, por sua vez, a ser pressionados com a abertura das torneiras da OPEP, acima do esperado.

Nem o grupo EDP, que arrancou a sessão em alta, está a conseguir escapar deste "sell-off". A EDP Renováveis cai 4,36% para 7,79 euros, enquanto a casa-mãe da energética desvaloriza 2,09% para 3,233 euros, depois de ter beneficiado ontem da alta que o setor a que pertence na Europa – o das "utilities" (água, luz e gás) – registou.

Entre as restante perdas do PSI, os CTT afundam 4,74%, a Nos cede 3,67%, a Altri recua 2,90%, a Sonae perde 2,81%, a Corticeira Amorim desliza 2,66%, enquanto a Semapa desvaloriza 3,38%, a Navigator 1,90% e a Jerónimo Martins 2,22%. A Ibersol e a REN são as únicas que perdem menos de 1%, a esta hora.

04.04.2025

Retaliação da China atira bolsas europeias ao tapete. Stoxx 600 apaga ganhos anuais

A retaliação da China às tarifas recíprocas de Donald Trump já era esperada, mas o anúncio está a causar ainda mais mossa nas bolsas mundiais. Em reação à imposição por Pequim de taxas aduaneiras de 34% sobre todos os produtos importados dos EUA, o "benchmark" para a negociação europeia, Stoxx 600, está a cair mais de 4% esta sexta-feira – apagando todos os ganhos que tinha registado desde o início do ano.

A resposta chinesa está ainda a levar a um reforçar da aposta dos investidores em juros da dívida. A esta hora, as "yields" alemãs a dez anos, que servem de referência para a Zona Euro, estão a recuar mais de 15,7 pontos base para 2,492%, acompanhando as quedas substanciais dos juros da dívida norte-americana, que cedem 14,8 pontos.

Portugal não escapa à tendência, com o PSI a desvalorizar 3,48% para 6724,55 pontos e as "yields" do país a deslizarem 8,2 pontos para 3,101%. Apesar das quedas, Lisboa está a conseguir segurar-se melhor que os seus pares europeus.

Entre as principais praças da região, Madrid afunda 5,89%, Frankfurt mergulha 4,74%, Paris cai 4,26%, Londres perde 3,59%, Amesterdão desvaloriza 3,36% e Milão – a bolsa mais castigada – afunda 7,23%, aproximando-se do "bull market" (uma queda superior a 20% desde máximos históricos).

Este movimento na bolsa italiana justifica-se pelo grande peso da banca no seu principal índice. A nível europeu, o setor financeiro é o que mais perde, mergulhando quase 10%, numa altura em que os investidores ajustam expectativa em relação ao número de cortes nas taxas de juro por parte de vários bancos centrais.

04.04.2025

China avança com tarifas de 34% aos produtos americanos

A China vai impôr tarifas adicionais de 34% aos produtos importados dos EUA a partir de 10 de abril, avança esta sexta-feira a agência estatal chinesa Xinhua.

Pequim reage desta forma às tarifas anunciadas na quinta-feira por Washington de 34% sobre os produtos chineses - no total, somando às taxas aduaneiras que já existiam, as tarifas à China ficam em 54%.

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04.04.2025

Euribor descem a 3, a 6 e a 12 meses para novos mínimos de mais de 2 anos

As taxas Euribor desceram hoje a três, a seis e a 12 meses para novos mínimos desde, respetivamente, janeiro de 2023 e novembro e setembro de 2022.

Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que baixou para 2,323%, ficou acima da taxa a seis meses (2,259%) e da taxa a 12 meses (2,235%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, recuou hoje, ao ser fixada em 2,259%, menos 0,044 pontos e um novo mínimo desde 03 de novembro de 2022.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a fevereiro indicam que a Euribor a seis meses representava 37,52% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,50% e 25,72%, respetivamente.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também recuou, para 2,235%, menos 0,076 pontos e um novo mínimo desde 15 de setembro de 2022.

No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que está abaixo de 2,5% desde 14 de março, caiu hoje, ao ser fixada em 2,323%, menos 0,026 pontos e um novo mínimo desde 12 de janeiro de 2023.

Em termos mensais, a média da Euribor em março voltou a descer a três, a seis e a 12 meses, mas menos intensamente que nos meses anteriores.

A média da Euribor a três, seis e a 12 meses em março desceu 0,083 pontos para 2,442% a três meses, 0,075 pontos para 2,385% a seis meses e 0,009 pontos para 2,398% a 12 meses.

Como antecipado pelos mercados, o BCE decidiu em março reduzir, pela quinta vez consecutiva em seis meses, as taxas de juro diretoras em um quarto de ponto, para 2,5%.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, deu a entender que a instituição está preparada para interromper os cortes das taxas de juro em abril.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 16 e 17 de abril em Frankfurt.

04.04.2025

Tarifas atiram bolsas europeias para a pior semana desde 2022

As bolsas europeias preparam-se para fechar a pior semana em três anos, com os investidores a reduzirem a sua exposição ao risco, numa altura de grande incerteza económica provocada pelas novas barreiras ao comércio global introduzidas na quarta-feira por Donald Trump.

O "benchmark" para a negociação europeia, o Stoxx 600, perde 1,70% para 514,23 pontos e deve encerrar a primeira semana de abril com uma desvalorização de 5% - a maior queda desde 2022. Os setores mais afetados pelas tarifas norte-americanas continuam a ser a banca (-5,40%) e o mineiro (-3,85%),  com os mercados a reverem em alta as suas expectativas em torno do número de cortes nas taxas de juro que os bancos centrais vão adotar até ao final do ano.

A Itália é a praça que regista as maiores quedas esta manhã, com o índice FTSE MIB a ser bastante pressionado pelo peso do setor bancário no mesmo. O "benchmark" recua 3,17% e já se encontra em território de correção, tendo perdido mais de 10% desde que atingiu máximos históricos em março. Entre as restante praças europeias, o espanhol IBEX cai 2,99%, o alemão DAX desliza 1,65%, o francês CAC-40 perde 1,60%, enquanto o britânico FTSE 100 cede 1,22% e o holandês AEX desvaloriza 1,15%.

"Foi um início de abril rápido e furioso para o mundo, mês que deverá ficar mais ofuscado do que nunca devido à agenda tarifária de Trump. A incerteza para a economia global e os mercados de capitais está a aumentar", explica Hans-Jörg Naumer, da AllianzGI, numa nota a que o Negócios teve acesso.

Entre as principais movimentações de mercado, a Gerresheimer afunda mais de 13%, depois de a KKR ter desistido de avançar com uma oferta pública inicial (OPA) sobre a farmacêutica alemã. As ações do setor estão, aliás, em foco esta sexta-feira, após Donald Trump ter sugerido que iria introduzir taxas aduaneiras aos produtos farmacêuticos oriundos da Europa.

04.04.2025

Stellantis despede 900 funcionários nos EUA e fecha fábricas no Canadá e México. Ações tombam 5%

A Stellantis anunciou que vai despedir temporariamente 900 trabalhadores nos EUA e suspender a produção em fábricas de montagem no México e no Canadá, numa reação às tarifas anunciadas ontem por Donald Trump.

Além de taxas mínimas globais de 10% - que podem ultrapassar os 40% para alguns países - avançaram ontem as tarifas de 25% dos EUA ao setor automóvel, que estão a ter forte impacto na indústria.

A empresa diz que vai "continuar a avaliar os efeitos de médio e longo prazo destas tarifas nas operações, mas decidiu tomar algumas ações imediatas", de acordo com uma carta do COO (chief operating officer) da Stellantis aos funcionários, citada pela Reuters.

A notícia surge depois de, ontem, a Stellantis, ter desvalorizado o impacto nas suas fábricas das tarifas de 25% sobre os carros importados pelos EUA, considerando ser "um problema norte-americano". "Em 2024 exportamos para a América do Norte menos de 20.000 automóveis de Itália. É evidente que não é um número muito elevado e que o problema é norte-americano, para México e Canadá", disse à Efe uma fonte do grupo em Itália.

As ações da Stellantis desvalorizam quase 5% a esta hora.

04.04.2025

"Yields" europeias continuam a registar grandes alívios. Juros alemães cedem mais de 9 pontos

Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão novamente a registar grandes alívios, numa altura em que os investidores reveem em alta as suas previsões para o número de cortes nas taxas de juro por parte do Banco Central Europeu (BCE), da Reserva Federal (Fed) norte-americana e, também, do Banco de Inglaterra (BoE). 

Estes movimentos acompanham uma queda generalizada nas "yields" do resto da Europa e dos EUA, depois de os juros da dívida norte-americana terem recuado abaixo do limiar dos 4% pela primeira vez desde outubro do ano passado.

As tarifas recíprocas de Donald Trump estão a introduzir mais obstáculos ao comércio global e a reduzir as projeções de crescimento económico numa série de países. Também o fantasma da inflação voltou a assolar os mercados, com os economistas a preverem que a introdução de taxas alfandegárias leve a um aumento dos preços.  

Neste contexto, os juros das "Bunds" alemãs a dez anos, que servem de referência para a região, recuam 9,1 pontos base para 2,558%. Por sua vez, as "yields" francesas com a mesma maturidade perdem 6,6 pontos para 3,310%, enquanto os juros italianos deslizam 5,7 pontos para 3,714%. 

Na Península Ibérica, as "yields" portuguesas cedem 6,1 pontos base para 3,122%, enquanto as espanholas aliviam 6 pontos para 3,242%.

Já fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica a dez anos registam uma queda de 11,6 pontos para 4,407%.
 

04.04.2025

Nissan reforça produção nos EUA e suspende venda de modelos feitos no México

O construtor automóvel japonês Nissan anunciou esta sexta-feira que está a rever a sua estratégia, para manter a produção nos Estados Unidos, na sequência das tarifas impostas na quinta-feira pelos EUA ao setor automóvel.

A empresa indica que a produção do modelo Nissan Rogue "será mantida na fábrica de Smyrna, no Tennessee [EUA], de forma a manter produção nos Estados Unidos, isento dos novos direitos aduaneiros".

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04.04.2025

Euro recua de máximos de seis meses com investidores a reajustarem posições

O euro está a perder algum terreno esta manhã, depois de na quinta-feira ter registado o maior crescimento diário em três anos, com os investidores a avaliarem o impacto das políticas comerciais de Donald Trump. O dólar consegue corrigir ligeiramente das perdas da sessão anterior, apesar de os investidores estarem a apostar em mais cortes nas taxas de juro por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana.

A esta hora, o euro recua de máximos de seis meses face à "nota verde",  deslizando 0,47% para 1,1000 dólares. Por sua vez, a divisa norte-americana recupera 0,14% para 146,27 ienes, enquanto a libra perde 0,72% para 1,3006 dólares. Já o dólar australiano e o neozelandês, mais sensíveis ao risco, estão a afundar esta manhã.

Os economistas apontam agora para um desacelerar da economia norte-americana e um recrudescimento da inflação. As previsões da Pictet Asset Management veem o crescimento do PIB dos EUA a diminuir em duas décimas, enquanto os preços devem aumentar em três pontos percentuais, face às expectativas anterior. "Isto pode não ser suficiente para arrastar a economia para uma recessão", explica a analista da gestora de ativos à Reuters.

Com um cenário de "estagflação" como pano de fundo, o dólar foi bastante pressionado na sessão de quinta-feira. Apesar de ser expectável que a divisa norte-americana valorize com a entrada de tarifas na economia, as contramedidas e estímulos orçamentais para apoiar as indústrias domésticas justificam esta reação "surpreendente", como explica Brij Khurana, gestor da Wellington Management.

04.04.2025

Tarifas "recíprocas" e decisão da OPEP+ provocam ondas de choque no petróleo. Brent recua 2%

As tarifas "recíprocas" de Donald Trump e a decisão da OPEP+ de aumentar a produção do petróleo mais rapidamente do que o esperado levaram à maior queda dos preços desde 2022. As duas medidas geraram ondas de choque das quais os mercados petrolíferos ainda não recuperaram.

Aliás, esta manhã, o petróleo continua a afundar. O barril do Bent, negociado em Londres e que serve de referência para a Europa, caía 2% para 68,74 dólares, enquanto o norte-americano West Texas Intermediate recuava 2,02% para 65,60 dólares. 

Embora a queda dos preços do petróleo possa aliviar as pressões inflacionistas para os bancos centrais – e isso possa ser uma vitória para Donald Trump, que tem criticado os elevados preços do petróleo , esta inversão nos preços sinaliza uma preocupação generalizada com as perspetivas de crescimento da economia global.

"O cocktail pessimista perfeito foi misturado em Washington e em Viena", diz à Bloomberg Tamas Varga, analista da corretora PVM Oil Associates Ltd. "As tarifas recíprocas sobre praticamente todos os parceiros comerciais importantes dos Estados Unidos aumentam justificadamente os receios de recessão e possivelmente de estagflação. O crescimento económico e da procura de petróleo é impactado negativamente".

04.04.2025

Ouro continua a perder terreno com tomada de mais-valias

A onça de ouro continua a desvalorizar esta sexta-feira, numa altura em que os investidores aproveitam os mais recentes recordes para procederem à tomada de mais-valias e redirecionam as suas atenções para os juros da dívida. Com as tarifas reveladas, os mercados podem já fazer contas à vida e avaliar o impacto que a política protecionista de Donald Trump vai ter na economia global.

A esta hora, o ouro (spot) recua 0,65% para 3.095,19 dólares. Apesar da desvalorização das últimas sessões, o metal dourado prepara-se para fechar a semana com um saldo positivo, tendo chegado a tocar pela primeira vez nos 3.167,57 dólares na quinta-feira. Foi o terceiro recorde desta semana.

"O ouro tende a valorizar em períodos de incerteza – como no início de uma guerra -, mas tende a perder alguma força assim que o mercado começa a conseguir avaliar os riscos envolvidos", explica Ilya Spivak, analista da Tastylive, à Reuters. "A administração Trump parece ter escolhido um caminho e, apesar de os mercados claramente não gostarem das suas opções, pelo menos este está mais visível", conclui.

As atenções do mercado viram-se agora para o discurso de Jerome Powell, presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana, desta sexta-feira, que promete dar algumas pistas sobre o futuro económico e monetário dos EUA. Os investidores também vão ter a oportunidade de "medir o pulso" ao mercado laboral, com os dados da criação de emprego a serem divulgados também esta sexta-feira.

Na quarta-feira, o Presidente norte-americano revelou o seu plano comercial para os próximos tempos, que prevê a imposição de uma taxa fixa de 10% sobre todos os produtos importados pelos EUA e tarifas recíprocas variáveis para uma série dos seus principais parceiros comerciais. Espera-se que o impacto económico desta política leve a um aumento do número de cortes nas taxas de juro até ao final do ano.

04.04.2025

"Sell-off" não conhece travões. Japão em "bear market" e Europa no vermelho

As bolsas mundiais continuam em modo "sell-off", numa altura em que os investidores continuam a reduzir a sua exposição ao risco com as tarifas de Donald Trump a ameaçarem o crescimento económico e a trazerem de volta o fantasma da inflação. As principais praças asiáticas foram atiradas para mínimos de dois meses esta sexta-feira, enquanto a Europa e os EUA apontam para aberturas no vermelho, depois de na sessão anterior os mercados norte-americanos terem deixado fugir 2,5 biliões de dólares.

As atenções focam-se agora no discurso do presidente da Reserva Federal (Fed) dos EUA, Jerome Powell, esta sexta-feira, que deve dar algumas pistas sobre o futuro económico e monetário do país, num cenário de grande incerteza e em que o "excecionalismo norte-americano" está a ser posto em causa. "Espero que a mensagem que o mercado acionista está a dar a esta administração esteja a ser ouvida", apela Ed Yardeni, presidente da Yardeni Research, à Bloomberg.

Pela Ásia, as praças japonesas encabeçaram as quedas, com o Nikkei 225 e o Topix a afundarem 3,04% e 5,09%, respetivamente. A economia nipónica está bastante exposta ao mercado dos EUA e a administração Trump introduziu tarifas recíprocas ao país de 24%. O primeiro-ministro da nação asiática estima que estas taxas aduaneiras levem o Japão a uma recessão, com o PIB a recuar 0,6% este ano, depois de ter conseguido crescer apenas 0,1% em 2024.

As mais recentes desvalorizações levaram o Nikkei 225 a entrar em "bear market", ou seja, a perder mais de 20% dos seu valor desde os máximos atingidos em julho do ano passado. 

A Austrália entrou em território de correção, com o S&P/ASX 200 a cair mais de 2,4%, enquanto o sul-coreano Kospi registou perdas menos significativas do que os seus pares asiáticos. O "benchmark" da negociação derrapou 1,78%, numa altura em que o país se prepara para escolher o seu novo Presidente, depois de o Tribunal Constitucional ter confirmado a destituição ("impeachment") de Yoon Suk-yeol do cargo.

Pela China, o "sell-off" foi interrompido apenas porque os mercados estiveram encerrados, devido às celebrações do Ching Ming (dia dos mortes chinês).

Por sua vez, a Europa aponta para uma abertura em baixa, embora mais comedida do que a registada na sessão anterior, numa reação inicial às tarifas norte-americanas. O Euro Stoxx 50 aponta para uma perda de 0,5%, depois de as ações da região terem registado o pior dia desde agosto do ano passado.  

Notícia atualizada com a informação de que o Nikkei 225 entrou em "bear market"

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