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Pharol já avançou com processos contra três ex-gestores da PT

A Pharol avançou esta sexta-feira com um processo contra Henrique Granadeiro, Pacheco de Melo e Amílcar Morais Pires. A Deloitte e Zeinal Bava também estarão na lista de futuras acções judiciais.

02 de Outubro de 2015 às 19:37
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Os processos contra três ex-gestores da PT deram esta quinta-feira, 2 de Outubro, entrada no tribunal. Henrique Granadeiro (ex-CEO da PT SGPS), Luís Pacheco de Melo (ex-administrador financeiro da PT) e Amílcar Morais Pires (ex-administrador da PT em representação do BES) foram os primeiros visados.

A informação foi divulgada pela Pharol (ex-PT SGPS) esta sexta-feira em comunicado enviado à CMVM.

 

"A Pharol informa que deu hoje entrada no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa a primeira acção de responsabilidade, proposta em execução da deliberação de 31 de Julho de 2015, contra os ex-administradores Senhores Dr. Henrique Manuel Fusco Granadeiro, Eng. Luís Pacheco de Melo e Dr. Amílcar Morais Pires", lê-se no documento.

 

"Nesta acção é peticionada indemnização correspondente à diferença entre o valor 897 milhões de euros e aquele que a Pharol vier a receber no âmbito do processo de insolvência da Rioforte, bem como os demais danos que se vierem a apurar, tudo a liquidar ulteriormente e acrescido dos juros de mora vincendos, contabilizados desde a data da citação até efectivo e integral pagamento", detalha.

 

O objectivo destas acções judiciais passa por tentar ressarcir a empresa através do pedido de indemnizações, devido ao investimento na Rioforte, empresa do GES, que provocou um "buraco" de 900 milhões de euros na empresa.

Além deste processo contra Henrique Granadeiro, Pacheco de Melo e Amílcar Morais Pires, a Pharol deverá também avançar com outros contra Zeinal Bava e contra a Deloitte, ex-auditora das contas.

De acordo com o comunicado, "não fica prejudicado o direito de a Pharol vir a responsabilizar outros administradores eleitos para o triénio 2012/2014 ou terceiros - nomeadamente a Deloitte, como já oportunamente anunciado – que, de alguma forma, tenham tido responsabilidade por danos causados à Pharol em consequência e/ou relacionados com investimentos na Rioforte ou instrumentos de dívida emitidos por entidades integrantes do Grupo Espírito Santo".

Os processos contra os ex-gestores foram aprovados por 99,9% dos votos dos accionistas da Pharol presentes na assembleia no dia 31 de Julho.

 

Durante a assembleia geral, o advogado de Henrique Granadeiro, Nuno Líbano Monteiro, tentou suspender a reunião alegando que o "board" da Pharol não tinha fornecido informações suficientes.

 

Um pedido que não foi atendido e levou, mais tarde, o ex-CEO da PT SGPS a avançar com uma acção judicial contra a Pharol que visa anular estes resultados.

Além da Deloitte e dos quatro ex-gestores da PT, a lista de processos poderá vir a ter mais nomes e até pode vir a incluir o BES e o Novo Banco. Como sublinhou Palha da Silva no final da última assembleia, "é uma questão que estará sempre em aberto, enquanto não estiverem prescritos os prazos que temos para indicar responsáveis por quaisquer actos que tenham prejudicado as empresas".

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