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Palha da Silva: "Começa a haver resultados" nas negociações com a Unitel
Luís Palha da Silva sublinha que "começa a haver resultadas" das conversações entre a Oi e a Unitel. Quanto à eventual fusão entre a Oi e a TIM, o gestor afirma apenas que “é uma das oportunidades que está a ser estudada” e "suportamos totalmente o conselho e a direcção executiva da Oi na procura dessas soluções".
O presidente da administração da Pharol, Luís Palha da Silva, sublinhou que a empresa apoia "totalmente os eixos estratégicos que a Oi tem definido para o seu desenvolvimento", disse no final da assembleia-geral de accionistas para deliberar o programa de compra e venda de acções que decorreu esta quarta-feira, 4 de Novembro.
Tendo em conta que um desses eixos é "o reforço do seu balanço", "passa por vender actividades e activos que são menos importantes para o desenvolvimento da Oi. A Unitel é um deles", frisou.
Questionado sobre as recentes notícias sobre um eventual acordo entre a Oi e a Unitel para a operadora brasileira vender a sua participação de 25% na empresa de telecomunicações angolana, por 1,2 mil milhões de euros, comentou apenas que "também ouvimos essas informações".
Palha da Silva adiantou ainda que "começa a haver alguns resultados dessas conversas", acrescentado que "estamos na expectativa, mas obviamente ficaríamos muito satisfeitos se for possível".
Quanto à expectativa de receber parte dos dividendos em falta pela Unitel, o "chairman" da ex-PT SGPS escusou-se a fazer comentários: "É uma negociação cujos pormenores eu não vou esmiuçar. O processo está a ser conduzido pela nossa participada Oi e fá-lo com toda a competência e nós louvamos o que eles conseguirem resolver".
O braço-de-ferro entre a Oi e Unitel em torno da venda desta participação, herdade pela PT através da PT Ventures, é antigo, tendo gerado até processos em tribunal.
O conflito começou em Setembro de 2014, quando a operadora brasileira anunciou que queria alienar a participação de 25% que detém na Unitel, através da Africatel – veículo que passou para as mãos da brasileira no âmbito da combinação de negócios com a PT e detido em 75% pela Oi.
No que toca à eventual fusão da Oi com a TIM, lembrou que outro dos eixos estratégicos da Oi passa por participar activamente num processo de consolidação no Brasil. E "é isso que a Oi está a fazer. Essa potencial operação com a TIM é uma das oportunidades que está a ser estudada e nós obviamente suportamos totalmente o conselho de administração e a direcção executiva da Oi na procura dessas soluções".
A operadora, onde a Pharol tem uma participação de 27,2%, assinou na quinta-feira passada, um acordo de exclusividade com o fundo Letter One para potenciar uma possível combinação de negócios no sector das telecomunicações do Brasil. O fundo compromete-se a injectar até 4 mil milhões de dólares (3,6 mil milhões de euros) na Oi, caso a operadora avance com uma eventual fusão com a TIM.
Uma operação que a operadora brasileira espera concluir em breve. De acordo com o mesmo site de informação brasileiro, que cita uma fonte ligada à operação, a Oi pretende entregar uma proposta à Telecom Italia, dona da TIM, "idealmente, dentro de dois meses".