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Pharol não exclui processo contra Zeinal Bava

O presidente da administração da Pharol, Luís Palha da Silva, prefere não avançar com muito mais pormenores sobre os processos contra ex-gestores da PT. No entanto, não exclui a hipótese de avançar com uma acção judicial contra Zeinal Bava.

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Luís Palha da Silva, presidente da administração da Pharol, não coloca de parte a hipótese de avançar com um processo contra Zeinal Bava, ex-CEO da PT e da Oi, no âmbito das acções contra os ex-gestores da operadora.

Questionado sobre a razão porque Zeinal Bava não tinha sido incluído na primeira ronda de processos, o responsável explicou que "nem tudo tem que ter uma explicação quanto ao tempo, e nem todos os processos contra um administrador têm de ser replicados contra outros administradores", disse no final da assembleia para deliberar o programa de compra de acções que decorreu esta quarta-feira, 4 de Novembro.

Palha da Silva sublinhou que "essa decisão não está tomada no conselho de administração sobre a pessoa em concreto que referiu [Zeinal Bava], embora não seja de excluir", adiantou.

O "chairman" da ex-PT SGPS referiu ainda que "não temos nenhum calendário para que isso possa acontecer de imediato. Portanto, não posso adiantar informações nenhumas sobre processos que obviamente por razões como calculam têm elevada sensibilidade. Quando houver alguma decisão cá estaremos para comunicar como sempre fizemos", acrescentou.

No ínico de Outubro a Pharol avançou com um processo contra três ex-administradores da PT no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa. Henrique Granadeiro (ex-CEO da PT SGPS), Luís Pacheco de Melo (ex-administrador financeiro da PT) e Amílcar Morais Pires (ex-administrador da PT em representação do BES) foram os primeiros visados.

O objectivo desta acção judicial, que inclui estes três nomes, passa por tentar ressarcir a empresa através do pedido de indemnizações devido ao investimento na Rioforte que levou a um "buraco" de 900 milhões de euros na empresa.

Quanto à eventual recuperação de parte desta dívida, Palha da Silva confessa que "a nós anima-nos não apenas o dever fiduciário de responsabilizar em nomes dos nossos accionistas quem eventualmente tenha praticado actos de gestão que consideramos menos correctos, mas também, obviamente, a possibilidade que os accionistas e a empresa possam ser ressarcidos dos prejuízos causados. Portanto, qualquer processo que levantemos terá sempre essas duas motivações presentes".

No que toca à realização de uma nova assembleia-geral para aprovar novos nomes para outros processos judiciais, caso o eventual prazo da última autorização dos accionistas se esgote, o presidente da administração da Pharol comentou apenas que "já marcámos uma assembleia-geral para outras pessoas, não vou comentar ninguém em particular mais uma vez. Mas a resposta é que quando se trata de órgãos sociais é de facto necessário uma autorização. As autorizações têm seis meses por isso acaba por ser óbvio".

Sobre o processo contra a Deloitte e eventuais datas da entrada desta acção contra a auditora em tribunal do Palha da Silva preferiu não avançar com detalhes: "Não vamos dar informação. Quando tivermos que pôr algum processo, no dia em que isso acontecer junto das instâncias devidas, faremos a comunicação oficial que sempre fazemos", concluiu.



(Notícia actualizada às 15H06)

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