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Alberto da Ponte admite que falha de financiamento da RTP leve a um despedimento colectivo

A falha de financiamento da RTP para a reestruturação do grupo público pode levar a "soluções mais dolorosas, incluindo despedimento colectivo", assumiu esta quarta-feira, 12 de Fevereiro, o presidente do grupo Alberto da Ponte.

Tiago Sousa Dias/Correio da Manhã
12 de Fevereiro de 2014 às 11:36
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Na comissão de Ética, Cidadania e Comunicação, Alberto da Ponte assumiu: "à medida que o financiamento vai faltando e à medida que o tempo vai correndo para cumprir o orçamento, temos de encarar soluções que possam vir a ser mais dolorosas, incluindo despedimento colectivo", declarou, acrescentando que "poderá ser evitado com financiamento atempado e com o diálogo que estamos a ter". Ainda assim falou, primeiro, da redução de custos de grelha.

 

Alberto da Ponte assumiu que lançou um novo programa de saídas voluntárias, noticiado esta quarta-feira, 12 de Fevereiro, pelo "Diário Económico". "Foi lançado para dar oportunidade de o fazer com menor custo social possível". O presidente da RTP voltou a referir que "há trabalhadores a mais nalguns sectores e há a menos noutros", mas garantiu: "não é um programa de reestruturação cega, tem forçosamente de reduzir custos com pessoal se é à custa de menos trabalhadores, menos regalias, trata-se de um bolo que funciona em sistema de vasos comunicantes e assim continuará a ser".

 

O presidente da RTP voltou a reafirmar que existe dinheiro para pagar salários na RTP, todo este ano, mas "o que pode acontecer se não tivermos dinheiro para a reestruturação é que tenhamos de sacrificar na grelha e qualidade dos programas, e defraudar o cidadão que paga CAV (contribuição do audiovisual), mas não deixaremos de cumprir a obrigação com trabalhadores".

 

Alberto da Ponte concretizou que "temos que reduzir custos para acomodar as receitas previsíveis neste momento de 203/204 milhões euros líquidos". A redução de custos com pessoal este ano deve atingir 23 milhões de euros.

 

Já na terça-feira, 11 de Fevereiro, o ministro-adjunto, Miguel Poiares Maduro, falou da dificuldade da RTP em conseguir financiamento bancário para avançar com o plano de reestruturação. Quinta-feira, 13 de Fevereiro, haverá uma reunião da RTP com a secretaria de Estado do Tesouro, reunião que esteve marcada para terça-feira, mas foi adiada.

 

Alberto da Ponte salientou que o empréstimo se destina ao programa de reestruturação, mas também ao investimento na modernização do grupo. 

 

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