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Administração do Dia alerta para risco de insolvência já em maio
A administração do Dia, que em Portugal detém os supermercados Minipreço, alertou esta terça-feira para o risco potencial de declaração de insolvência já em maio. As vendas comparáveis do grupo caíram 4,3% no primeiro trimestre.
A administração do Dia, que em Portugal detém os supermercados Minipreço, alertou esta terça-feira para o risco potencial de declaração de insolvência já a 20 de maio. O aviso consta da declaração da empresa face à Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pelo fundo LetterOne, do milionário russo Mikhail Fridman, principal acionista do grupo espanhol de retalho. Apesar de todas estas reservas, a administração pronuncia-se favoravelmente face à oferta.
A administração liderada por Borja de la Cierva reitera que a oferta não assegura a viabilidade da empresa, apesar de reconhecer que, após a rejeição do aumento de capital de 600 milhões de euros proposto pela atual administração, a única solução para o Dia é a "execução do plano de resgate do LetterOne".
E, destaca a administração, a atual situação de capital próprio negativo da empresa terá de ser solucionada no prazo de dois meses após a assembleia-geral de acionistas, ou seja, até 20 de maio.
O atual acordo com o sindicato bancário credor, permite que este possa declarar a dívida, que formalmente vence a 31 de maio, vencida antecipadamente a 30 de Abril como consequência da inexistência de um aumento de capital de 600 milhões de euros – negociado pela atual direção – ou de outro instrumento equivalente que satisfaça os credores.
Adicionalmente, a 22 de julho vence uma emissão obrigacionista de 306 milhões de euros, sublinha a equipa liderada por Borja de la Cierva.
No documento, é revelado também que a situação do Dia continua a deteriorar-se, tendo as vendas comparáveis caído 4,3% no primeiro trimestre, tendo a queda sido de 4,4% em Espanha, segundo dados preliminares.
A administração destaca também que em caso de insucesso da OPA não existe nenhuma alternativa prevista.
As condições para o sucesso da OPA são a aceitação de pelo menos metade do capital sobre o qual incide, ou seja, 35,499% das ações do Dia, garantindo o controlo de 64,5% do grupo. Mas o plano de resgate traçado por Fridman implica também que haja um acordo com os bancos credores e o aumento de capital de 500 milhões de euros.