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Administração do Dia diz que OPA coloca empresa em risco de falência

O conselho de administração do Dia considera que a OPA lançada pelo milionário russo Mikhail Fridman deixa a empresa mais perto da insolvência.

Bloomberg
Negócios 04 de Março de 2019 às 12:45
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O conselho de administração do Dia considera que a OPA lançada pelo milionário russo Mikhail Fridman deixa a empresa mais perto "de uma reestruturação financeira completa, da insolvência ou da dissolução".

Na apreciação à proposta da L1 Retail, divisão de comércio a retalho da LetterOne, de Fridman, a administração liderada por Borja de la Cierva reitera aos acionistas que o seu plano estratégico é o "único viável" para o futuro da empresa, que em Portugal detém os supermercados Minipreço.

A administração alega que o plano apresentado pela LetterOne, maior acionista do grupo com 29% do capital, "não proporciona soluções eficazes e executáveis no imediato".

Entre os aspetos criticados estão a falta de um acordo com os credores bancários para o aumento de capital de 500 milhões de euros proposto por Fridman. Pelo contrário, sublinha, o plano da administração de aumentar o capital em 600 milhões já tem a concordância das instituições financeiras.

O risco de insolvência decorre, defende a administração, da possibilidade de os acionistas rejeitarem o plano estratégico delineado pela atual liderança da empresa e a OPA lançada por Fridman não lhe garantir o controlo sobre o Dia. Nesse cenário, refere, poderá não haver nenhuma alternativa viável que não seja a reestruturação financeira completa, a insolvência ou a dissolução.

A proposta de Fridman, prossegue a administração, também não responde a algumas questões, nomeadamente os vencimentos de dívida a 31 de maio próximo, por ausência de um aumento de capital e de um acordo com os credores.

Existe ainda o risco de a OPA não estar concluída em julho, data em que o Dia terá de reembolsar 306 milhões de euros em obrigações.

Apesar das críticas, a administração diz-se disposta a continuar a trabalhar com o maior acionista para "colaborar e alcançar uma solução viável a longo prazo para a empresa".

O Dia registou 352,6 milhões de euros de prejuízo em 2018, entrando em falência técnica. O grupo regista 166 milhões de euros de capitais próprios negativos e uma dívida de 1.452 milhões de euros.

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