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Luís Amaral recusa vender participação no Dia

O empresário português Luís Amaral, que detém 2% do capital do Dia, indicou esta quarta-feira que não irá vender a sua participação na dona do Minipreço no âmbito da OPA lançada pelo milionário russo Mikhail Fridman.

Bruno Simão/Negócios
10 de Abril de 2019 às 13:10
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O empresário português Luís Amaral, que detém 2% do capital do Dia, indicou esta quarta-feira, 10 de abril, que não irá vender a sua participação na dona do Minipreço no âmbito da OPA lançada pelo milionário russo Mikhail Fridman, segundo um comunicado da Western Gate, sociedade de investimento detida por Luís Amaral.

A Western Gate reitera que o preço de 0,67 euros por ação oferecido pela LetterOne, controlada por Fridman e maior acionista do grupo de retalho espanhol, "não reflete" o valor da empresa. A reação surge um dia após o conselho de administração do Dia ter apoiado por unanimidade a OPA, apesar de colocar reservas.

E Luís Amaral, que é CEO do grupo Eurocash, insta os restantes acionistas do Dia a recusarem a oferta, referindo que, caso esta fracasse, poderão ser beneficiados no médio prazo com uma "melhoria considerável" do valor das ações, estimando que este poderá situar-se entre os 1,53 e os 3,25 euros.

Apesar da aprovação da OPA na terça-feira, a administração liderada por Borja de la Cierva reitera que a oferta não assegura a viabilidade da empresa, apesar de reconhecer que, após a rejeição do aumento de capital de 600 milhões de euros proposto pela atual administração, a única solução para o Dia é a "execução do plano de resgate do LetterOne".

Contudo, a proposta implica várias condições, frisa a administração. Em primeiro lugar, que a OPA seja bem sucedida, mas também que o oferente chegue a acordo com os bancos credores e que o aumento de capital de 500 milhões de euros seja realizado.

E, destaca a administração, a atual situação de capital próprio negativo da empresa terá de ser solucionada no prazo de dois meses após a assembleia-geral de acionistas, ou seja, até 20 de maio, sob pena de ter de pedir insolvência ou requerer proteção contra credores.

O atual acordo com o sindicato bancário credor permite que este possa declarar a dívida, que formalmente vence a 31 de maio, vencida antecipadamente a 30 de Abril como consequência da inexistência de um aumento de capital de 600 milhões de euros – negociado pela atual direção – ou de outro instrumento equivalente que satisfaça os credores.

Adicionalmente, a 22 de julho vence uma emissão obrigacionista de 306 milhões de euros, sublinha a equipa liderada por Borja de la Cierva.

A administração destaca também que em caso de insucesso da OPA não existe nenhuma alternativa prevista.

As condições para o sucesso da OPA são a aceitação de pelo menos metade do capital sobre o qual incide, ou seja, 35,499% das ações do Dia, garantindo o controlo de 64,5% do grupo. Mas o plano de resgate traçado por Fridman implica também que haja um acordo com os bancos credores e o aumento de capital de 500 milhões de euros.

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