Notícia
Compra do grupo Dia dependente do regulador dos mercados
O milionário russo que lançou uma OPA sobre o Dia quer que a operação possa avançar sem a existência de uma aceitação mínima por parte dos acionistas, medida que tem de ser autorizada pela CNMV.
06 de Maio de 2019 às 11:59
A concretização da oferta pública de aquisição (OPA) lançada por Mikhail Fridman sobre o grupo Dia está dependente do regulador do mercado de valores mobiliários espanhol (a CNMV). O LetterOne, fundo através do qual o milionário russo lançou a oferta, quer que a operação possa avançar sem a existência de uma aceitação mínima por parte dos acionistas, uma medida que necessita da autorização da CNMV.
Quando foi lançada, a OPA previa que só poderia ser concretizada se fosse aceite por, pelo menos, metade dos acionistas detentores das ações alvo da operação (ou seja, cerca de 35% do capital total do Dia, já que a OPA é dirigida a 70% do capital da grupo). Posteriormente, reduziu este limite para 21% do total de ações do Dia. Agora, quer eliminar por completo qualquer percentagem.
"O LetterOne assumiu eliminar por completo a condição do nível de aceitação mínimo a que estava sujeita a oferta e solicitou a autorização correspondente", comunicou a CNMV. Se aceitar este pedido, o regulador espanhol reconhece que os 67 cêntimos por ação oferecidos pelo fundo são um "preço justo". Isto, por sua vez, implicará alterar o prospeto da oferta, uma vez que, no documento original, o LetterOne indicava que poderia propor qualquer preço, desde que a oferta fosse aceite por metade do capital a que se dirigia.
A justificar o pedido do milionário russo está a situação financeira do Dia, atualmente em falência técnica. Sem a OPA, o grupo de retalho espanhol não terá direito à injeção de capital de 500 milhões de euros, um compromisso assumido pelo LetterOne mas que só se concretizará caso a OPA avance.
O jornal espanhol Cinco Días indica que a CNMV deverá decidir se aceita este pedido ainda esta segunda-feira, 6 de maio.
Quando foi lançada, a OPA previa que só poderia ser concretizada se fosse aceite por, pelo menos, metade dos acionistas detentores das ações alvo da operação (ou seja, cerca de 35% do capital total do Dia, já que a OPA é dirigida a 70% do capital da grupo). Posteriormente, reduziu este limite para 21% do total de ações do Dia. Agora, quer eliminar por completo qualquer percentagem.
A justificar o pedido do milionário russo está a situação financeira do Dia, atualmente em falência técnica. Sem a OPA, o grupo de retalho espanhol não terá direito à injeção de capital de 500 milhões de euros, um compromisso assumido pelo LetterOne mas que só se concretizará caso a OPA avance.
O jornal espanhol Cinco Días indica que a CNMV deverá decidir se aceita este pedido ainda esta segunda-feira, 6 de maio.