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Dona do Minipreço contrata PwC para vender lojas e reduzir despedimentos em Espanha
A cadeia espanhola DIA planeia diminuir ao máximo o número de despedimentos através da venda das lojas que pretendia encerrar, tendo pedido ajuda à PwC para dar seguimento ao processo.
A Distribuidora Internacional de Alimentación (DIA), que é dona do Minipreço, já assumiu que terá de eliminar 2.100 postos de trabalho em Espanha, para contrariar a situação de aperto financeiro da empresa. Contudo, pede agora ajuda à consultora Price Waterhouse Coopers (PwC) para que o número de despedimentos possa ser reduzido ao máximo, através da venda de lojas.
Esta sexta-feira, a cadeia de supermercados vai reunir com os respetivos sindicatos de trabalhadores – Fetico, CCOO e UGT – e, nela, pretende apresentar os dados reunidos com o apoio da PwC no sentido de reduzir o impacto na força laboral ao mínimo sustentável. A consultora fica encarregada de encontrar compradores para o maior número de lojas possível entre as 300 que estão atualmente à venda e que, portanto, se previa que fechassem este ano.
A maioria dos funcionários em risco de terminar o vínculo laboral com a cadeia espanhola são aqueles que trabalham nas lojas à venda. Para além de diminuir o número de despedimentos, esta medida terá a vantagem de arrecadar o máximo de fundos possíveis para a cadeia.
Aos compradores, dar-se-á a hipótese de comprar estabelecimentos no seu todo ou parte dos mesmos. A escolha da consultora vem na sequência de um outro trabalho, ainda a decorrer, também a pedido da DIA. A PwC também tem em mãos uma tarefa semelhante para o negócio cash&carry Max Descuento, com o qual pretende angariar 50 milhões de euros. Os contactos já estabelecidos com alguns grupos industriais serão aproveitados para propor a venda de lojas da DIA. As perfumarias Clarel são outro negócio da DIA que está à venda e com o qual a cadeia pretende arrecadar entre 100 e 150 milhões até ao final do ano.
O futuro da cadeia espanhola está agora não só dependente dos processos de venda, como também das ofertas públicas que tem em vista. Mikhail Fridman, que detém atualmente 29% do capital do Dia através do fundo Letterone, lançou uma OPA sobre a totalidade do capital da retalhista, oferecendo 0,67 euros por ação, o que representou no dia do seu lançamento, um prémio de 56%. Depois da oferta pública lançada por Mikhail Fridman, há outros interessados nestes ativos. O Expansión nomeia três dos maiores grupos de distribuição da Europa: o francês Carrefour, o alemão Lidl e a portuguesa Sonae.
Esta quarta-feira, as ações estão a cair 1,76% para os 62,42 cêntimos, depois de três sessões em queda.