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Regulador espanhol facilita aumento de capital do Dia em 500 milhões
A Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV), regulador espanhol dos mercados, aceitou a alteração da oferta pública de aquisição (OPA) lançada pelo milionário russo Mikhail Fridman sobre o grupo de retalho Dia, deixando a oferta de estar sujeita a um limite mínimo de aceitação. Esta alteração permite o aumento de capital da empresa em 500 milhões de euros desde que seja alcançado um acordo com a banca.
A Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV), regulador espanhol dos mercados, aceitou esta segunda-feira a alteração da oferta pública de aquisição (OPA) lançada pelo milionário russo Mikhail Fridman sobre o grupo de retalho Dia, deixando a oferta de estar sujeita a um limite mínimo de aceitação e tendo o prazo sido alargado até 13 de maio. Desta forma, o aumento de capital de 500 milhões de euros previsto por Friedman depende apenas de um acordo com os credores bancários.
O regulador espanhol autorizou a alteração solicitada esta segunda-feira pelo LetterOne, fundo de investimento de Fridman e principal acionista da dona dos supermercados Minipreço, com uma participação de 29%.
A CNMV refere que a eliminação do limite mínimo de aceitação da oferta, que era inicialmente de cerca de 35% do capital do Dia e posteriormente foi reduzido para 21%, permite aos acionistas "decidir livremente aceitar ou não a oferta sem ter que considerar qual possa ser a decisão dos outros acionistas e o seu efeito sobre o resultado da OPA".
A CNMV considera ainda que "o Dia se encontra de forma demonstrável em sérias dificuldades financeiras (…) e esta alteração está directamente relacionada com o objetivo de favorecer o saneamento da empresa". O preço oferecido, de 67 cêntimos por ação, é considerado um "preço justo". O prazo para a OPA foi alargado de 6 de maio para 13 de maio. Inicialmente, a oferta vigorava até 23 de abril, tendo esse prazo sido alargado, primeiro para 30 de abril e, posteriormente, para 6 de maio.
A eliminação do limite mínimo de aceitação para que a OPA seja bem sucedida deve-se à difícil situação financeira do Dia, que se encontra em falência técnica. Sem a OPA, o grupo de retalho espanhol não teria direito à injeção de capital de 500 milhões de euros, um compromisso assumido pelo LetterOne mas que só se concretizaria caso a OPA fosse bem sucedida.
As ações do Dia fecharam a sessão subir 3,22% para 0,64 euros.