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Fridman fica com mais de 69% do grupo Dia mas ainda falta "ok" do Santander
Antes da oferta pública de aquisição (OPA), a LetterOne detinha 29,36% do grupo Dia, dono do Minipreço em Portugal. Ainda fica a faltar o "ok" do Santander para avançar com o aumento de capital de 500 milhões de euros.
A LetterOne passou a ser acionista maioritária do grupo Dia depois da oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela entidade controlada pelo investidor russo Mikhail Fridman à empresa. O anúncio foi feito esta sexta-feira, 17 de maio, ao regulador do mercado espanhol, a CNMV.
De acordo com um comunicado enviado pela LetterOne, e citado pelo jornal espanhol Expansión, a empresa passou a deter 69,76% do grupo Dia, dono do Minipreço em Portugal. Antes da operação, esta participação era de 29,36%.
Esta operação acontece numa altura em que as vendas do grupo têm vindo a cair nos últimos anos, passando de 9.000 milhões de euros em 2015 para 7.288 milhões em 2018. Esta quebra deve-se, entre outros fatores, ao aumento da concorrência em Espanha, onde passou da segunda para a terceira posição em termos de quota de mercado.
A administração do Dia alertou em abril para o risco potencial de declaração de insolvência já a 20 de maio. Adicionalmente, a 22 de julho vence uma emissão obrigacionista de 306 milhões de euros.
Falta "ok" do Santander
Além do sucesso da OPA, a oferta do agora maior acionista da empresa exige ainda que seja alcançado um acordo com todos os bancos. Só assim avançará com um aumento de capital de 500 milhões para afastar a cadeia de supermercados do risco de falência técnica antes da próxima semana. Caso contrário, vai cair nas mãos dos bancos credores ou será liquidada.
Mas ainda falta chegar a acordo com uma das instituições financeiras. De acordo com o Expansión, a LetterOne diz ter chegado a acordo com 16 dos 17 bancos. Embora não avance qual é a instituição financeira, fontes próximas do processo avançaram ao jornal espanhol El Economista que esta entidade deverá ser o Santander.