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Maior accionista da dona do Minipreço contra plano de aumento de capital

O maior accionista do Dia, dono do Minipreço, considera que os planos do conselho de administração são insuficientes para resolver os problemas da empresa. Os seus representantes no conselho renunciaram ontem aos seus cargos.

19 de Dezembro de 2018 às 11:04
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Há uma guerra aberta no seio do Dia. O maior accionista da retalhista espanhola, o fundo Letterone, detido pelo magnata russo Mijail Fridman, está contra os planos do conselho de administração da empresa, que passam por um aumento de capital de 600 milhões de euros. O responsável considera o plano insuficiente para fazer face aos problemas que estão a pressionar a empresa.

 

Assim, os representantes do fundo, que detém 29% do capital do Dia, renunciaram ontem aos cargos que ocupavam para "centrar os seus esforços no trabalho de Letterone no processo de desenho e elaboração de um plano de sustentabilidade de longo prazo para a empresa", de acordo com um comunicado emitido e citado pelo Expansión.

 

O maior accionista da cadeia de supermercados, que em Portugal detém a marca Minipreço, está contra o plano elaborado. Considera que é preciso um plano de negócio viável com "importantes investimentos para revitalizar a empresa", realça o jornal espanhol. E o plano do conselho de administração não incorpora esta questão.

 

Além disso, o fundo de investimento considera que o Dia precisa de um "financiamento completo", que consiga dar à empresa mais capital e um prazo de maturidade da dívida mais alargado, de forma a conseguir implementar um programa de recuperação da empresa.

 

O Dia está a realizar uma operação para aumentar o capital no valor de 600 milhões de euros, com a garantia do Morgan Stanley. Letterone considera que este montante é insuficiente.

 

O jornal espanhol Cinco Días adianta que o empresário russo está a ponderar avançar com uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre a retalhista. Isto porque há fontes do mercado que consideram que o fundo teria custos elevados com o aumento de capital face ao lançamento de uma OPA. Ora para não perder peso na estrutura accionista, o fundo teria de investir 174 milhões de euros. Já o lançamento de uma OPA custaria, para ficar com os 100% do capital, cerca de 180 milhões.

 

O Cinco Días diz que o Letterone está assim a ponderar lançar um OPA de forma a implementar um plano de recuperação da empresa que considera viável.  

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