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Oposição acusa Governo de "truques" nas contas do BPN, Governo nega ocultação

As contas do BPN entraram esta terça-feira na campanha, com a oposição a acusar o Governo de "truques" e "esquemas", e o líder do PSD e primeiro-ministro a negar que tenha havido qualquer tentativa de ocultação.

Bruno Simão/Negócios
29 de Setembro de 2015 às 19:56
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A Antena 1 noticiou hoje que a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, enquanto secretária de Estado do Tesouro, terá pedido à administração da Parvalorem que mexesse nas suas contas para que estas revelassem um cenário de perdas mais optimista do que o real, reduzindo os prejuízos reconhecidos em 2012.

 

Pedro Passos Coelho negou, em Cantanhede, Coimbra, que tenha havido ocultação de prejuízos do BPN no défice e alegou que, com o avançar da campanha eleitoral, há interesse em encontrar notícias incómodas para o Governo.

 

Numa acção em Setúbal, o secretário-geral do Partido Socialista, António Costa, declarou que o executivo foi apanhado "mais uma vez num truque" feito, disse, para "disfarçar as contas de 2012", e interrogou-se sobre quantos "truques" do Governo estarão ainda por descobrir.

 

"O tratamento estatístico, contabilístico, esta arte de substituir a verdade por esquemas não é novidade neste Governo. O problema não se resolve com o afastamento da ministra, resolve-se no dia 4 (de Outubro, domingo), com o afastamento dos partidos do Governo, que leve também a actual ministra. Isto não pode ser à peça", reagiu, por sua vez, o secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa, numa "arruada" na Parede, Cascais.

 

Já a porta-voz bloquista, Catarina Martins, disse, no final de uma visita a uma fábrica de calçado, em Santa Maria da Feira, que a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, "é tão de fiar nas suas contas como a contagem das emissões de gases da Volkswagen", afirmando que "as contas da Parvalorem foram marteladas".

 

Em relação à estimativa provisória de aumento do desemprego divulgada hoje, - segundo a qual a taxa de desemprego subiu 0,1 pontos percentuais em Agosto, face a Julho - o presidente do CDS-PP, Paulo Portas, preferiu realçar a descida em comparação com o ano passado e desde o início do resgate em detrimento da subida mensal para 12,4%.

 

Sobre este assunto, Catarina Martins acusou o Governo de ser o "recordista da destruição de emprego em Portugal", considerando que a taxa de desemprego "não reflecte a realidade", nomeadamente pela gigantesca emigração.

 

Numa iniciativa em Lisboa, o cabeça de lista do Livre/Tempo de Avançar, Rui Tavares, acusou a ministra das Finanças de "maquilhar as contas do BPN para que pesassem menos no défice", tendo vincado também que o Governo mente e tem as "contas maquilhadas" em relação à estimativa provisória do desemprego.

 

À margem dos números, os cenários pós dia das eleições também marcaram o dia, com Pedro Passos Coelho a defender que o normal é os resultados eleitorais terem consequências dentro dos partidos.

 

Por sua vez, a porta-voz do BE assumiu que a meta eleitoral para as legislativas é reforçar o grupo parlamentar e eleger mais deputados, sendo um bom resultado aquele que "permita novas soluções no país".

 

Na campanha entrou o ex-ministro socialista Jorge Coelho, que usou o nome da coligação PSD/CDS, 'Portugal à Frente', para manifestar a sua convicção que os portugueses não são "paf", porque têm memória e lembram-se das políticas de austeridade.

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