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Isabel dos Santos: Fusão entre o BCP e o BPI "devolve o sentimento de ambição" à banca portuguesa
Isabel dos Santos diz que a proposta de fusão que fez do BPI com o BCP "devolve o sentimento de ambição" ao sistema financeiro português.
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A Santoro propôs uma fusão entre o BCP e O BPI como resposta à oferta pública de aquisição (OPA) lançada pelos catalães do CaixaBank.
Com esta operação "estamos a devolver o sentimento da ambição ao sistema financeiro português. Enquanto a OPA anunciada por CaixaBank pressupõe uma integração ibérica, legítima à luz dos interesses de quem a faz mas afastada dos interesses do sistema financeiro português, a nossa proposta de fusão projecta um movimento de consolidação em Portugal" afirma o porta-voz de Isabel dos Santos numa nota enviada ao Negócios.
Isabel dos Santos, através do mesmo interlocutor, argumenta sobre os méritos da fusão. "Estamos a propor uma fusão que potencia muito mais valor para as instituições em causa e para a economia portuguesa do que a OPA. O nosso objectivo é a criação do maior banco privado com sede em Portugal e que terá presenças de referência em Angola e Moçambique e, também, na Polónia", adianta o porta-voz da empresária angolana.
A Santoro, detida pela empresária angolana, enviou na noite de segunda-feira, 2 de Março, uma carta aos presidentes executivos do CaixaBank, Gonzalo Górtazar, BPI, Fernando Ulrich, e BCP, Nuno Amado, onde propõe a fusão entre o BPI e o BCP.
A carta foi hoje tornada pública pelo BPI num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). O BCP, num comunicado também colocado no site do regulador de mercado já demonstrou "disponibilidade" para analisar esta operação.
Isabel dos Santos, na referida carta, mostra-se contra a oferta pública de aquisição (OPA) lançada pelo CaixaBank sobre o BPI e propõe, como alternativa, uma fusão entre o BPI e o BCP.
A Santoro detém 18,6% do BPI enquanto o CaixaBank possui uma posição de 44,1% e pretende, com a OPA, ter o controlo maioritário do banco.