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Nuno Amado: BCP "disponível para analisar" proposta de fusão se BPI também estiver

O presidente executivo do Banco Comercial Português (BCP), Nuno Amado, reiterou hoje que, "se o BPI" considerar que "vale a pena analisar" a proposta de fusão, o banco a que preside estará "disponível" para também a analisar.

Miguel Baltazar/Negócios
05 de Março de 2015 às 20:29
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"O sentimento [do BCP] é que, só se o banco BPI pensar que vale a pena analisar, o banco está disponível para isso, para analisar essa proposta", afirmou.

 

Nuno Amado, que falava aos jornalistas em Évora, disse ainda que, sobre a proposta de fusão entre o BPI e o BCP, por parte da empresária angolana Isabel dos Santos, a comissão executiva do Banco Comercial Português já divulgou a sua posição em comunicado, divulgado na terça-feira.

 

"Eu não posso fazer nenhum comentário. Tudo o que poderíamos fazer e dizer, dissemos", frisou, acrescentando: "Há uma carta, que é pública, para promover uma possível operação e nós respondemos de uma forma muito clara que está no nosso comunicado".

 

O que consta desse comunicado "é exactamente aquilo que o banco pensa" e o que "o banco sente" e "o feedback dos accionistas" do Millennium BCP "representados no conselho [de administração] é o que está no comunicado", limitou-se a afirmar.

 

Questionado ainda a propósito dos primeiros resultados da auditoria forense solicitada pelo Banco de Portugal ao BES, que foi elaborada pela Deloitte, Nuno Amado escusou-se a comentar, referindo ter estado em reunião durante esta tarde.

 

"Realmente não a vi. Vou vê-la, depois comento e não posso dizer mais nada", afirmou.

 

Segundo a auditoria, a administração do BES liderada por Ricardo Salgado "desobedeceu ao Banco de Portugal 21 vezes entre Dezembro de 2013 e Julho de 2014" e "praticou actos dolosos de gestão ruinosa".

 

O presidente executivo do BCP falava aos jornalistas após participar na 3.ª Conferência das jornadas "Empreendedorismo no Turismo - Visitar o Futuro", realizada em Évora, que abordou os sectores da gastronomia e dos vinhos e o seu contributo para o turismo.

 

Na sua intervenção, a encerrar o encontro, Nuno Amado lembrou que o BCP passou por "um período muito difícil" e "complicado", nos últimos anos, mas afiançou que, apesar de ainda haver "um caminho para percorrer", o troço "mais árduo" já foi ultrapassado e o banco está hoje "numa situação muito diferente".

 

Na segunda-feira, o Expresso 'online' noticiou que a empresária angolana Isabel dos Santos, segunda maior accionista do BPI, através da empresa Santoro, iria propor que se iniciassem conversações entre o BPI e o BCP - onde a Sonangol detém a maior posição accionista - com vista a uma fusão.

 

Na terça-feira, tanto o BPI como o BCP confirmaram que tinham recebido uma carta da empresária angolana, em nome da Santoro Finance, a propor uma fusão entre os dois bancos portugueses.

 

No seu comunicado, a comissão executiva do BCP deu ainda conta de que, havendo interesse do BPI nessa fusão, o Banco Comercial Português "manifesta a sua disponibilidade para analisar" a referida operação.

 

Mas ressalvou que esta disponibilidade do BCP não pode ser entendida como garantia de que a operação se venha a efectuar ou como sinal de ter sido tomada qualquer decisão sobre a operação de fusão.

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