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CaixaBank considera preço da OPA ao BPI "adequado"

O espanhol CaixaBank considera que o preço da OPA ao BPI é justo e “benéfico para os accionistas”. Quanto à proposta de Isabel dos Santos, da fusão do BPI com o BCP, defende que não pode fazer qualquer avaliação até serem conhecidos os termos do negócio.

Reuters
06 de Março de 2015 às 09:17
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O CaixaBank considera que o valor oferecido na oferta pública de aquisição (OPA) ao BPI  "é adequado e que o seu projecto é benéfico para o BPI e os seus accionistas", lê-se num comunicado publicado pelo regulador espanhol (CNMV).

 

De acordo com o mesmo documento, a posição do banco espanhol já foi transmitida ao supervisor português, que entretanto divulgou o comunicado emitido pelo CaixaBank.

 

Estas declarações surgem no seguimento do relatório do conselho de administração do BPI divulgado na quinta-feira (5 de Março), que aconselha os accionistas a não aceitarem a oferta do CaixaBank. A administração do banco português defende que o preço tem de subir 70% face à contrapartida oferecida.

 

A OPA lançada pelo CaixaBank, que tem uma participação de 44% no BPI, tem como contrapartida 1,329 euros por acção, oferecendo um total de 1,1 mil milhões de euros.

 

"O CaixaBank avaliou o relatório do conselho de administração do BPI sobre a oferta publicado ontem [quinta-feira, 5 de Março] e a carta da Santoro Finance recebida no passado dia 3 de Março de 2015 em que a referida accionista [Isabel dos Santos] expressava a sua opinião sobre a oferta e propunha como alternativa uma eventual fusão entre o BPI e o Banco Comercial Português, S.A. ("BCP")". Neste sentido, "o CaixaBank, sempre com o máximo respeito por todas as opiniões dos accionistas do BPI e do seu conselho de administração, considera que o preço da sua oferta é adequado e que o seu projecto é benéfico para o BPI e os seus accionistas", lê-se no documento enviado ao regulador espanhol.

 

Quanto à proposta de Isabel dos Santos, segunda maior accionista do banco português, o CaixaBank considera que "no actual contexto não pode avaliar uma eventual fusão entre o BPI e o BCP cujos termos não foram todavia propostos".

 

O banco espanhol sublinha ainda "a vontade e a obrigação de continuar com a oferta até à sua finalização".

 

(Notícia actualizada às 9h30 com a informação de que o comunicado foi divulgado pela CMVM)

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