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BPI abranda subida mas continua 15% acima da OPA do CaixaBank

As acções do BPI já aliviaram parte dos ganhos registado de manhã, mas continuam a subir mais de 4,5%, o que corresponde a mais 15% do que a contrapartida oferecida pelos catalães do CaixaBank.

1690 – BPI - O BPI, tal como o BCP, desceu na classificação, mas pouco. A instituição liderada por Fernando Ulrich desceu de 1.654 para a posição 1.690 na lista das maiores empresas do mundo da Forbes.
Bruno Simão
06 de Março de 2015 às 12:06
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As acções do BPI sobem 4,87% para 1,529 euros, tendo chegado a avançar um máximo de 7,68% para 1,57 euros esta sexta-feira. A subida acentuada das acções está relacionada com os desenvolvimentos em torno da oferta pública de aquisição (OPA) lançada pelo CaixaBank. A negociação está a ser marcada por uma elevada liquidez, tendo já trocado de mãos mais de 4,7 milhões de títulos, quando a média diária dos últimos seis meses é de 3,47 milhões.

 

O banco liderado por Fernando Ulrich está assim 15% acima dos 1,329 euros oferecidos pelos catalães.

 

A subida expressiva das acções surgiu depois de ontem, já ao final do dia, o conselho de administração do BPI se ter pronunciado sobre a OPA lançada pelo CaixaBank, considerando que o preço oferecido "não reflecte o valor actual do BPI". E dito isto, o conselho de administração do BPI "não recomenda aos seus accionistas que aceitem a oferta".

 

O conselho de administração calculou mesmo um valor, considerando que 2,26 euros por acção é o preço que reflecte o valor do banco. Ou seja, 70% acima da oferta do CaixaBank.

 

Esta posição do conselho de administração aumenta a pressão sobre os catalães para que elevem a contrapartida.


Contudo, o CaixaBank já se pronunciou, considerando que o preço da OPA ao BPI "adequado", além de ser "benéfico para os accionistas".

 

Estas declarações estão a travar a expectativa dos investidores em torno de uma revisão em alta da contrapartida. Os sites de informação espanhóis dizem mesmo que o CaixaBank não está disponível para rever a oferta.


E, mesmo elevando a contrapartida, as negociações deverão encontrar algumas barreiras, já que Isabel dos Santos já demonstrou estar contra a operação. Mário Leite Silva, que representa a empresária angolana na administração do BPI, defendeu na reunião do conselho de administração que "o futuro da banca passa por movimentos de consolidação". O gestor indicado por Isabel dos Santos apela a que a gestão do banco "regresse tão prontamente quanto possível à análise das opções de consolidação".

 

Mas o BPI não está apenas a ser alvo de uma OPA. Está também num potencial processo de fusão com o BCP. Depois da reunião do conselho de administração de ontem, Isabel voltou a pedir ao BPI que analise o cenário de fusão com o BCP, uma possibilidade que o banco liderado por Nuno Amado já disse estar disponível para analisar. Isto se o BPI estiver interessado. Disse-o no comunicado emitido na terça-feira e reiterou-se esta quinta-feira. "O sentimento [do BCP] é que, só se o banco BPI pensar que vale a pena analisar, o banco está disponível para isso, para analisar essa proposta", afirmou Nuno Amado, em Évora. 

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