Notícia
CaixaBank: “É nossa intenção manter a marca BPI e o banco cotado e português”
O CaixaBank quer manter a marca BPI e o banco cotado na bolsa portuguesa, com a sua “identidade própria”. Estas garantias foram dadas por Gonzalo Gortázar, presidente executivo do banco catalão, numa entrevista telefónica ao Negócios. O banqueiro admite manter parcerias com outros accionistas de referência do BPI, como o grupo alemão Allianz.
- 1
- ...
O cenário-base da oferta pública de aquisição (OPA) que o CaixaBank lançou esta terça-feira sobre o BPI passa por assumir o controlo de uma participação de 75% no banco português, revelou Gonzalo Gortázar. "Queremos manter o BPI como um banco cotado na bolsa portuguesa assim como marca" sublinhou o presidente executivo do CaixaBank.
"É nossa intenção manter o BPI cotado e como banco português", sublinhou o banqueiro, explicando que não há o objectivo de o CaixaBank absorver a instituição. "O BPI será parte integrante do grupo, mas com uma identidade própria", frisou.
Apesar do cenário-base prever que os catalães venham a ficar com 75% do BPI, o CaixaBank está disponível para outras alternativas desde que as mesmas preencham dois requisitos: ficar com a maioria do capital e com a plenitude dos direitos de voto. "Estamos abertos a qualquer estrutura accionista desde que tenhamos mais de 50% do BPI e que os estatutos sejam desbloqueados", afirmou Gonzalo Gortázar.
O banqueiro mostrou ainda abertura para que alguns accionistas de referência do BPI se mantenham. "Encanta-nos trabalhar com outros sócios, como demonstra a experiência do CaixaBank. Queremos manter o acordo do BPI com a Allianz", exemplificou.
Na OPA lançada esta terça-feira, o CaixaBank, que já tem 44,39% dos direitos de voto do BPI, oferece 1,329 euros por acção do banco, o que representa um prémio de 27% face à cotação de segunda-feira.
Questionado sobre uma eventual revisão em alta do preço oferecido pelas acções do BPI para convencer outros accionistas, Gonzalo Gortázar afastou esta possibilidade. "Fizemos uma oferta muito satisfatória e não temos intenção de alterá-la", disse o presidente executivo do CaixaBank, que está convicto do "êxito" da OPA agora lançada.