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CaixaBank: “Desblindagem do BPI é passo necessário para apoiarmos oferta ao Novo Banco”

A desblindagem de estatutos do BPI, ou seja, o fim da limitação aos direitos de voto “é um passo necessário para termos a capacidade de apoiar financeiramente uma oferta para o Novo Banco”, avisa o CEO do CaixaBank. Gonzalo Gortázar revela, em declarações ao Negócios, que o grupo catalão não manifestou interesse no banco de transição porque quer estar neste processo através do BPI.

Bruno Simão/Negócios
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O fim da limitação de votos no BPI é condição para o CaixaBank apoiar financeiramente uma eventual proposta da instituição portuguesa para a compra do Novo Banco, revelou o CEO do grupo catalão ao Negócios. "A desblindagem de estatutos do BPI é um passo necessário para termos a capacidade de apoiar financeiramente uma oferta para o Novo Banco", avisa Gonzalo Gortázar.

 

O banqueiro explica que, "se o BPI ganhar a corrida ao Novo Banco, será necessário fazer um aumento de capital significativo". Nas circunstâncias actuais, o CaixaBank poderia participar neste reforço, mantendo a sua posição accionista no BPI nos 44,1%, mas teria a desvantagem de continuar a estar limitado a 20% dos direitos de voto, como estabelecem os actuais estatutos do banco português. Outra alternativa, seria o CaixaBank não participar num aumento de capital que o BPI venha a fazer para adquirir o Novo Banco, teorizou Gonzalo Gortázar.

 

Para o CEO do CaixaBank nenhuma destas alternativas faz sentido. Daí que a oferta pública de aquisição que o grupo catalão lançou sobre o BPI – destinada, entre outros objectivos, a acabar com a limitação dos direitos de voto actualmente existente no banco português – seja uma forma de criar condições para a instituição liderada por Fernando Ulrich poder disputar a corrida ao Novo Banco.

 

"O interesse do BPI no Novo Banco é um passo lógico e o BPI está a analisar esta oportunidade. O CaixaBank acredita que as operações de integração de instituições domésticas permitem a criação de valor, desde que sejam feitas a um preço e com um risco adequado. Por isso, apoiamos o BPI", defendeu Gortázar.

 

O banqueiro revela mesmo que o CaixaBank só não entrou directamente na corrida do Novo Banco porque "confia na equipa de gestão" liderada por Fernando Ulrich. "Estamos a participar nesta operação com o BPI porque temos confiança nas pessoas. Foi por isso que não manifestámos interesse directo no Novo Banco", explicou o CEO do grupo catalão ao Negócios.

 

No entanto, Gortázar alerta que é preciso perceber "como se financia" uma eventual proposta de aquisição do BPI sobre o banco que ficou com os activos saudáveis do Banco Espírito Santo. E deixa claro que, caso a limitação dos direitos de voto do BPI não acabe, o CaixaBank não estará disponível para apoiar financeiramente a operação.

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