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BPI em queda depois de ter registado a maior subida de sempre à boleia da OPA

Os títulos do banco liderado por Fernando Ulrich estão em terreno negativo, recuando em torno de 1%. Ontem, as acções encerraram a subir 27% - a maior de sempre – reflectindo a OPA lançada pelo CaixaBank.

Reuters
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As acções do banco liderado por Fernando Ulrich estão esta quarta-feira, 18 de Fevereiro, a aliviar os ganhos registados na sessão de ontem, dia em que foi comunicado ao mercado a oferta pública de aquisição do CaixaBank.

 

Por esta altura, os títulos do BPI descem 0,83% para 1,314 euros. No entanto, e com menos de duas horas de negociação, as acções chegaram a desvalorizar já 1,06% para 1,311 euros.

 

Na sessão desta terça-feira, 17 de Fevereiro, o banco liderado por Fernando Ulrich encerrou a somar 27,04% para 1,325 euros. Este desempenho positivo sem precedentes das acções do BPI é justificado pelo anúncio de uma OPA por parte do CaixaBank (La Caixa).   

 

A instituição espanhola é o maior accionista do banco liderado por Fernando Ulrich, detendo uma posição de 44,29%. O CaixaBank oferece 1,329 euros por cada acção, um prémio de 27% face à cotação desta segunda-feira (1,043 euros).

Com esta operação, o CaixaBank dispõe-se a pagar mais de mil milhões de euros para ficar com a totalidade do capital do BPI, tendo definido como condição de eficácia da OPA a obtenção de mais de 50% do BPI. O que significa que o banco espanhol pretende adquirir mais de 5,9% das acções nesta oferta.

 

Esta manhã, verifica-se, à semelhança do que já tinha ocorrido esta terça-feira, um elevado volume. Por esta altura já trocaram de mãos mais de 5,5 milhões de acções, quando a média diária dos últimos seis meses é em torno dos 2,9 milhões de títulos.

 

Esta terça-feira, os analistas já se tinham pronunciado sobre a OPA do CaixaBank sobre o BPI. Os especialistas acreditam que a operação será bem-sucedida. "Existe uma elevada probabilidade de sucesso na operação, já que as condições impostas pelo La Caixa serão asseguradas facilmente: obter mais de 50% do capital (quando já têm 44,1%) e deixar cair a limitação dos 20% de direitos de voto", defende João Pereira Leite, director de investimentos do Banco Carregosa.

 

O valor oferecido pelo banco liderado por Gonzalo Gortázar "representa um prémio mais elevado do que o habitual, se bem que a previsão de sinergias é também mais elevada do que o habitual", defende Juan Carlos Calvo. Nesse sentido, "a oferta terá uma elevada aceitação entre os accionistas do BPI, pelo prémio oferecido", estima o analista do BESI.

 

O Caixa BI, numa nota de análise publicada esta quarta-feira, aponta que OPA é uma boa notícia para os accionistas do BPI. Ainda assim, salienta que o sucesso da OPA depende da posição da Santoro de Isabel dos Santos e da Allianz.

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