A assembleia-geral (AG) anual do BPI ignora a oferta pública de aquisição (OPA) que o CaixaBank anunciou sobre a instituição liderada por Fernando Ulrich. A reunião convocada para 29 de Abril próximo servirá apenas para aprovar as contas relativas a 2014 e outros pontos relacionados com a actividade corrente do banco, deixando de fora qualquer proposta de eliminação do limite aos direitos de voto no BPI, condição de sucesso da OPA do grupo catalão.

É certo que os accionistas do BPI terão de ser chamados a pronunciarem-se sobre a proposta de desblindagem de estatutos numa AG convocada para o efeito. No entanto, esta reunião só deverá ser convocada depois de a OPA do CaixaBank ser registada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Neste momento, o banco catalão aguarda as autorizações necessárias para concluir o processo de pedido de registo da operação.

Entretanto, o conselho de administração do BPI decidiu convocar a assembleia anual destinada a aprovar o relatório e contas de 2014, a proposta de aplicação de resultados e a cooptação de uma administradora indicada pela Allianz. Além disso, a reunião servirá para avaliar o desempenho da administração e deliberar sobre a política de remuneração dos administradores.

Finalmente, os accionistas do BPI serão chamados a votar a política de selecção e avaliação dos membros da administração, dos elementos do conselho fiscal e dos titulares de funções essenciais, em linha com a nova exigência introduzida pela última alteração ao Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras.