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Compra do BPI não está no plano estratégico do CaixaBank para os próximos anos

Os cálculos do CaixaBank para o período 2015-2018 não incluem o sucesso da OPA sobre o BPI. A sua presença no plano é, aliás, discreta. Mas a administração não descarta um eventual aumento de capital se for necessário, dependente do sucesso da operação.

Reuters
03 de Março de 2015 às 21:01
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O Banco BPI tem uma intervenção discreta no plano estratégico apresentado pelo CaixaBank para o período 2015-2018. O sucesso da oferta pública de aquisição nem é essencial para as metas apresentadas.

 

"O plano está feito sem contar com esta aquisição, mas comprometemo-nos, perante os investidores, a cumpri-lo mesmo que a OPA tenha sucesso", disse Gonzalo Gortázar (na foto) na apresentação do Dia dos Investidores que se realizou esta terça-feira, 3 de Março, em Londres, segundo cita o El Economista.

 

Entretanto, ficou uma dúvida sobre o que poderá ser feito pelo grupo catalão se houver uma forte aceitação da oferta – o que dependerá sempre da accionista Santoro, de Isabel dos Santos. Questionado sobre a necessidade de fazer um aumento de capital para suportar o custo da oferta, em que propõe 1,329 euros por acção, o CEO afirmou que tudo "dependerá da percentagem" de sucesso. Tendo 44% do capital, o CaixaBank propõe-se a adquirir a totalidade do capital, sendo que a operação tem sucesso desde que ascenda aos 50% (mas, para isso, é necessário desblindar os estatutos, já que, neste momento, tem os votos limitados a 20%, daí a necessidade do apoio da empresária angolana). 

 

Esta terça-feira, com o anúncio de uma eventual proposta de fusão entre BCP e BPI, os títulos dispararam e fecharam nos 1,438 euros, 11% acima do preço da oferta, o que mostra que os investidores acreditam que ou a fusão ou a OPA não ficará por aqui. Aliás, já se sabe que Isabel dos Santos considera que este preço "não reflecte" o valor do banco. 

 

Compra do BPI é "passo natural"


No plano estratégico do banco detido pelo La Caixa, o BPI é referido poucas vezes. Há uma nota que diz que os objectivos de rentabilidade para o quadriénio "são válidos se a oferta pelo BPI tiver sucesso".

 

Especificamente sobre a operação, das 120 páginas, apenas uma é dedicada a este "passo natural" que é a OPA, dado o "conhecimento profundo do BPI e de Portugal" que o grupo catalão diz ter "desde 1995". Sobre as sinergias, o banco reitera que podem ser de 130 milhões por ano em 2017. "Captura de sinergias consideráveis para acelerar a recuperação da eficiência e da rentabilidade do BPI em Portugal", é o título.


Com o objectivo de "liderar a digitalização da banca", o grupo financeiro assume-se como líder em Espanha. O Santander e o BBVA são de maior dimensão a nível global, tendo em conta a presença internacional de ambos. O CaixaBank avisa que, nestes três anos, quer ter uma "perspectiva global". 

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