Notícia
Constâncio admite processar Filipe Pinhal, que acusa de não ter credibilidade
Filipe Pinhal acusou Constâncio, Sócrates e Teixeira dos Santos de terem permitido o envolvimento da CGD no "assalto ao BCP". O ex-governador do Banco de Portugal admite processar o antigo administrador do BCP.
12 de Junho de 2019 às 12:53
José Sócrates, Fernando Teixeira dos Santos e Vítor Constâncio "constituem o triunvirato" que deu a "bênção sobre toda a operação" que permitiu o envolvimento da Caixa Geral de Depósitos (CGD) ao chamado "assalto ao BCP". A acusação foi feita por Filipe Pinhal, durante a audição na comissão parlamentar de inquérito à recapitalização da CGD e à gestão do banco. E poderá valer-lhe um processo por parte de Vítor Constâncio, que diz que o antigo gestor do BCP, afastado da administração do banco hoje liderado por Miguel Maya, de não ter "qualquer credibilidade".
O ex-governador do Banco de Portugal e antigo vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE) voltou à agenda política depois de o Público ter noticiado que, durante o seu mandato, o regulador da banca autorizou Joe Berardo a reforçar a posição no BCP com financiamento junto da CGD. O empresário madeirense contraiu uma dívida de 350 milhões para deter até 9,99% do banco, uma operação, de 2007, que não mereceu oposição do Banco de Portugal.
Vítor Constâncio reagiu à notícia do Público dizendo que "nada omitiu" à comissão parlamentar de inquérito à CGD, onde já foi ouvido e onde terá de voltar, e que "o Banco de Portugal não tem competência para ter conhecimento de operações de crédito antes de serem decididas pelos bancos, nem muito menos competência para as mandar anular". A correspondência trocada entre o Banco de Portugal e Berardo indicia, no entanto, o contrário.
Já esta semana, Filipe Pinhal voltou a implicar o nome de Constâncio neste caso. "Os três constituem o triuvirato, não diria que desenhou a operação, mas que deu a bênção sobre toda a operação", afirmou o antigo administrador do BCP.
Em declarações à TSF, Vítor Constâncio reage agora a estas acusações. "Filipe Pinhal é uma pessoa sem qualquer credibilidade. Foi condenado pelos tribunais criminais e em processos do Banco de Portugal e da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários por crimes cometidos no BCP", afirmou.
À mesma rádio, acrescentou: "Às primeiras calúnias do Público, respondi já com um texto no âmbito do meu direito de resposta. Esse texto, aliás, também já parcialmente responde a esta calúnia de Filipe Pinhal, que se trata de mais uma acusação falsa, sem fundamento e sem factos".
Vítor Constâncio admite, por isso, recorrer aos tribunais. "Pondero processar Filipe Pinhal. É uma decisão que ainda não está tomada, porque ainda não ouvi as declarações e terei de as analisar", concluiu.
O ex-governador do Banco de Portugal e antigo vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE) voltou à agenda política depois de o Público ter noticiado que, durante o seu mandato, o regulador da banca autorizou Joe Berardo a reforçar a posição no BCP com financiamento junto da CGD. O empresário madeirense contraiu uma dívida de 350 milhões para deter até 9,99% do banco, uma operação, de 2007, que não mereceu oposição do Banco de Portugal.
Já esta semana, Filipe Pinhal voltou a implicar o nome de Constâncio neste caso. "Os três constituem o triuvirato, não diria que desenhou a operação, mas que deu a bênção sobre toda a operação", afirmou o antigo administrador do BCP.
Em declarações à TSF, Vítor Constâncio reage agora a estas acusações. "Filipe Pinhal é uma pessoa sem qualquer credibilidade. Foi condenado pelos tribunais criminais e em processos do Banco de Portugal e da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários por crimes cometidos no BCP", afirmou.
À mesma rádio, acrescentou: "Às primeiras calúnias do Público, respondi já com um texto no âmbito do meu direito de resposta. Esse texto, aliás, também já parcialmente responde a esta calúnia de Filipe Pinhal, que se trata de mais uma acusação falsa, sem fundamento e sem factos".
Vítor Constâncio admite, por isso, recorrer aos tribunais. "Pondero processar Filipe Pinhal. É uma decisão que ainda não está tomada, porque ainda não ouvi as declarações e terei de as analisar", concluiu.