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Vítor Constâncio: “Não tenho memória” de alerta sobre riscos na CGD

O antigo governador do Banco de Portugal diz não se lembrar de ter dito a um ex-administrador da CGD, que alertou para os riscos de algumas operações, que “não era oportuno” realizar uma auditoria ao banco estatal.

Mariline Alves
28 de Março de 2019 às 18:28
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Vítor Constâncio diz não se lembrar de ter afirmado a Almerindo Marques, um ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos (CGD), que "não era oportuno" realizar uma auditoria ao banco estatal. "Não tenho memória".

 

Em 2002, em duas cartas enviadas a Constâncio por Almerindo Marques, o ex-gestor alertava para os riscos de algumas operações de financiamento celebradas na altura. 

 

Segundo o Jornal Económico, o antigo governador ignorou esta denúncia, alegando que o supervisor "não tinha recursos para mandar fazer uma auditoria" e que "não era conveniente" determiná-la com base numa denúncia de um membro da administração. 

 

"Não tenho memória. Honestamente, não me lembro", afirmou Vítor Constâncio, quando questionado pela deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua. 

 

Nessas cartas, Almerindo Marques denunciava "dezenas de operações de crédito" não ratificadas pelo conselho de administração, desde o ano de 2000. Outras "não transitaram" pela Direção de Grandes Riscos ou foram realizadas apesar do parecer negativo dos seus técnicos, "sem que fossem fundamentadas as razões por que não eram seguidos tais pareceres".

 

Ainda na quarta-feira, Carlos Costa, atual governador do Banco de Portugal, também afirmou "não ter memória" de a exposição da Caixa ao BCP ter sido discutida nas reuniões do conselho de administração.

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