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PSD e CDS reúnem distritais para organizar a coligação

Os líderes das distritais do PSD e do CDS vão estar reunidos esta noite para discutirem os aspectos ligados à organização da coligação. Em cima da mesa está a constituição da Comissão Política conjunta entre os dois partidos e a articulação com as estruturas locais.

Miguel Baltazar
04 de Maio de 2015 às 19:04
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Depois dos presidentes e dos órgãos políticos, chegou a vez de as distritais serem chamadas a pronunciar-se sobre a coligação das próximas legislativas. O PSD e o CDS organizam, esta segunda-feira, um jantar seguido de uma reunião com os representantes das 18 distritais dos centristas e das 19 social-democratas (Lisboa tem duas). Em cima da mesa estarão essencialmente questões organizativas, e o objectivo é aumentar o entrosamento entre estruturas que, em alguns casos, se combatem a nível local.

 

O "jantar volante" tem início às 19:30, na sede do PSD, na São Caetano à Lapa, em Lisboa, e a reunião inicia-se às 21:00. Entre o jantar e a reunião, Marco António Costa e Nuno Magalhães, vice-presidentes do PSD e CDS, respectivamente, falam aos jornalistas.

 

Vários dirigentes distritais dos dois partidos dizem ao Negócios que estão à espera que seja aprovada a Comissão Política da coligação, que terá um coordenador político indicado pelo PSD, com a concordância do CDS, e um coordenador financeiro indicado pelos centristas e validado pelo PSD. Depois, será preciso replicar um modelo semelhante nas distritais, para que as bases saibam a quem recorrer para questões relacionadas com a campanha.

 

Hélder Amaral, deputado e líder da distrital de Viseu do CDS, resume algumas das questões que é preciso tratar. "É preciso haver alguém que trate do material de campanha, dos registos necessários, das comunicações, delegados às mesas de voto", exemplifica. "É também preciso perceber quem serão os interlocutores que vão falar em nome dos partidos", acrescenta.

 

Esta reunião vai ainda servir para "aproximar as estruturas distritais", porque "é preciso perceber que ao nível local há muitas divergências" entre os dois partidos. Viseu é um desses casos: "eu sou vereador da oposição e faço muitas críticas ao presidente Almeida Henriques, que é do PSD". Por outro lado, o trabalho feito nas eleições europeias – em que os dois partidos concorreram coligados, sob o nome Aliança Portugal, bem como "a coordenação política" a nível parlamentar, pavimentaram "um caminho que torna a campanha que aí vem mais fácil".

 

Aliás, "está perfeitamente ao alcance ganhar as eleições legislativas", sublinha.

 

Direcção nacional com dedo nas listas?

 

Um outro dirigente distrital espera que haja ainda orientações das lideranças dos partidos sobre a composição das listas. Portas já afirmou ao partido que não vai fazer finca-pé para ter cabeças-de-lista do CDS, de acordo com o Diário de Notícias, mas algumas distritais querem saber se podem contar apenas com a distribuição de candidatos pelo método de Hondt, com base nos resultados das eleições de 2011, ou se haverá outros critérios.

 

O mesmo dirigente, que prefere não se identificar, diz que uma das dúvidas é saber se a nível nacional os partidos vão querer definir os primeiros nomes das listas de cada distrito.

 

A Comissão Política da coligação deverá ser liderada por Marco António Costa, do lado do PSD, e por Pedro Mota Soares, do lado do CDS. Essa será uma das questões a definir na reunião desta segunda-feira.

 

O nome da coligação ainda não foi adiantado, mas um dirigente acredita que será escolhida a expressão Aliança Democrática, a exemplo do que sucedeu em 1979. Um termo usado, inclusivamente, por Paulo Portas no Dia do Trabalhador.

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